quarta-feira, 20 de junho de 2018

[Aparecido rasga o verbo] A Costa é Rica, mas trazemos nos pés a força de sermos os melhores

Aparecido Raimundo de Souza

A ESTREIA DO BRASIL NA COPA DO MUNDO, no domingo, 17, não foi das melhores. Apesar de Philippe Coutinho fazer o primeiro (e único) gol aos dezenove minutos do primeiro tempo e jogar um pouco de gás revigorante nos companheiros, a coisa não rolou como todo mundo esperava.

Neymar chamou a atenção não pela cabeleira nova e indiscreta, menos ainda pelas cacetadas que os suíços despejaram em cima dele nos dois tempos da partida.  Ficaram patentes para os quatro cantos do planeta, as falhas grosseiras cometidas em suas finalizações. Na verdade, Neymar não estava no jogo.  Talvez pensasse em Bruna Marquezine e na ideia fixa que ela carrega de, junto com Deus, salvar seu rei.  

Nessa perna de chutes incertos, os quarenta e cinco mil torcedores que lotaram a arena Rostov, até que tentaram entrar no clima com certa sofreguidão como diríamos descomedida, porém, no final, os nossos eternos canarinhos deixaram o estádio com seus narizes torcidos. Apesar dos pesares, achamos um pouco cedo para fazermos previsões.  Todavia, com esse empate meio que “arranjado” ou “comprado” o sonho do hexa ficou distanciado.

O empate da Suíça desencadeou uma espécie de desânimo anunciado nos meninos estrelas de Tite. Ele mesmo se quedou macambuziado (como vimos nas imagens antes e depois do jogo), embora fizesse das tripas coração para não passar essa impressão para os demais.

Seria mais um caos generalizado. Além daqueles que presenciamos desde que a Seleção entrou em campo.  Queremos deixar registrado que o ambiente da Rússia é fantástico e surreal, além de requintado e sofisticado, a ponto de fazer nossos corações darem saltos gigantescos numa espécie de terremoto artificial. Abalo que chega a atingir o grau máximo na Escala Richter, com uma atenuante insofismável. Um sismo que não causa vítimas fatais.

A Rússia, como um todo, é um país propício para nós, como estrangeiros, que aqui tivemos o privilégio de vir pela primeira vez. Sentimos aquela impressão deleitante e inexplicável de estarmos num planeta diferente, diferenciado, aquém da nossa querida e sofrida terrinha Brasil. Aliás, o Brasil está longe de ser uma Rússia, ainda que tente nos próximos cem milhões de anos. Apesar disso, existe em nós um eterno orgulho compartilhado, dividido, claro, por uma nação inteira que torceu e continuará torcendo o tempo inteiro para que as bolas dos próximos adversários não entrem em nosso lado da rede. 

A Seleção Titeana, voltando ao tempo em campo, sofreu pra valer. Além da Suíça ser uma equipe coesa, organizada (que jogou de maneira ostensiva), tivemos de contrapeso, alguns entraves durante os noventa minutos. Um desses atravancos, certamente, a má e péssima arbitragem do mexicano Cesar Ramos. O roteiro era dos melhores, porém, os adversários cresceram de forma espetacular. Foram melhores. Quase colocaram nossa rapaziada nos bolsos.  

No nosso humilde entender, os suíços foram melhores em vista do desempenho e da performance do árbitro de merda. A criatura passou dos limites do vexatório.  Extrapolou, suplantou além do inesperado. Arnaldo Cesar Coelho, comentarista da Rede Globo, deixou isso bem cristalinalizado. Em mais de uma oportunidade, em suas falas, durante a transmissão, bateu na tecla da inabilidade, da estupidez e da incompetência, deixando bastante ilustrada as patacoadas do “apitador de meia tigela”, sendo seguido por Ronaldinho, Galvão Bueno e Casagrande.


Pois bem. Essas inidoneidades, esses desajeitamentos, esses potoqueiros sem eira nem beira, deveriam ferir frontalmente de maneira contundente os senhores dirigentes da poderosa FIFA, que não se sabe por quais cargas d’água, tiveram o desplante de escalar um imbecil de galochas, um quadrúpede com respingos de energumenidades de terceira linha, além da pouca experiência, para apitar um jogo tão sério.

Não vimos, no mesmo rebote, honradez, probidade, decoro e lisura em sua atuação. Como árbitro, daríamos a ele, uma tremenda NOTA ZERO. O peçonhento deveria estar apitando jogos de perneteiros e muleteiros nos quintos do inferno. Aliás, esperamos, sinceramente, que esse famigerado não volte a dar as caras em outras apresentações quando da nossa Seleção em campo.  A não ser que ele, César, seja a bola.

