Começou a brincadeira. A bola
começou a rolar ontem e deu um susto a milhares de brasileiros quando ela se
alojou no fundo da rede de Júlio César. Seria isto um prenúncio de desastre
nacional para duzentos milhões de torcedores de olho no hexa? Choros e lágrimas
abundaram em rostos atônitos pelo infortúnio do gol. Os atores em campo também ficaram
abalados por algums momentos, mas deram a volta por cima e restauraram o júbilo
da multidão quando a bola desta vez se alojou no fundo da rede do adversário,
por três vezes.
É isto, meus amigos. A
multidão quer flutuar em êxtases para abstrair-se do cotidiano maçante e
repetitivo, ainda mais quando leva uma vida miserável e sem esperanças de dias
melhores. São estes delírios de abstração que nossas autoridades governamentais
incentivam com muita acentuação com o intuito de disfarçar a realidade caótica reinante.
Não é pessimismo exagerado deste que lhes escreve, é só olhar em derredor e
observar a bagunça que presenciamos todos os dias Brasil afora.
Eu pessoalmente fui assaltado
de euforia com os gols do Brasil. Momentaneamente deixei-me arrebatar pela
magia do futebol. Mas convenhamos, a que nos levam estes arrebatamentos? Vão
eles resolver os graves problemas sociais que nos atingem diária e duramente?
Alguém deu ouvidos aos protestos e violência que ocorreram concomitantemente ao
jogo, longe do espetáculo futebolístico? A televisão deu algum destaque
relevante? É claro que não. Ela está vendida e se rende aos milhões de reais
que entram em seus cofres com os jogos da Copa.
Meus amigos, eu vi, por um
rápido instante, a sra. Dilma gesticular à moda petista (punho cerrado erguendo
o braço – a marca dos mensaleiros) de alegria com os gols do Brasil. Que pode
significar isto? Será que foi uma alegria sincera ou apenas estava encenando
seu papel de taxar de trouxas os milhares de brasileiros? Fico com a segunda
hipótese, pois ela quer aproveitar o evento da Copa para fins eleitoreiros.
Portanto, pura hipocrisia, quer reeleger-se em outubro.
Amigos velhinhos e velhinhas do Aerus, nossa situação não irá mudar com os gols do Brasil nesta Copa. O que pode mudar nossa situação são os nossos próprios gols que marcaremos no jogo de nossa sobrevivência reavendo nosso Aerus.
Amigos velhinhos e velhinhas do Aerus, nossa situação não irá mudar com os gols do Brasil nesta Copa. O que pode mudar nossa situação são os nossos próprios gols que marcaremos no jogo de nossa sobrevivência reavendo nosso Aerus.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 13-06-2014
Rio de Janeiro
Copacabana
Posto 6
15 de junho de 2014
domingo
10h
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