José Carlos Bolognese
No Brasil, a única empresa aérea que teve o avião Boeing B-747, o “Jumbo”, foi a Varig. Quem o viu de perto ou voou nele, sabe como era enorme. Os B-747 continuam a voar pelo mundo carregando mais de 400 passageiros. Mas já existe um avião de passageiros ainda maior, o Airbus A-380, que leva 555 passageiros.
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Jumbo da Varig aterrissando em Los Angeles, 4 de maio 1992. Foto: Jim Pereira |
Aqui, hoje, esses números impressionantes nos levam a uma comparação muito triste. Só de aposentados, já ocorreram 570 falecimentos! É bem mais do que um B-747 lotado - É mais gente do que um A-380 pode levar nem que seja se acotovelando! E esse desastre aéreo, onde só o avião se salva, está sendo causado pelas autoridades desse país.
Recentemente esse governo derramou muitas lágrimas de crocodilo pela morte de um homem.
Também é um número maior do que os 424 mortos do governo militar, de 1964 a 1985, segundo a própria entidade que publicou o livro “Tortura Nunca Mais”.
Recentemente se derramaram muitas lágrimas pela morte de um homem. É justo que chorem os seus familiares e amigos. Mas os mesmos que choram por um se mostram indiferentes às perdas de várias centenas de vidas. Serão os admiradores do sanguinário Josef Stálin, para quem “A morte de um homem é uma tragédia; a de um milhão de homens é estatística”?
Está mais do que na hora dos variguianos mostrarem às autoridades: Solução Já para os Trabalhadores da Varig e Aposentados do Aerus E CALOTE NUNCA MAIS!
Os Trabalhadores Demitidos e Os Aposentados VARIG/AERUS
Título e Texto: José Carlos Bolognese, ex-Comissário de Vôo na Varig
Edição: JP
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