Quem me conhece sabe que
muitos dos meus comentários tratam de fatos históricos e, se não o fazem
diretamente, citam um fato de nossa história para ilustrar algo do presente.
Na segunda-feira passada (19)
escrevi mais uma vez sobre o muro da vergonha, como também
era conhecido o “Muro de Berlim”. Meu comentário intitulado “Peter Fechter, um jovem pedreiro alemão”, conta um pouco da história
deste muro que dividiu o mundo em duas partes, dois blocos antagônicos que
protagonizaram por décadas aquilo que ficou conhecido como a Guerra Fria (Cold
War), que tinha como “fronteira” física este muro.
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Foto: Thierry Noir, 1986, Bethaniendamm à Berlin-Kreuzberg |
Tudo isso me remete a minha
juventude quando tinha meus 15-16 anos e comecei a entender o que se passava ao
nosso redor.
Um amigo certa vez me disse: “Olha
Orlandini, quem não foi comunista ou nunca foi jovem ou não tem coração”.
Acho que sendo assim, eu não devo ter coração, pois jovem eu fui.
Mesmo jovem, logo percebi que
o que estava lá do outro lado não deveria ser bom, pois se o fosse, o muro
seria construído para impedir que as pessoas entrassem e não o contrário,
evitar que as pessoas fugissem de lá.
Não estou aqui defendendo o
capitalismo, ou o imperialismo imposto pelos norte-americanos, nada diferente
do que sempre aconteceu neste nosso planeta.
Roma fez isso, Inglaterra,
França. Alemanha, Espanha, Portugal, e muitos outros também o fizeram.
Mas a diferença naquele século
XX e que não mudou neste século XXI, é a liberdade.
Se o sistema imposto pela
então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas fosse bom, ninguém iria
querer muda-lo ou fugir de lá. O mesmo vale para a Albânia, China, Coreia do
Norte e Cuba.
Hoje vejo muita gente que
ainda defende o comunismo e as ditaduras por eles protagonizadas, como se tudo
fosse uma maravilha.
Por certo esqueceram que por lá eles não poderiam comprar suas roupas de grife, nem tampouco falar e se expressar livremente como o fazem por aqui. Eles podem “visitar” estes países, mas o mesmo não ocorre com as pessoas que lá vimem. Ou será que só sobrevivem?
Por certo esqueceram que por lá eles não poderiam comprar suas roupas de grife, nem tampouco falar e se expressar livremente como o fazem por aqui. Eles podem “visitar” estes países, mas o mesmo não ocorre com as pessoas que lá vimem. Ou será que só sobrevivem?
E se estes que se usam da
“nossa” democracia para se expressar desta forma vivessem naquele tempo em
Berlim Oriental, por certo já teriam sofrido “algum acidente” ou estariam
fazendo turismo em algum Gulag da
Sibéria.
As palavras podem iludir a
muitos durante algum tempo, mas não a todos por todo o tempo. Com o “andar da
carroça” a verdade vem à tona e as palavras se vão com o vento, mas sem antes
levar algumas milhares de vidas que por elas foram iludidas ou se opuseram.
É atribuída a Thomas Jefferson
a famosa frase que diz: "O preço da liberdade é a eterna vigilância".
Se foi ou não Jefferson quem
escreveu esta frase, pouco importa, o fato é que se não formos “alertas”
e “vigilantes” nossa liberdade pode ser-nos furtada a qualquer
momento.
Título e Texto: Ricardo Orlandini, 22-8-2013
Via Rivadávia Rosa
Realce: JP
Realce: JP
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