O time do Vasco da Gama não conseguiu se impor em casa, mas contou com o brilho de Vegetti para vencer o Sport
França Fernandes
Ainda sem empolgar, o Vasco fez o dever de casa neste sábado e venceu o Sport por 3 a 1 em São Januário, no jogo válido pela terceira rodada do Brasileirão. Um resultado importante diante da sequência difícil que a equipe terá pela frente e que ao menos serve para aliviar a pressão sobre o treinador Fábio Carille.
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Foto: Matheus Lima |
Carille agora tem nove
vitórias em 17 jogos no comando do Vasco, o que representa um aproveitamento de
58%. Não foram os resultados que conduziram o treinador com a corda no pescoço
para o jogo deste sábado, no entanto. Mas a maneira como a equipe vinha atuando.
Contra o Sport, o Vasco apresentou problemas parecidos.
O time não conseguiu se impor,
apesar de alguns momentos de superioridade, como no início e no fim do primeiro
tempo. Mas deu muito espaço para o adversário, sofreu sustos (embora Léo Jardim
não tenha sido muito exigido) e terminou a partida com menos posse de bola
(47%) e menos finalizações (17 contra 10).
A diferença é que o Vasco foi mais eficiente em comparação a jogos anteriores, aproveitou as chances criadas e matou o jogo com duas bolas paradas que terminaram em gols de Vegetti e com um lance de contra-ataque no fim, fazendo-se valer da velocidade de Rayan contra o cansaço da defesa adversária àquela altura.
O Vasco foi dominado pelo
Sport dos 10 minutos até o primeiro gol do Vegetti, aos 31; e do início do
segundo tempo até as entradas de Jair e Adson, aos 16. É esse tipo de situação
que Carille precisa combater. Por outro lado, o treinador tem méritos por ter
acertado nas substituições e parece ter o elenco nas mãos, a julgar pelas
entrevistas e manifestações dos jogadores – neste sábado, João Victor puxou os
companheiros para comemorar com o técnico o primeiro gol.
As atuações individuais de
Philippe Coutinho, Nuno Moreira e Paulo Henrique apontam o caminho por onde o
treinador pode seguir. E Vegetti, marcando nas duas únicas oportunidades que
teve na partida, mostrou mais uma vez seu poder de decisão. Com meia hora em
campo, Adson entregou mais do que Garré na ponta direita, mas Carille revelou
na coletiva que o atacante ainda não tem condições físicas de jogar uma partida
inteira.
Como foi o jogo
Na noite deste sábado, o Vasco
teve um primeiro tempo acidentado, deixou o Sport gostar do jogo em determinado
momento, mas aproveitou as oportunidades e foi para o intervalo vencendo por 2
a 0. A equipe nos primeiros minutos sofreu dificuldades para criar e furar a
defesa rubro-negra. A única finalização perigosa antes dos 30 minutos foi num
chutaço de Coutinho de fora da área que obrigou Caíque França a defender bem.
Sem conseguir assustar, o
Vasco permitiu que o Sport crescesse na partida: os pernambucanos chegaram a
igualar a posse de bola e, antes de Vegetti entrar em cena, tinham mais
finalizações. Não houve chances claríssimas, mas o time comandado por Pepa comandou
as ações por aproximadamente 15 minutos e empurrou os donos da casa contra o
seu próprio gol.
Até que, aos 30, uma escapada
de Nuno Moreira pela esquerda mudou o rumo da partida. O português foi
derrubado com falta. Na cobrança, a bola sobrou para Garré, que levantou na
cabeça de Coutinho, que por sua vez ajeitou para Vegetti abrir o placar. O Sport
sentiu o baque, e o Vasco se aproveitou do momento para marcar logo o segundo e
dar tranquilidade para o resto da partida. Vegetti, depois de assistência de
Nuno Moreira, marcou de cabeça seu 13º gol na temporada.
O Sport voltou melhor do
intervalo, deu trabalho para Léo Jardim em uma cobrança de falta de Barletta e
acertou o travessão em outra finalização do atacante. Aos nove, Hugo Moura
tentou cortar o escanteio na primeira trave e mandou contra o próprio gol. Até
ali, somente o Sport estava jogando no segundo tempo.
Tchê Tchê e Garré eram os
jogadores que menos estavam produzindo e saíram para as entradas de Jair e
Adson, que recolocaram o Vasco na partida. A equipe passou a conseguir criar
jogadas também pela direita e chegar com mais jogadores no ataque. Adson, Coutinho
e Lucas Piton por muito pouco não diminuíram em finalizações de longa
distância.
Dali em diante, o Vasco teve
provavelmente seu melhor momento na partida. Soube brecar o ímpeto do
adversário e administrar a vantagem até chegar ao terceiro gol num lance que
começa com lançamento longo de Payet e termina com Rayan ganhando na velocidade
do marcador e batendo no canto do goleiro.
Fonte: Globo Esporte
Título e Texto: França
Fernandes, Vasco Notícias, 13-4-2025
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