sexta-feira, 13 de março de 2020

Ex-atacante Cadu relembra Vasco x Goiás com chuva de gols em 2003

GloboEsporte/NetVasco


Os vascaínos mais apaixonados certamente lembram do gol de Souza, no título carioca de 2003, contra o Fluminense. Eles com certeza se recordam também do cruzamento de Léo Lima, de letra, no início da jogada. Entretanto, a grande maioria não tem em mente que a assistência neste lance histórico foi de Cadu, atacante formado no Vasco. Hoje, aposentado, ele é dono de um quiosque, no Centro do Rio de Janeiro, onde vende queijos e outros produtos tradicionais da culinária de Minas Gerais. 


Outro momento marcante de Cadu com a camisa do Vasco, foi contra o Goiás, adversário do Cruz-Maltino nesta quinta-feira, pela Copa do Brasil. Na ocasião, em 2003, o atacante marcou um dos dez gols do jogo, que terminou com vitória dos cariocas, por 6 a 4, no Campeonato Brasileiro daquele ano. Cadu lembra deste dia com carinho.

- Foi um jogo marcante pela volta do Edmundo, depois de dez anos. São Januário estava lotado e nós estávamos muito felizes pela volta dele. O Goiás tinha uma grande equipe. Lembro que tinha o Dimba, o Araújo. Time muito forte. O professor, na época, avisou que seria um jogo muito complicado. Tiveram dez gols na partida e eu tive a felicidade de fazer o quarto gol.

Sobre o jogo desta quinta, entre as duas equipes, válido pela terceira fase da Copa do Brasil, o ex-jogador, que é vascaíno de coração, espera que a equipe consiga quebrar o tabu de nunca ter se classificado em confrontos contra o Goiás na Copa do Brasil. Eles se enfrentaram em duas edições da competição e em ambas o time carioca acabou eliminado.

- O Goiás sempre vem com um time muito forte e difícil. Eu espero que este ano o Vasco passe de fase. O Goiás tem uma excelente equipe, mas o Vasco jogando em casa, pode fazer um bom resultado. É importante para conseguir a classificação. O Vasco está num momento muito difícil, mas a gente, como torcedor, acredita que isso vai mudar e quando a bola entrar, o Vasco vai vencer de novo.

Vida após a aposentadoria
Cadu pendurou as chuteiras em 2016, após passagem pela Cabofriense. O gaúcho, de Santo Augusto, lembra do momento difícil que passou. No entanto, contou com a ajuda de sua esposa, Ana Paula, para se reerguer.

"É o momento mais difícil para todo jogador, principalmente para aquele que não se programa para parar de jogar futebol. Para mim foi difícil. Fiquei perdido, não sabia o que fazer. Mas eu tive a ajuda da minha esposa"

- A ideia do quiosque surgiu em 2016, logo após a minha parada no futebol. Minha esposa é mineira e sempre íamos a Minas. Quando parei no futebol, pensamos no que fazer. Ela teve essa excelente ideia de trazer coisas de Minas. Meus amigos sempre pediam. Certo dia resolvemos trabalhar com estes produtos. Hoje estamos muito felizes e bem. A cada dia aprendemos mais. É um novo mercado que eu estou gostando muito.

- Aqui a gente vende laticínios, queijo, requeijão, doce de leite, mel, goiabada, bananada. Todos esses produtos de Minas. O produto que mais tem saído é o queijo. Queijo minas padrão, doce de leite e a goiabada.

Assistência para Souza em 2003
Apesar de ter sido importante para o título carioca do Vasco em 2003, dando o passe de cabeça para o gol decisivo marcado pelo atacante Souza, Cadu passou anos sem o devido reconhecimento. O lance era memorável pelo cruzamento de letra de Léo Lima e pela finalização do centroavante. Porém, em 2015, uma reportagem do Globo Esporte foi importante para o ex-jogador.

- Essa reportagem foi muito legal. Todo mundo falava: o Léo Lima fez a letra e o Souza fez o gol. Nessa reportagem todo mundo ficou sabendo que antes disso alguém deu o passe para o Souza e fui eu. Foi uma matéria muito importante para mim, tive muito reconhecimento, e até hoje o pessoal lembra da jogada completa.

"Eu fui abençoado. É um lance que marcou minha carreira e está na história do Vasco"

Experiência com Jorge Jesus
Cadu passou três anos atuando pelo União Leiria, de Portugal, onde foi treinado por Jorge Jesus, técnico que negociou com o Vasco em 2019, mas acabou acertando com o rival Flamengo, onde está até hoje. O ex-atacante vascaíno elogiou o trabalho do português e afirmou ter aprendido muito com o treinador.

- Foi um grande aprendizado. Um dos melhores treinadores que eu tive. Tive o prazer de ser treinado por ele e aprendi muito. O que ele está fazendo no Brasil não me surpreende pela qualidade do trabalho dele, que eu conheci em Portugal. Desejo sorte para ele. Ele sempre foi bravo, mas está ali para estender a mão. Respira e vive futebol. Sempre com esse jeitão dele. É um ser humano do bem.
Fonte: GloboEsporte.com, via NetVasco, 12-3-2020, 16h50



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