Atualmente, Alexandre de Moraes acumula 23 dos 59 pedidos de impeachment registrados no STF, sendo o ministro com o maior número de solicitações da história do Brasil
Allan dos Santos
Uma petição online pedindo o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, alcançou um milhão de assinaturas na manhã desta quarta-feira, 21 de agosto de 2024.
O documento, que não possui
validade jurídica, acusa o ministro de abuso de poder e uso informal do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em inquéritos contra apoiadores do
ex-presidente Jair Bolsonaro. A iniciativa, organizada através da plataforma
Change.org, foi lançada na última sexta-feira (16 de agosto) por um perfil
identificado como "Petição Pública".
Na descrição da petição são relacionadas
as ilegalidades cometidas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. O ministro
é acusado de "abuso de poder" e de agir por vingança, violando a lei
e a Constituição. Os signatários pedem que o Senado Federal processe o ministro
com base na lei nº 1.079 de 1950, que define os crimes de responsabilidade. O
documento é direcionado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Trata-se do maior atentado à
democracia já testemunhado pelo povo brasileiro, em que um ministro do STF usa
ilegalmente o aparato estatal para perseguir alvos por ele pré-determinados”,
diz a petição.
Atualmente, Alexandre de
Moraes acumula 23 dos 59 pedidos de impeachment registrados no STF, sendo o
ministro com o maior número de solicitações.
Oposição pressiona por
impeachment e coleta assinaturas para CPI
Parlamentares contrários ao governo estão mobilizando assinaturas para apoiar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e pressionar Rodrigo Pacheco a aceitar o pedido de impeachment. O senador Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro de Bolsonaro, destacou que o processo de impeachment é complexo e depende de vários fatores, incluindo a aprovação do presidente do Senado e o apoio de um número significativo de senadores.
Pontes enfatizou a importância
de investigar todas as alegações antes de iniciar qualquer ação processual. “É
essencial para que se estabeleça um exemplo, visto que essa prática tem sido
rara em processos jurídicos recentes no país”, declarou.
Processo de impeachment no
STF
O rito de impeachment de um
ministro do STF é similar ao de um presidente da República. No entanto, no caso
dos ministros, o processo deve ser iniciado pelo presidente do Senado. A lei
que regulamenta o impeachment de ministros do STF, de 1950, estabelece cinco
situações que podem justificar a destituição:
1. Alterar decisões ou votos já proferidos, exceto por meio
de recurso;
2. Propor julgamento em causas nas quais seja legalmente
suspeito;
3. Exercer atividade político-partidária;
4. Agir com negligência no cumprimento de seus deveres;
5. Proceder de maneira incompatível com a honra, dignidade e
decoro da função.
Se o pedido de impeachment for
aceito, o processo é iniciado e o ministro acusado é suspenso de suas funções
até a decisão final. O plenário do Senado é responsável pelo julgamento, e a
condenação requer o voto favorável de dois terços dos senadores presentes. Se
condenado, o ministro perde o cargo e pode ser inabilitado para exercer funções
públicas por até cinco anos.
Título e Texto: Allan dos
Santos, TERÇA LIVRE, 21-8-2024
[La pregunta?] Por que os valentes ministros do STF não se candidatam a cargos eletivos…?
19-8-2024: Oeste sem filtro – Moraes usou o TSE contra manifestantes
[Debates & Pesquisas] O que vai acontecer ao ministro Alexandre de Moraes? A persistência na falta
Ao lado, Elon Musk
Impeachment de Alexandre de Moraes – pelo bem da Democracia
15-8-2024: Oeste sem filtro – Moraes cada vez mais exposto
O Facebook removeu do meu perfil!
ResponderExcluirDitadura. Mordaça. Censura. Daqui pra pior.
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza
Freguesia do Ó São Paulo Capital
1.118.693 assinaturas.
ResponderExcluirFalta MUITO para o segundo milhão!