VAZA TOGA: nova matéria da Folha de S. Paulo expõe erros em série de Alexandre de Moraes

e as contradições nas justificativas dele e de outros ministros do Supremo para a atuação abusiva de Moraes.

Deltan Dallagnol

Segundo a reportagem, o juiz instrutor de Moraes no STF, Airton Vieira, pediu a Eduardo Tagliaferro, chefe do órgão de combate à desinformação do TSE, um relatório sobre autores de postagens relacionadas à palestra que os ministros dariam em Nova Iorque nos dias 14 e 15 de dezembro de 2022. "Máfia Brasileira. Eduardo, por favor, consegue identificar? E bloquear? O ministro pediu... Obrigado", evidenciando mais uma vez quem era o verdadeiro autor dos pedidos de relatórios.

Mais uma vez, Tagliaferro admite que o que estavam fazendo era ilegal: "Só não sei como bloquear pelo TSE, porque não fala nada de eleições", disse ele. Airton Vieira ignorou o questionamento. No entanto, o relatório enviado por Tagliaferro fraudou a informação sobre quem fez o pedido: o documento afirmou que as denúncias foram recebidas de forma anônima e que quem havia solicitado o relatório era Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes no TSE. O relatório fez uma confusão sobre a autoria das postagens, dizendo que o então deputado estadual @HomeroMarchese, do Novo, teria divulgado o endereço dos hotéis dos ministros, mas Homero apenas divulgou o evento, o que era informação pública. Por conta disso, Moraes mandou bloquear integralmente as contas de Homero no Twitter, Facebook e Instagram. Homero ficou um mês e meio sem Twitter e Facebook, e seis meses sem Instagram.

Foi Homero quem processou a União por conta dos abusos de Moraes e ganhou uma indenização de R$ 20 mil, mas Moraes derrubou a sentença que condenava o próprio ministro — na prática, Moraes inocentou Moraes, o que é evidentemente ilegal.

@HomeroMarchese está hoje no @partidonovo30, responsável pelo maior número de ações judiciais contra o ministro Alexandre de Moraes. Apesar do sistema se blindar, continuaremos agindo de todas as formas possíveis, dentro da legalidade, para acabar com essa tirania judicial. Mas precisamos de sua ajuda: por isso, nestas eleições, vote 30, vote nos candidatos do Partido Novo!

Título e Texto: Deltan Dallagnol, X, 21-8-2024, 17h37