sábado, 3 de dezembro de 2016

Homenagem

Sem combustível...Jesus!  

Onde estás, ó força redentora?
Sentimo-nos impotentes, sem reação!
Enjaulados nas alturas assustadoras,
Noss'alma chape suplica proteção

Ó força mais forte que a gravidade!
Acima da lei natural reinas absoluta!
Não há queda em tua benignidade
És a força que nos sustenta na luta.

Somos as almas atletas da chape.
Pelejamos, à vitória fizemos jus.
Não lamentem nossa troca de nave,
O voo continua com o piloto Jesus.

Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 3-12-2016

2º Encontro Europeu de ex-Trabalhadores da Varig: APOIE

Caríssima amiga, caríssimo amigo,
Tem/representa um produto/um serviço para vender/prestar?
Aproveite esta ímpar oportunidade para anunciar na Página do Evento e neste blogue.
Por favor, escreva para:
Obrigado!

BRINDES CONFIRMADOS:

Quatro aulas (de 90 minutos cada) de inglês, qualquer nível.
Região: Zona Sul do Rio de Janeiro.
Professora: Miriam Loureiro (ex-comissária de voo da Varig)
Obrigado, Miriam!



Três exemplares do livro "O Caso Varig" escrito pelo Cmte. Marcelo Lins



OITO horas/aulas de Inglês.
Na Zona da Barra da Tijuca/Recreio dos Bandeirantes – Rio de Janeiro.
Oferta da Professora Circe Aguiar



Oferta do blogue "O cão que fuma", para ser sorteado durante o nosso Encontrão: o último livro do escritor José Rodrigues dos Santos.




Relacionados:

William Waack explicou o diálogo entre o piloto do voo da Chapecoense e a torre de controle

Implicante



Jornalismo ruim precisa ser combatido. E jornalismo bom precisa ser enaltecido. O trabalho de William Waack à frente do jornal da Globo não é só bom, é ótimo. E o Implicante, sempre que possível, abrirá espaço para que os esclarecimentos do âncora sejam ainda mais reverberados na internet.

Já na madrugada deste sábado, o jornalista esclareceu frase a frase o diálogo entre o piloto do voo da Chapecoense e a torre de controle na Colômbia. A controladora desabafou nas redes sociais que vem sofrendo ameaças de morte, mas seria inocente, teria feito um trabalho técnico. Waack não desmente isso, mas mostra que a queda da aeronave se deu durante manobra sugerida por ela.

É muito cedo para apontar culpados, mesmo a funcionária pode ter sido refém de regras ou estratégias mal calculadas. Até ontem mesmo, o piloto da aeronave vinha sendo responsabilizado pela tragédia. Mas um avião nunca cai por um único erro. Portanto, o melhor a fazer é aguardar o laudo final das autoridades competentes.

Até lá, o bom trabalho jornalístico pode somar pontos. E, para não prejudicar a receita publicitária do Jornal da Globo, o Implicante convida seus leitores a conferir a análise de Waack no próprio site do telejornal clicando aqui.
Título, Imagem e Texto: Implicante, 3-12-2016

Donald Trump, que significado para a Europa?


QUIZ: Frase divertida

“O meu primeiro filme é tão mau que substituiu a pena de morte em sete estados norte-americanos”. Quem é o autor desta divertida frase?

A – Woody Allen
B – Quentin Tarantino
C – Martin Scorsese 
D – Roberto Benigni

Charada (368)

A Filomena escolheu um número;
adicionou-lhe 8 e, em seguida,
multiplicou o resultado por 8,
obtendo assim 96.
Qual foi o número que 
Filomena escolheu?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Barbosa, de novo como herói das esquerdas, dirige ataque violento contra este irrelevante jornalista

Quando ele era queridinho do PT, eu lamentava a sua fragilidade técnica. Mais de uma vez, cheguei a desconfiar que nunca tivesse lido a Constituição. Quando ele se transformou no ogro do PT, eu lamentava a sua fragilidade técnica

Reinaldo Azevedo  

Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo, escreveu o seguinte a meu respeito no Twitter:


Ele me atacou também no Twitter. O arquivo do meu blog está à disposição. Nunca pertenci à igreja de Joaquim Barbosa, como ele bem sabe. Quando era queridinho do PT, eu lamentava a sua fragilidade técnica. Mais de uma vez, cheguei a desconfiar que nunca tivesse lido a Constituição. Quando ele se transformou no ogro do PT, eu lamentava a sua fragilidade técnica. Mais de uma vez, cheguei a desconfiar que nunca tivesse lido o Código Penal.

