Entre outros locais, são nas
atuais ruas do Cairo, no Egito, que se formam os principais terroristas
islâmicos, por lavagem cerebral da doutrinação do fundamentalismo islâmico que
prega o ódio e a jihad (guerra santa)
a quem pensa diferente do Corão ou simplesmente não segue religião alguma.
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Um homem abraça seus filhos
depois de ser desalojado do acampamento de protesto por Mursi na Praça Nahda
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Os Irmãos Islâmicos não
são apenas um grupelho de barbudos. Foram, em conjunto, a força política mais
votada nas primeiras eleições democráticas da história do Egito. E os milhões
de pessoas que se identificam com essa força (a Irmandade Islâmica) não podem receber como única alternativa a
repressão do governo.
Foram muitos os erros do
ex-presidente Mursi, um político
que, em nenhum momento buscou a reconciliação, a negociação, e o diálogo na
formação de uma base com a qual pudesse governar. E era o que o Egito
mais necessitava naquele momento. Ao invés disso, ele achou que seu cargo lhe
conferia autoridade suficiente para enfiar a sua Irmandade Islâmica goela
abaixo de todos os egípcios. Mas, em que pese todos os erros de seu líder, os
islâmicos fundamentalistas, defensores de um regime islamo-fascista, da
Irmandade tinham apostado que foi ganha pela via democrática.

Nós, no Ocidente, estamos lamentavelmente habituados a fechar os olhos
para os fatos geradores da violência islâmica contra nós e nos limitamos a
apenas perguntar, atônitos, quais seriam os motivos de tanta violência e
fanatismo religioso quando os atentados terroristas jihadistas nos atingem.
Entre outros locais, são nas atuais ruas do Cairo, no Egito, que se formam os
principais terroristas islâmicos, por lavagem cerebral da doutrinação do
fundamentalismo islâmico que prega o ódio e a jihad (guerra santa) a quem pensa
diferente do Corão ou simplesmente não segue religião alguma.
O Egito é, na verdade, um país
profundamente dividido. A divisão é tanta que não apenas afeta os golpistas e
os não muçulmanos, mas a todos os muçulmanos. Uns e outros, por sua vez, também
não se entendem entre si. O ódio e a desconfiança se encontram amplamente
disseminados entre a população. Tais sentimentos reprimidos por séculos
resultam num terreno fértil para o derramamento de sangue. Para quem escreve
sobre tal cenário, há a necessidade de definir o termo ‘muçulmano’ como sendo o
maometano não radical, que aceita e respeita as diferenças desde as demais
crenças até a ausência de fé, e a de definir a palavra ‘islâmico’ como sendo o
maometano que não se comporta dessa forma, é fundamentalista, radical,
jihadista e nutre o ódio aos infiéis e quer a morte de quem não pensa como ele
ou quem não compartilha a mesma fé. Seguramente, entre os maometanos, há uma
noção nítida dessa diferença.
Mas o que o Egito necessita é estender pontes para criar o entendimento e a tolerância. Precisa de ‘muçulmanos’ e não de ‘islâmicos’, capazes de conviver e tolerar os que não têm o Corão como livro guia. É preciso que a Irmandade Islâmica e seus seguidores compreendam que uma vitória nas urnas não dá direito ao vencedor de governar de costas para a praticamente metade do seu povo. E os laicos e agnósticos não podem se esquecer de que, afinal, por mais ‘modernos’ que se considerem, continuam sendo uma minoria, e que não é nada democrático aferrar-se ao poder através da ação de militantes de partidos políticos oportunistas e golpistas, que, em última análise desejam é implantar uma ditadura e dar a falsa impressão ao resto do mundo que eles são a vanguarda e o futuro. Um triste futuro, caso desemboque em qualquer sistema socialista assim como num regime militar onipotente, ainda mais num país sem qualquer tradição democrática.
Mas o que o Egito necessita é estender pontes para criar o entendimento e a tolerância. Precisa de ‘muçulmanos’ e não de ‘islâmicos’, capazes de conviver e tolerar os que não têm o Corão como livro guia. É preciso que a Irmandade Islâmica e seus seguidores compreendam que uma vitória nas urnas não dá direito ao vencedor de governar de costas para a praticamente metade do seu povo. E os laicos e agnósticos não podem se esquecer de que, afinal, por mais ‘modernos’ que se considerem, continuam sendo uma minoria, e que não é nada democrático aferrar-se ao poder através da ação de militantes de partidos políticos oportunistas e golpistas, que, em última análise desejam é implantar uma ditadura e dar a falsa impressão ao resto do mundo que eles são a vanguarda e o futuro. Um triste futuro, caso desemboque em qualquer sistema socialista assim como num regime militar onipotente, ainda mais num país sem qualquer tradição democrática.
Título e Texto: Francisco
Vianna, 15-8-2013
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