Nós o descreveríamos, para terminar o assunto César Arturo Ramos Palazuelos como um ladrãozinho barato, medíocre, porém, astuto, vil, reles, asqueroso, que deve ter levado uma propinazinha por fora, por baixo das gramas, ou nos cantos escuros dos vestiários, para fazer tanta merda num tempo tão curto de atuação.

Como bem sabemos, vistas grosseou em dois momentos distintos, momentos que reputaríamos decisivos e importantes para o placar final, como por exemplo, o gol esquisito do meia Zuber, aos quatro minutos do segundo tempo. Zuber teria cometido falta no zagueiro Miranda ao empurrá-lo antes de cabecear para o gol. 

No outro lance, o atacante Gabriel Jesus tentou girar sobre o também zagueiro Manuel Akanji dentro da área no momento em que foi agarrado sem que o filho da puta do mexicano tivesse marcado o pênalti. Sem contar que, em ambos os casos, o bronco se negou terminantemente a ver ou a rever ou a consultar o que dizia a porra do VAR.

Vejamos em rápidas linhas, o que venha a ser esse tal de VAR, ou a ridícula e suposta equipe de arbitragem para auxílio aos juízes de futebol durante uma partida. VAR é a sigla inglesa para “Video Assistant Referee” e tem por objetivo ajudar o árbitro ou o apitador, em campo, a tomar decisões em lances considerados duvidosos. O sistema é formado por uma galera de juízes e ex-juizes de futebol.

Esses cidadãos ficam concentrados numa salinha especial, fora do estádio, vendo fotos de mulheres peladas e conversando putarias, atrelados a uma segunda equipe, ou seja, a um bando de técnicos em vídeos, que escolhe os melhores ângulos dos lances imprecisos e emblemáticos, para o replay das jogadas consideradas confusas. Para que a coisa funcione cem por cento, colocaram um monitor às margens do gramado, intencionando que o juiz da hora reveja um lance atípico e tome a melhor decisão, entre elas a de engolir o apito junto com os cartões.

Sem sair do foco, em linhas gerais, é esse o objetivo chave da geringonça VAR. Essa porcaria é baratinha. Pode ser adquirida na Feira de Acari, no Rio de Janeiro, ou na Rua Vinte e Cinco de Março em São Paulo. A FIFA pagou a bagatela de US$ 650 MIL. Em reais, R$ 2,1 milhões ou trocado em miúdos de porcos imundos, US$ 10 mil, R$ 32 mil se levarmos em conta a cotação atual da moeda americana.

Entre mortos e feridos, essa bugiganga de nada valeu, e até prova em contrário, a FIFA fez um investimento estratosférico, para colocar em uso uma aparelhagem que não serviu para bosta nenhuma.  PELO MENOS, PARA A ESTRÉIA DO BRASIL... ALIÁS, UM VERDADEIRO FIASCO. SEM FALARMOS NA IRREPARABILIDADE.

Resumindo, o VAR, para nós, brasileiros frustrados, foi uma tremenda desmoralização. O coordenador da Seleção brasileira, Edu Gaspar, enviou uma cartinha de bom desempenho à Comissão de Arbitragem do organismo da cúpula do futebol mundial pedindo explicações, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) manifestando, com veemência dúbia, a sua “estranheza” estranha, em relação à dita Confederação pelo fato dos juízes envolvidos na bandalheira não terem usado o fabuloso e incontestável VAR no gol de Zuber, o que redundou no empate com a Suíça.

Claro que a FIFA, bem sabemos, e vale apenas ressaltarmos com gritos intrépidos e ardorosos, protege seus árbitros e a bosta jogada no ventilador dos otários não tem como ser limpa agora. Nem agora nem nunca. A nossa única saída é torcermos com garra e determinação para que esse erro irreparável do incontestável e inimitável VAR não volte a se repetir.

Por todas essas cachorradas e aprontações, esperamos sinceramente, que nesta sexta-feira, 22, o VAR (VÁ DE RETO) não volte a atrapalhar nossos garotos junto ao confronto com a Costa Rica. Agora vamos para o tudo ou nada. Vencer ou vencer. Ou de rabinhos entre as pernas, cada um de nós regressarmos chorosos e estapafurdeados para os lugares de onde saímos.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista. De São Petersburgo, na Rússia. Copa do Mundo 2018. 20-6-2018

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