Aparecido Raimundo de Souza
COM
PROFUNDA TRISTEZA e amargura, acompanhamos os brasileiros aqui na Rússia
fazendo gracinhas. As mais diversificadas possíveis, que é para aparecerem
mais. Esses grandes e pequenos (grandes pelos disparates e pelas demências,
como pequenos, se vistos pelas basbaquices e despautérios de quem os colocou em
ação) deslizes que servem para deixar claro e bem sedimentado que somos
oriundos de uma nação de palhaços.
De imbecis, de ladrões, de usurpadores da fé alheia, a
começar pelo governo fajuto e cafajéstico do presidente, “usque” da gestão
daqueles boçais e medíocres elevados ao quadrado, que não sabem comandar a
própria vida pessoal. Infelizmente nosso povo não aprendeu a carrear a termo
sadio os problemas mais corriqueiros.
Deixemos, todavia, os vagabundos de lado, os ladrões de
verdade, os assaltantes do eterno penico brazzilia, os velhacos do STJ
(velhacos no modo de agir, como igualmente velhacos ou remotados, ou pior,
ultrapassados, tanto de corpo como de alma, em face dos anos vividos – sujeitos
que deveriam estar em suas casas, de joelhos, orando para irem logo para o
inferno mostrar seus dotes e conhecimentos jurídicos ao Capeta).
Vamos esquecer um bocadinho desses crápulas para falarmos
somente dos bufões. Os bufões são os merdas que agora nos interessam trazer à
tona. Bufões, para lembrarmos aos esquecidos, são aqueles palhaços nascidos
desde a concepção anal até a hora derradeira de partirem para as terras dos pés
juntos. Trocado em miúdos. Nossos bufões são os ENGRAÇADINHOS. Vieram de tão longe,
de vários rincões do Brasil, para bancarem os birbantes e marotos nas terras de
Vladimir Putin, atual presidente aqui da Rússia e da jogadora profissional de
tênis Maria Sharapova.
Não só desses dois, também do cineasta Gérard Depardieu, da
atriz Svetlana Khodchenkova, do sociólogo Pitirim Sorokin, do físico nuclear,
Yuri Oganessian, de Igor Tamm, prêmio Nobel de física de 1958, de Nicolay
Basov, condutor dos osciladores amplificados baseados no princípio dos maser e
laser, do químico Serguei Lebedev, inventor da borracha sintética de
polibutadieno, de Boris Iéltsin, primeiro líder russo a ser eleito
democraticamente para o comando do país, do músico e maestro Piotr Tchaikovski
entre outras celebridades de destaque.
Pois bem. Voltando aos nossos tiriricas. Essa galera de
brasileiros favelados faz parte de um grupo de torcedores (ou melhor, de bufões
e carequinhas) que cantou a alta voz. “essa buceta é bem rosinha”, fazendo
referência à cor da mulher. A infeliz que não entendeu nenhuma palavra cantou
junto a eles, sem ter noção do tamanho da falta de respeito a que estava sendo
submetida. Outro bando mais sem noção ainda, achou bonito soltar palavreados
grotescos sobre o corpo de uma russa desconhecida de rua.
Foram presos pela polícia local (mas soltos logo depois) em
face dos transeuntes que passavam e assistiram, estarrecidos, as cenas que
entenderam a patacoada como RACISMO. E
de fato caros leitores e amigos, era RACISMO PURO. Um desses “chaves” da vida,
deu uma dentro. Caiu no bom senso de cavalheiro sensato e imediatamente os
foliõeszinhos restaram identificados. Não menos salafrário, o ex-secretário de
turismo de Ipojuca (PE), conhecido pelos seus pares como DIEGO VALENÇA
JATOBÁ.
Registramos no mesmo saco de gatos, o policial Eduardo Nunes,
tenente da Policia Militar de Lages, cidade pitoresca e acolhedora de Santa
Catarina. Também aprontou. Veio de tão longe para mostrar suas idiotias. Ao
tenente seguiu Luciano Gil Mendes Coelho. Segundo fomos informados, esse
elemento, Luciano, se viu abocanhado e preso pela Polícia Federal na operação
conhecida aí no Brasil como “Paradise”. O cara virou réu em face de uma ação
proposta pelo Ministério Público do Piauí, que apura improbidades
administrativas pelo desvio de quase cem mil reais.
Não param aí as sacanagens de gostos duvidosos. O bufão cara de noiado Felipe Wilson, ex-funcionário da Latam, tomou um tremendo pé no traseiro, após ter feito um vídeo pedindo para as mulheres a bordo de uma aeronave que seguia de São Paulo aqui para São Petersburgo para repetirem a frase “eu quero dar a bunda pra vocês”.
Essas são as muitas das centenas de brincadeiras sem graça,
grosso modo, os infantilistas que se deslocaram para fora do Brasil (fodido até
o pescoço), não para se divertirem. Especificamente para enlamearem ainda mais
um país que luta de unhas e dentes objetivando sair das garras negras do caos.
No nosso entendimento, esses pilantras deveriam ser presos, processados e
deportados, para largarem de ser covardes. Uma leva de inteligentes chama a isso
de misoginia, outros de homofobia. Não importa, caros leitores e amigos, o nome
que seja dado.
Devemos, acima de tudo, deixar claro a nossa educação. O respeito. Ambas precisam vir de berço. Nascerem do útero. Solidificarem no convívio pai e mãe, aliás, o esteio e começo de tudo. Entretanto, alguns brasileiros mal sabem que a palavra educação existe. Respeito, então... e para que serve. É a falta de cultura, de visão, de coerência, de um povo que não consegue se defender da própria estupidez que insiste prevalecer. Com certeza por anos à frente, continuaremos a ter ao nosso lado esses vadios, a seguirmos vendo suas barbáries mundo afora.
Sentimos vergonha por esses palhaços, por esses bozos que
empobrecem o nosso Brasil, que ferem a nossa alma e denigrem a nossa deprimida,
deslustrada e manchada soberania. Torcemos, porém, para que um dia (ainda que
distante), haja respeito, entre as pessoas, e que finalmente, os seres humanos
se entrelacem num grandioso amplexo e que ele seja UNIVERSAL. Sobretudo, que
prepondere, que sobressaia, em todos os cantos desse mundão sem
fronteiras. No fundo, amados, buscamos a
PAZ.
NOTA DE ESCLARECIMENTO: com este texto, encerramos a nossa
estada aqui na Rússia. Viemos cobrir os dois primeiros jogos do Brasil em face
de Isidoro Pinheiro (o Isi Pinheiro), meu colega jornalista, ter sido acometido
de um pequeno problema de saúde. Problema, graças a Deus, superado. Isidoro já
se encontra aqui em São Petersburgo, ao nosso lado, com a sua equipe para
entrar em campo.
Meus sinceros agradecimentos ao time desse colega
sensacional, que apesar da sua ausência nos deu total apoio. Meu carinho
especial para Bete Lima secretária, Leo Jr, fotógrafo e Carlos Ferreira,
cinegrafista. Eu e Carina estamos nos despedindo. Evidentemente, depois de
Brasil e Costa Rica. Tchau, leitores e
amigos. Fomos
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, jornalista. De São Petersburgo, na Rússia. Copa do Mundo
2018. 22-6-2018
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