quinta-feira, 19 de junho de 2014

Felipão e o Apocalipse...

Valdemar Habitzreuter
O hino nacional brasileiro é um dos mais belos e poéticos, sem querer desmerecer o de outras nacionalidades. Duque Estrada ao escrever os versos e Francisco Manuel da Silva ao compor a música estavam imbuídos de um verdadeiro espírito patriótico, e da mesma forma este espírito nos invade quando cantamos este hino tão contagiante.

O hino nos convida a pensar e a sonhar um Brasil livre e grande, custe o que custar: “em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte!” E é somente com “um raio vívido de amor e de esperança” em nossos corações que erigiremos a tão sonhada “terra adorada, entre outras mil”, e, assim, poder cantar e gritar a pleno fôlego: “ó pátria amada, idolatrada, salve, salve!”

Mas não queiramos ser ingênuos com as emoções que nos afetam ao cantarmos o hino nacional num evento esportivo como o da Copa. Não confundamos futebol com assuntos sérios que terão de ser tratados para que nossa “pátria amada” atinja sua saúde e maturidade social em que possamos respirar mais alegremente ares de paz e prosperidade e podermos aplicar feliz o refrão: “nossa vida no teu seio (tem) mais amores”.

Futebol tem, sim, um papel importante para um congraçamento e cultivo de um espírito lúdico e benfazejo como oportunidade de lazer em que relaxamos nossas tensões do trabalho árduo do dia a dia. Somos o país do futebol e não é por menos que somos penta campeões nesse esporte. Além de um fator de alegria e lazer, o futebol é também um aliado no cuidado à saúde. Quem pratica esporte, no fundo, cuida de sua saúde.
Nada mais plausível e compreensível que milhares de brasileiros tenham verdadeira paixão pelo futebol, embora o fanatismo barulhento e violento de uma minoria manche, às vezes, esta arte popular.

Nesta Copa presenciamos a relevância do futebol. Por certo o planeta inteiro faz referência a um esporte que vai impondo sua hegemonia no domínio de proporcionar alegria instantânea abrangendo multidões. É um fenômeno que se evidencia cada vez mais.

Quanto ao Brasil nesta Copa, é preciso dizer que os profetas Felipão e Parreira vão arcar com as consequências, caso o Brasil não fature a Taça. São eles que vaticinaram e afirmaram categoricamente que só há um desfecho para esta Copa, descartando qualquer outro, o Brasil será o campeão, pois tem a obrigação de sair campeão na pátria do futebol, disseram eles. Serão, pois, os responsáveis perante o povo se isto não acontecer.

No entanto, anteontem, depois do jogo contra o México, Felipão sentiu o peso de sua responsabilidade e admitiu que o time brasileiro não saiu vitorioso porque o adversário jogou de igual para igual. O que significa isto? Times mais fortes e bem preparados estarão no caminho do Brasil e, talvez, fazer desmoronar o sonho do hexa. Cantar vitória antes do tempo talvez não seja uma estratégia boa, uma dose de humildade seria mais plausível e não provocaria euforia exagerada da multidão.

Mas, voltemos ao que é mais importante à nossa “terra adorada” do que o futebol. Assim como nos entusiasmamos com o futebol, temos também ânsia e direito de viver uma realidade social onde possamos ter a garantia da “paz no futuro” alicerçada numa “glória no passado”.
Desafortunadamente, nossa “glória no passado” está sendo maculada por um grupelho usurpador que quer tudo menos “paz no futuro” para seu povo. A eles devemos volver todas as nossas vaias de repúdio pelo impatriotismo que praticam, insultando “um povo heroico” que brada por justiça e melhorias sociais. Queremos conservar o Brasil “gigante pela própria natureza, belo, forte, impávido colosso”, e que “o futuro espelhe essa grandeza”.

As vaias e xingamentos que a sra. Dilma recebeu na arena Itaquerão mostraram que futebol não se mistura com política. Futebol é pureza lúdica que faz bem ao espírito, ao passo que a politicagem que ela pratica é um atentado à consciência nacional.

Felipão vai ter que arcar com o apocalipse, o desastre, se isso ocorrer, de o Brasil não chegar ao hexa. Vai ter que fugir do Brasil para não ser massacrado. E do outro lado, os responsáveis de um Brasil socialmente saudável somos nós se soubermos usar corretamente o voto para eliminar esta praga daninha que emperra as melhorias sociais de nossa “adorada pátria” - a petralhada. Em outubro teremos esta oportunidade, não a joguemos fora.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 19-06-2014

3 comentários:

  1. Mais uma vez parabéns Habitz, por esse belo texto
    A sua produção está nos níveis desejados à nossa causa e certamente você é um dos que fazem parte do nosso " capital intelectual " que irá fazer a diferença daqui para a frente.
    Dez como você e já estaríamos comemorando. Um abraço do seu amigo e admirador
    José Manuel

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    1. Obrigado José Manuel, a admiração é recíproca. Teus textos também os leio com interesse. Considero-te um exemplo de batalhador para que tenhamos uma definição positiva para nossa causa.

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    2. Obrigado José Manuel, a admiração é recíproca. Os teus textos também os leio com interesse, são muito bons. Considero-te um exemplo de batalhador pela nossa causa.

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