Paulo Hasse Paixão
Norm Macdonald |
Porque o problema não são os
extremistas islamitas que infectam a Alemanha, às centenas de milhar, se não
aos milhões, e que fizeram explodir os
índices da criminalidade violenta no país.
O problema nem sequer é o
facto concreto dos três infelizes, inocentes, que foram mortos pelo terrorista.
Não. O problema é a
“extrema-direita” que se recusa a aceitar as virtudes da “diversidade”.
O célebre meme do já falecido comediante norte-americano Norm Macdonald cai neste assunto que nem ginjas: Porque há mesmo gente que pensa assim. Há mesmo gente que se sente moralmente superior aos outros por acreditar nesta versão alucinada da realidade, o momento em que até a sátira é convertida em manual de normas.
Esta forma distorcida como o
diabo de ver as coisas está tão enraizada na esquerda neoliberal, e na
retórica dos apparatchiks da imprensa corporativa que a secundam e amplificam,
que se estende a muitos outros vectores da vida política, social e económica.
Por exemplo: o problema da
inflação não decorre da emissão ensandecida de moeda pela Reserva Federal
americana ou pelo Banco Central Europeu, mas da febre gastadora das massas. O
problema da Guerra da Ucrânia não decorre do movimento imperialista da NATO e
da CIA, após a queda do Muro de Berlim, mas do impulso conquistador de um Ivan,
o Terrível que reside no Kremlin. O problema do fórum público não está nos
poderes instituídos desejarem deter o monopólio da narrativa, mas na
‘desinformação’ e no ‘ódio’ que cidadãos comuns disseminam quanto tentam apenas
fazer valer a liberdade de expressão, que está até consagrada na maior parte
das constituições dos países ocidentais. E assim sucessivamente.
É claro que as massas, que têm
sido empobrecidas consistentemente nos últimos 20 anos por cargas fiscais
absurdas, por pandemias e revoluções verdes, por bancas rotas que derivam da
ganância de bilionários mas são pagas invariavelmente pelos mais modestos dos
contribuintes; e por intenção declarada de lhes obstruir o direito à
propriedade e à prosperidade, não têm rendimentos para serem gastadoras. É
claro que Putin não é nenhum Ivan e é claro que a censura é o primeiro
instrumento da volição totalitária das elites. Mas que interessa realmente aos
grandes desígnios dos senhores do universo aquilo que é claro, quando é de
trevas que é feito o seu labor luciferino?
Não acredites no que veem os
teus olhos mentirosos, no que ouvem os teus ouvidos enganadores, no que conclui
o teu cérebro batoteiro, na verdade que sentes a vibrar dentro do peito: Aceita
a paz de teres quem saiba por ti o que é melhor para ti, de teres quem defina
por ti o que é a realidade, porque tu, pobre e deplorável mamífero, não tens
estatuto para esse discernimento.
Título e Texto: Paulo Hasse
Paixão, ContraCultura,
28-8-2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-