Fomos abduzidos pela magia do
futebol desta Copa. Nada nos importa mais neste momento do que deixar-nos levar
pelas emoções intensas da arte do futebol, muito bem aprimorada nesta edição de
2014 e realizada na casa Brasil. Os vários países que vieram mostrar sua arte
estão fazendo bonito. O Brasil, como anfitrião, quer destacar-se; esperemos que
o consiga.
Mas, não só de emoções vive o
‘homo sapiens politicus’, e sim, também, de estratégias que o levem a uma
organização civil para o bom convívio em sociedade. Há inquietações neste
sentido, pois nossas forças políticas representadas por vários partidos estão
em descompasso com a vontade popular por mudanças. O povo foi para as ruas
gritar por mudanças, mas a classe política está imersa em seu sono dogmático de
achar que tudo está bem para o povo. Agora, com a chegada da campanha eleitoral,
verifica-se um tênue despertar para ouvir a voz do povo.
Assim, a presidente Dilma está
vindo com a proposta de mudanças com continuidade. Será isto um ‘mea culpa’ por
tantos anos de falsidades ideológicas petistas? Mas que diabos quer ela agora
com mudanças com continuidade? Se ela quer mudanças ela não pode querer a
continuação desse estado de bagunça social que se instalou em seu governo
petista com estas diretrizes socialistas à maneira ‘bolchevique”. Ela deveria propor,
isso sim, mudanças sem continuidade dessa podridão e caos social.
Mas o PT não quer dar o braço
a torcer, acha que foi o artífice de melhorias sociais ao longo de seu governo.
Quer ignorar e apagar o impulso inicial que determinou e indicou o caminho por
mudanças que se deu antes de o PT se instalar no poder; não tem a humildade de
aceitar de que foi o Plano Real que deu novo ânimo e esperança para os brasileiros.
Embora o PT, disfarçadamente,
tenha dado, em certa medida, continuação à política econômica do governo
anterior, ele enveredou, ao meu ver, por um caminho de promover a
descaracterização da alma brasileira que é eminentemente zelosa por uma
liberdade sem ditames políticos que a cerceiem de sua vocação democrática,
empreendedora e capitalista.
A justiça social não se obtém
melhor através desse viés socialista ‘bolchevique’ como quer o PT. Isso o tempo
já provou ao longo da História onde tais regimes socialistas foram adotados.
Justiça e igualdade social pratica-se com mais acerto em democracias autênticas
e fortes onde o povo tem poder e chance de ser ouvido. Coisa que o governo
petista não sabe o que é. Inspira-se mais nas ilusões castristas, chavistas e afins
do que entender a fundo a alma brasileira, as aspirações de seu povo.
E agora vem a nossa dama
‘presidenta’ propor mudanças com continuidade. É uma piada. Só os puxa-sacos
vão rir, forçados. Os cidadãos de respeito vão propor que ela se retire de cena
em outubro e continue outra coisa que não seja ludibriar toda uma nação.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 21-06-2014
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