segunda-feira, 19 de abril de 2010

Lá na Áustria…

Segunda-feira, 15 Fevereiro 2010
Vitor me contou sobre um papo que teve com um jovem austríaco. Em dado momento da conversa, surgiu o assunto “muçulmano”. O jovem austríaco demonstrou-lhe a insatisfação e desconforto com a “invasão islamita”. Informou ele que esses “imigrantes” à sombra do seguro-desemprego não trabalham, nada produzem, a não ser abençoados filhos.

Um comentário:

  1. Áustria, Alemanha e França amargam uma severa retração no PIB. Por consequência, aumentam os níveis de desemprego, especialmente na base da pirâmide, que tende a se espremer e permutar vagas de trabalhadores de menor qualificação por outros mais qualificados, que tendem a aceitar salários menores e posições de menor prestígio social. Em paralelo, a crise acirra a reserva de mercado entre os nacionais, excluindo obviamente, a mão-de-obra imigrante (sem aspas). Assim, toda essa malta, que nos momentos de pujança econômica foi admitida ao país e acolhida com alívio, para suprir postos “invisíveis” de serviço subalterno, de uma hora para outra vê-se atirada à condição de desempregada legal e parasita da sociedade local. Isso é um fenômeno social cíclico, que já estigmatizou nordestinos no Brasil, turcos e croatas na Alemanha, angolanos retornados, dentistas brasileiros em Portugal, chicanos nos EUA, hoje atinge bolivianos em SP e por aí vai…
    O problema torna-se preocupante quando mentes preconceituosas, e pueris tendem a isolar e associar os grupos, segundo sua religião, nacionalidade, cor de pele, condição social, grau de instrução, convicções ideológicas…criando um rancor injustificado entre seres humanos não por suas opções, mas por seu berço!!! Isso é medieval e anacrônico.
    Vindo o comentário de um jovem austríaco, então, a perspectiva é apavorante, porque me vem imediatamente à mente a imagem de um seu conterrâneo famoso de há sete décadas. Se esse menino resolver pintar paredes, então, socorro!!!

    por Antonio Gobbo Segunda-feira, 15 Fevereiro 2010 at 18:36

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