O hino nacional brasileiro é
um dos mais belos e poéticos, sem querer desmerecer o de outras nacionalidades.
Duque Estrada ao escrever os versos e Francisco Manuel da Silva ao compor a
música estavam imbuídos de um verdadeiro espírito patriótico, e da mesma forma
este espírito nos invade quando cantamos este hino tão contagiante.
O hino nos convida a pensar e
a sonhar um Brasil livre e grande, custe o que custar: “em teu seio, ó
liberdade, desafia o nosso peito a própria morte!” E é somente com “um raio
vívido de amor e de esperança” em nossos corações que erigiremos a tão sonhada
“terra adorada, entre outras mil”, e, assim, poder cantar e gritar a pleno fôlego:
“ó pátria amada, idolatrada, salve, salve!”
Mas não queiramos ser ingênuos
com as emoções que nos afetam ao cantarmos o hino nacional num evento esportivo
como o da Copa. Não confundamos futebol com assuntos sérios que terão de ser
tratados para que nossa “pátria amada” atinja sua saúde e maturidade social em
que possamos respirar mais alegremente ares de paz e prosperidade e podermos
aplicar feliz o refrão: “nossa vida no teu seio (tem) mais amores”.
Futebol tem, sim, um papel
importante para um congraçamento e cultivo de um espírito lúdico e benfazejo
como oportunidade de lazer em que relaxamos nossas tensões do trabalho árduo do
dia a dia. Somos o país do futebol e não é por menos que somos penta campeões
nesse esporte. Além de um fator de alegria e lazer, o futebol é também um
aliado no cuidado à saúde. Quem pratica esporte, no fundo, cuida de sua saúde.
Nada mais plausível e
compreensível que milhares de brasileiros tenham verdadeira paixão pelo
futebol, embora o fanatismo barulhento e violento de uma minoria manche, às
vezes, esta arte popular.
Nesta Copa presenciamos a
relevância do futebol. Por certo o planeta inteiro faz referência a um esporte
que vai impondo sua hegemonia no domínio de proporcionar alegria instantânea
abrangendo multidões. É um fenômeno que se evidencia cada vez mais.
Quanto ao Brasil nesta Copa, é
preciso dizer que os profetas Felipão e Parreira vão arcar com as
consequências, caso o Brasil não fature a Taça. São eles que vaticinaram e
afirmaram categoricamente que só há um desfecho para esta Copa, descartando
qualquer outro, o Brasil será o campeão, pois tem a obrigação de sair campeão
na pátria do futebol, disseram eles. Serão, pois, os responsáveis perante o
povo se isto não acontecer.
No entanto, anteontem, depois
do jogo contra o México, Felipão sentiu o peso de sua responsabilidade e
admitiu que o time brasileiro não saiu vitorioso porque o adversário jogou de
igual para igual. O que significa isto? Times mais fortes e bem preparados
estarão no caminho do Brasil e, talvez, fazer desmoronar o sonho do hexa.
Cantar vitória antes do tempo talvez não seja uma estratégia boa, uma dose de humildade
seria mais plausível e não provocaria euforia exagerada da multidão.
Mas, voltemos ao que é mais
importante à nossa “terra adorada” do que o futebol. Assim como nos entusiasmamos
com o futebol, temos também ânsia e direito de viver uma realidade social onde
possamos ter a garantia da “paz no futuro” alicerçada numa “glória no passado”.
Desafortunadamente, nossa
“glória no passado” está sendo maculada por um grupelho usurpador que quer tudo
menos “paz no futuro” para seu povo. A eles devemos volver todas as nossas
vaias de repúdio pelo impatriotismo que praticam, insultando “um povo heroico”
que brada por justiça e melhorias sociais. Queremos conservar o Brasil “gigante
pela própria natureza, belo, forte, impávido colosso”, e que “o futuro espelhe
essa grandeza”.
As vaias e xingamentos que a
sra. Dilma recebeu na arena Itaquerão mostraram que futebol não se mistura com
política. Futebol é pureza lúdica que faz bem ao espírito, ao passo que a
politicagem que ela pratica é um atentado à consciência nacional.
Felipão vai ter que arcar com o
apocalipse, o desastre, se isso ocorrer, de o Brasil não chegar ao hexa. Vai
ter que fugir do Brasil para não ser massacrado. E do outro lado, os
responsáveis de um Brasil socialmente saudável somos nós se soubermos usar
corretamente o voto para eliminar esta praga daninha que emperra as melhorias
sociais de nossa “adorada pátria” - a petralhada. Em outubro teremos esta oportunidade,
não a joguemos fora.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 19-06-2014
Mais uma vez parabéns Habitz, por esse belo texto
ResponderExcluirA sua produção está nos níveis desejados à nossa causa e certamente você é um dos que fazem parte do nosso " capital intelectual " que irá fazer a diferença daqui para a frente.
Dez como você e já estaríamos comemorando. Um abraço do seu amigo e admirador
José Manuel
Obrigado José Manuel, a admiração é recíproca. Teus textos também os leio com interesse. Considero-te um exemplo de batalhador para que tenhamos uma definição positiva para nossa causa.
ExcluirObrigado José Manuel, a admiração é recíproca. Os teus textos também os leio com interesse, são muito bons. Considero-te um exemplo de batalhador pela nossa causa.
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