A questão, reitero, era de natureza técnica.

Sempre lamentei também sua retórica irada, sua incapacidade de conviver com o contraditório, sua falta de educação no trato com quem dele diverge, seus ataques gratuitos de ira.

A pauta dos incendiários, dos tolos e dos oportunistas é derrubar o governo Temer

Há até especuladores, disfarçados de analistas, engajados nesse esforço
Reinaldo Azevedo 
Não se enganem: a pauta dos incendiários de esquerda, de direita e da extrema burrice é derrubar o governo Temer. Há até especuladores, disfarçados de analistas, engajados nesse esforço. Que importa que o país vá à breca? Uns morenos a mais ou menos desempregados, vamos convir, não constituem preocupação para esses patriotas das próprias negociatas.

Como sempre, os inocentes úteis fazem o trabalho para os culpados inúteis — inúteis para o país, mas muito habilidosos na hora de especular com dólar, por exemplo. 
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, VEJA, 2-12-2016

A Europa está nas mãos de Erdogan

Rui Ramos
Que acontecerá nas eleições do próximo ano em França e na Alemanha, se o ditador turco Erdogan lançar outro milhão de refugiados na Europa? Poderá Erdogan eleger Marine Le Pen?


A semana passada, o parlamento europeu decidiu, ao fim de onze anos de conversas, que afinal não deseja a Turquia na União Europeia. Recep Tayyip Erdogan [foto], o ditador turco que a Europa promoveu durante anos na ilusão de que podia fabricar um islamista moderado, respondeu logo: se os europeus não tiverem juízo, ele abrirá imediatamente as fronteiras para deixar passar milhões de migrantes. Erdogan não está interessado em pôr a Turquia na UE. Se estivesse, não se proporia reintroduzir a pena de morte. Mas pretende que a UE continue a caucionar e a financiar a sua autocracia islamista, aliás em dificuldades económicas.

A Coreia do Norte agita as suas armas nucleares sempre que precisa de alguma coisa. O Irão usou um programa nuclear para forçar Obama e os europeus a porem termo às sanções. A Turquia não necessita de bombas atómicas: em vez disso, tem um “programa de refugiados”, sob a forma de cerca de três milhões de pessoas que pode a qualquer momento lançar sobre as costas europeias. Foi assim que no princípio deste ano, Erdogan arrancou aos europeus a promessa de milhares de milhões de euros de ajuda. Logo de seguida, as chegadas de “refugiados” baixaram de uma média de 2000 por dia para 100. A migração para a Europa por via do Médio Oriente é hoje uma arma de chantagem com que Erdogan força a Europa a pagar a sua ditadura, enquanto persegue e prende milhares de pessoas.

Na Europa, as elites políticas e mediáticas estão assustadas. Durante anos, usaram as alegações de “racismo” ou de “islamofobia” para abafar qualquer debate sobre a imigração do Médio Oriente. Mas como mostram eleições e sondagens, esse velho sistema censório já não funciona. O influxo descontrolado de migrantes, num tempo de estagnação económica e de terrorismo jihadista, derrubou as vedações da correcção política. A partir daí, a obstinada negação oficial dos problemas teve os resultados previsíveis: uma desconfiança generalizada nas elites, e o caminho aberto a demagogos como Trump ou Le Pen.

Rio continua degringolando: indicadores de violência, que já eram alarmantes, pioraram bastante

Rodrigo Constantino

Deu no GLOBO:

Em meio à crise financeira que assola o caixa, o governo enfrenta ainda o aumento da violência no estado. Estatística divulgada ontem pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) revela que os casos de homicídios dolosos em outubro subiram 20,9% em relação ao mesmo mês do ano passado: foram 462 assassinatos, contra 382. Na capital, no entanto, o número se manteve estável: cem no mês passado e 99 no mesmo período de 2015.

Já os registros de latrocínio (roubo seguido de morte) no estado triplicaram em outubro, subindo de dez para 30. Na capital, foram registrados 13 casos, enquanto no ano passado, apenas três. Os autos de resistência (mortes em confrontos com a polícia) também subiram mais na capital: 136,8%. No estado, a alta foi de 65,3%.

