João Bosco Leal
Em uma rede social encontrei
uma frase que me chamou a atenção: “Deixar ir, não significa desistir, mas sim
aceitar que há coisas que não podem ser”.
Durante a vida, muitas vezes
encontramos pessoas que não aceitam abrir mão de uma amizade, namoro, ou
qualquer tipo de relacionamento, mesmo percebendo que o que sentem pela pessoa
não é correspondido, ou se é, isso não ocorre na mesma intensidade que ele fornece
e gostaria de sentir retribuído.
Normalmente essas pessoas
ficam magoadas, tristes, sem entender como, ao dar carinho, amizade e
companheirismo para uma pessoa, esta não lhe retribui da mesma forma, ou tanto
quando está recebendo, mas em seu íntimo ainda possuem uma esperança de que
isso possa mudar.
É uma situação bastante
desconfortável, mas se analisada pelo outro lado quantas vezes, desde a
infância, juventude ou mesmo após maduros já fomos assediados, paquerados ou
insistentemente procurados por alguém que pretendia uma maior aproximação,
tornar-se amigo e não correspondemos por não termos interesse em qualquer tipo
de contato com aquela pessoa?
Quando isso ocorre com nossos
próximos em relação a terceiros, normalmente ouvimos que “não dava liga”, não
sentiu atração de “pele” com a outra pessoa, mas na realidade é uma questão de
afinidade, que sem saber por que, sentimos em maior, menor ou em nenhuma
intensidade com determinadas pessoas, assim como os pais, que apesar de amarem
seus filhos da mesma maneira, possuem diferentes afinidades com cada um deles.
Unidas por motivos distintos e
até inexplicáveis, por sensações e sentimentos desconhecidos, durante o
relacionamento as pessoas vão afinando e desafinando, errando e acertando,
conhecendo coisas e pessoas, aprendendo e tendo novas experiências.
Assim vão sendo moldadas, se
transformando e um dia percebem que a pessoa ao seu lado não é mais aquela por
quem haviam se apaixonado e que se tornou totalmente diferente do que
imaginavam.
Nesse dia, sem que possam
explicar ou controlar, aquele sentimento acaba e seu coração faz novas
escolhas, o que não significa que dela desistiram ou deixaram de por ela sentir
carinho, afinidade ou que a esquecerão, pois fez e continuará fazendo parte de
sua vida.
São pessoas ao lado de quem um
dia sorriram, choraram, sentiram e foram felizes, mas que já não as satisfazem
emocionalmente como no passado. Seu coração agora busca novas e diferentes
emoções, que ao seu lado não poderão mais ser sentidas.
Durante a vida estaremos
sempre dando início a novas paixões, até que elas sejam novamente interrompidas
ao chegar a hora de recomeçar e então continuaremos a busca, imaginando que a
próxima poderá ser a tão sonhada, capaz de se transformar no que todos buscam:
o verdadeiro amor.
Independentemente da idade,
raça, credo ou cor, essa é a maior busca emocional de todo ser humano e quando
somos a parte não mais desejada, não há porque não aceitar e deixar ir aquela
que, já não sendo mais feliz ao nosso lado, também não nos dará felicidade.
A vida é uma escola onde
estamos constantemente sendo moldados, lapidados e chegada a hora de uma nova
fase, certamente teremos aprendido algo enquanto durou a última, aumentando
assim as chances das próximas serem mais fáceis e de maior aproveitamento.
As únicas pessoas de quem emocionalmente você realmente necessita, são
as que provaram necessitar de você.
Título, Imagem e Texto: João
Bosco Leal, Jornalista, escritor e produtor rural
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