sexta-feira, 9 de março de 2012

O “luso-táxismo” no seu melhor


Alberto de Freitas
As reações às palavras de Cavaco, relativamente à deslealdade institucional de Sócrates, pecam pela pobreza franciscana. Colocam-se ao nível imaturo do: “se eu sou, tu também és”. Cavaco tem razão? Não sabemos e, como tal, aguardava-se uma resposta que contradissesse tais afirmações. Ou seja: que Sócrates atuou como atuou por razões de força maior. Razões que seriam discutíveis, mas demonstrariam que os tais atos políticos o foram, no interesse nacional.
Mas o que assistimos? Que Cavaco não tem o direito – ou a moral – de fazer tais afirmações, porque também “fez chichi fora do penico”. Do provérbio: “com o mal dos outros, posso eu bem” -, passamos para: “com o mal dos outros é que me dou bem”

A retórica vê-se reduzida ao nível infantiloide da defesa se limitar a acusar o outro de pecadilhos diversos, de forma a coartar os seus direitos
“Amanhã” testemunho um roubo e a denúncia só será aceite, após eu provar que também nunca roubei.
E o interessante, é a presunção de “inteligente” e o aplauso para tal argumentação.
E o assunto em discussão, que era saber se Sócrates afinal atuou ou não corretamente, ficou sem resposta. Ficámos a saber, isso sim, que Cavaco é um “filho da mãe”
Fiquei também na dúvida se a discussão retrata os portugueses no seu melhor, ou Portugal no seu pior…
Título e Texto: Alberto de Freitas

Relacionado:

Um comentário:

  1. Passos Coelho vai dormir hoje de saco bem levinho...
    Acho que vou escrever algo sobre a "exaltação" das virgens ofendidas...

    ResponderExcluir

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-