Paulo Briguet e Fernando
de Castro
BSM faz o que a Casa Civil e os militares
do governo não fizeram e analisa o currículo e a biografia de Renato Feder.
Presidente Bolsonaro, nós não trazemos boas notícias...
“Este livro é dedicado ao dinheiro, não pelos bens materiais que se pode comprar com ele, mas, sim, enquanto embaixador da produção, do valor e da troca justa. O sistema baseado no dinheiro certamente tem problemas. Não são poucos. Mas ele é o melhor já concebido pelo homem e foi o que mais contribuiu para nos tirar do mundo dominado pela fome, guerra e doença. Ao dinheiro, símbolo da criatividade humana e da vontade de homens e mulheres de melhorar de vida.”
(Dedicatória do livro “Carregando o Elefante”)
A Casa Civil e os militares em
torno do presidente podem até discordar, mas, antes de escolher um ministro de
Estado, recomenda-se fazer um pente-fino no currículo e na biografia da pessoa
indicada para o cargo. O caso Decotelli demonstrou, de maneira melancolicamente
didática, que a mera simpatia de pessoas próximas ao presidente não garante o
acerto da escolha. Resolvemos, então, conhecer um pouco melhor o passado e as
realizações de Renato Feder, o atual secretário de Educação do Paraná, nome
dado como certo para ser o novo ministro da Educação. E o que encontramos não
foi, digamos assim, muito alentador. Principalmente se considerarmos as
propostas de campanha que fizeram de Jair Messias Bolsonaro o escolhido por 58
milhões de brasileiros.
Indicado pelo Centrão e
apoiado pela Fundação Lemann, Renato Feder tem 41 anos, é mestre em Economia
pela Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em Administração pela Fundação
Getúlio Vargas. Foi professor do Ensino de Jovens Adultos (EJA), programa de
supletivo a pessoas que tiveram estudos interrompidos. O novo ministro é sócio
da empresa de eletrônicos Multilaser e doou 120 mil reais para a campanha de
João Doria (PSDB) para a Prefeitura de São Paulo, em 2016, tornando-se o quinto
maior doador entre pessoas físicas para a campanha do tucano. Feder também foi
filiado ao Partido Novo de 2016 até este ano.
O novo ministro também ajudou
a criar o Ranking dos Políticos, em 2010, uma iniciativa que dá nota aos
parlamentares de acordo com o posicionamento sobre o que consideram “boas e
más” leis. Atualmente, os cinco primeiros colocados no ranking são do partido
Novo.
Em 2017, Feder e seu sócio na
Multilaser, Alexandre Ostrowiecki, foram denunciados pelo Ministério Público do
Rio de Janeiro e pelo MP de São Paulo, por sonegação no valor de 22 milhões de
reais, por não recolhimento do ICMS dos dois estados.
Na ocasião, o MP paulista
afirmou que os empresários deixaram de recolher, no prazo legal, “por 14 vezes
e de modo continuado”, ICMS no valor total de pouco mais de 19 milhões de
reais. Já no RJ, a denúncia do MP contra Feder é por sonegação no valor de 3,2
milhões.
(…)
Título e Texto: Paulo
Briguet e Fernando de Castro, Brasil Sem Medo, 4 de Julho de 2020 às 13h32
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