Nós, como todos os seres
vivos, somos acometidos pelo processo do envelhecimento. Nascemos, crescemos,
envelhecemos e por fim somos levados pela morte, esta mãe acolhedora que nos
recebe em seu aconchego de paz. Esta é a lei inexorável da Natureza. Não há, e
nem haverá, elixir que possa interromper o processo do envelhecimento. O único
elixir é manter a saúde e durar o tanto quanto as leis da natureza permitirem
(e se a política governamental também o permitir, não encurtando esse processo
do envelhecimento). A senilitude não é doença; é, antes, um período onde a
verdadeira alegria da vida pode até ser mais manifesta. Podemos rimar
senilitude com quietude em que nosso espírito repousa na tranqüilidade da
aposentadoria (?), após anos ininterruptos de trabalho.

Como podemos interpretar esta
alegria que se estampava em seus semblantes? Só vejo uma explicação plausível:
o suporte social de que dispunham para ainda na velhice curtir a vida. Naquele
país há toda uma preocupação dos governantes para que a terceira idade tenha
seu quinhão depois de tantos anos de trabalho na construção de uma pátria for all. Lá os velhinhos têm à
disposição os meios necessários, arregimentados ao longo da vida de suas
carreiras profissionais e garantidos pelo governo. Por vezes tínhamos a
oportunidade de dialogar com um ou outro desses velhinhos nos lobbies de hotéis
e sentíamos seu orgulho pela proteção que o governo lhes concedia.
Alguma semelhança com os
nossos velhinhos aqui no Brasil? Bom, isso dispensa comentários. Aqui no
Brasil, sim, temos velhinhos e velhinhas vítimas de velhacos políticos que
trabalham para a sua extinção o mais cedo possível, assim que se aposentam.
Dessa maneira, estes velhacos corruptos podem utilizar o dinheiro desses
velhinhos, descontado outrora de seus salários para a falida seguridade social
(INSS), para servir a seus interesses escusos.
Possa eu estar exagerando, mas
no fundo é isso o que acontece. Nossos velhinhos são considerados lastro e
incômodo, sem reconhecimento algum pelo que representaram no passado quando
ainda ativos profissionalmente.
Temos um exemplo gritante que
envolve a nós em particular, velhinhos e velhinhas do Aerus. Somos
vilipendiados pelo governo. Estamos sendo enrolados descaradamente. Finge-se um
acordo que nunca vem.
Não fomos nós os
transgressores das leis e normas que regulamentaram o nosso fundo de aposentadoria
que nos garantiria nossa quietude de espírito. No entanto, tudo está querendo
ruir e privar-nos do sorriso da vida por falta dos meios a que fazemos jus de
direito e que a petralhada criminosamente nos nega. Não conseguimos ainda rimar
senilitude com quietude, ao contrário, estamos numa guerra para reavermos o que
nos foi surrupiado.

Está na hora de acabar com
esta praga. E nosso veneno? O voto. Outubro está próximo...
Mas, voltando ao nosso assunto, cadê a curtição de nossa velhice? Por enquanto guerreando. Algumas batalhas já vencidas. As vindouras também venceremos. Avante, combatentes! O sorriso da vida nos espera para curtir a nossa velhice com SATISFAÇÃO...
FÉ – ESPERANÇA – SOLIDARIEDADE! Este é o tripé para
nossa vitória.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 30-06-2014
O Mundo tem DE
saber!
Copacabana
Rio de
Janeiro
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Fan Fest, em frente ao Copacabana Palace
05 de julho de 2014
sábado
10h
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Prezado amigo Habitzreuter, infelizmente é a mais pura verdade! O idoso mereceria receber um carinho todo especial por parte de todos, principalmente por parte dos governos centrais, que teriam obrigação de respeitá-los e protegê-los através de leis específicas, já que o desgaste físico e mental que o deixa fragilizado, é uma consequência natural da vida. Os idosos e as crianças deveriam ser intocáveis e se houvesse a necessidade do governo adotar medidas severas e inevitáveis contra a população, deveriam as pessoas idosas e crianças serem as últimas a serem atingidas. É essa a lógica da vida e até que criaram tais leis, como por exemplo o Estatuto do Idoso, que, lamentavelmente, quem a sancionou, o nosso ex-presidente Lula, foi o primeiro a desrespeitá-la, quando manteve o deboche intensificando o massacre contra milhões de idosos aposentados, quando deveria derrubá-lo conforme promessas. Se não respeitou e valorizou a sua própria assinatura no Estatuto do Idoso, não poderíamos mesmo esperar que viesse a respeitar o velho aposentado. E é do ex-presidente FHC que muitos aposentados têm maior ódio! Incompreensível...
ResponderExcluirAlmir Papalardo.