Agostinho da Silva considerava
o brasileiro, um português à solta. Penso ser correcto e, o seu contrário,
também: o português é um brasileiro aprisionado. Vê-se, pela polémica com a
declaração do ex-Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas: “vai
tomar no cu” -, dirigindo-se a responsável governamental, pela tentada
obrigatoriedade do consumidor final, ser portador de facturas da mercadoria
adquirida.
O português lida mal com a
língua. De modo que, mesmo na literatura, descrever o sexo é algo com as
hipóteses de brejeirice rasca, pretensiosismo foleiro, ou terminologia científica.
Coisa brochante, o descalabro
de qualquer tesão.
O Millôr, se tivesse sido
português, teria passado parte da vida - por ofensa à moral pública - atrás das
grades. E não seria o grande Millôr, mas um ordinarão cadastrado. A
consequência é a ignorância do português. Se lhe perguntarem quantas estrelas
há no Céu, embatucará, encolherá os ombros e balbuciará temerosamente que não
sabe com exactidão. Uma vergonha, pois qualquer brasileiro sabe que no Céu há
estrelas “pra caralho”.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 02-03-2013
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