Veículos: 139 roubos por dia
A escalada da violência foi constatada também nos crimes contra o patrimônio. Foram 1.544 assaltos em ônibus no estado, mais do que o dobro registrado em outubro do ano passado. A sensação de insegurança nas ruas é reflexo ainda dos assaltos a transeuntes, que subiram de 5.123 para 8.980 no estado, o que representa um aumento de 75,2%. O número de roubos de celulares aumentou quase 80% no estado, de 1.086 para 1.952. 

Os roubos de veículos também não arrefeceram. Bandidos levaram 4.182 carros no estado, uma média de 139 casos por dia. A alta foi de 67,2% em relação a outubro de 2015. Na capital, o aumento foi menor: 36,9%.


O que comentar? É lastimável o quadro do Rio de Janeiro. Sua situação é deplorável, similar a uma guerra civil. A população é refém dos bandidos. O direito básico de ir e vir foi usurpado pelos marginais. O direito de propriedade foi rasgado pelos criminosos.

As Lapas Não Comem Sapos

Cristina Miranda
Confesso que inicialmente sempre pensei que esta aliança do PCP e BE com os socialistas, iria durar pouco. Isto porque, como é lógico, pelo radicalismo destes, via grandes dificuldades no entendimento uma vez que defendem políticas diferentes. Porém, o tempo mostrou que estão aí para durar. Começou-se então a dizer que eles andavam a comer sapos. Mas a realidade é bem outra. Eles afinal, são lapas e as lapas não comem sapos. Acoplam-se. E estas saciam-se de poder.


É este o verdadeiro segredo deste sucesso governativo que até ao Costa surpreendeu. Quando tudo apontava para grandes dificuldades e possíveis ruptura, eis que as “blocas” e Jerónimo estão de pedra e cal no poder, sem sinais de mossa. Berram, criticam, ameaçam, mas tudo show-off. Tudo discurso dirigido aos seus eleitores que tratam como iletrados incapazes de fazer uma análise lúcida do que realmente estão no Parlamento a fazer. Enganar.

Eles não são peixe nem carne. Por isso, agora no poder, já deixaram cair os ideais que os definiam. Aceitam toda a austeridade que Costa cria. Enaltecem o governo no cumprimento do défice imposto por Bruxelas. Assinaram aumentos de impostos no OE2016 e OE2017. Não se enojam com aumento das subvenções vitalícias, com a isenção do IMI para partidos, o chumbo do imposto sobre fortunas e enriquecimento ilícito. Não se importam com despedimentos de cerca de 2500 funcionários da CGD. Não se escandalizam com o fim de tectos para salários de administradores. Não se revoltam com quase 4 mil milhões de impostos para recapitalização de um banco. Não exigem demissões por via da novela da CGD, nem da Galpgate, muito menos pelos falsos doutores que proliferam neste governo. Nada.

Na morte de um sedutor

Na televisão, vi gente aparentemente responsável rememorar a “ternura” e a “generosidade” de Fidel, dito “um sedutor”. Não sei se a pulsão erótica despertada por um barbudo com botas e farda desempenha um papel nisto

Alberto Gonçalves

Morreu um ditador brutal que oprimiu o próprio povo. A frase pertence a Donald Trump e, no conteúdo e na dimensão, é o obituário perfeito de Fidel Castro. Infelizmente, é também um caso raro de acerto entre o festim internacional de elogios mais ou menos assumidos ao “líder histórico” e ao “revolucionário”, as expressões que, nos momentos de contenção, muitos utilizaram para classificar um mero psicopata.

É assustador que o senhor Trump tenha demonstrado a lucidez que faltou a quase todos os restantes? Talvez. Mas se nos queremos aterrorizar de facto nem é preciso sair daqui: para um português com dois neurónios ou um pingo de vergonha, o entusiasmo que tantos indígenas exibiram pelo Carniceiro de Havana mostra, com trágica exatidão, o país onde vive e as pessoas que mandam nele.

Evidentemente, não falo dos que, com maior ou menor sinceridade, dedicaram a existência a venerar regimes autocráticos e sanguinários. Não deve espantar ninguém que a menina Catarina do BE lembre o “grande homem” que cometeu “erros” (e não lembre as perseguições a minorias sexuais e religiosas). Ou que Francisco Louçã refira a “liderança popular e marcante” de um “vencedor” (e não refira o destino dos inocentes que derrotou no caminho). Ou que Jerónimo de Sousa consiga, sem se rir, recordar “uma vida consagrada aos ideias da liberdade” (e não recorde os campos de “reeducação” e os fuzilamentos. Nenhuma pessoa civilizada leva tais espécimes a sério, ou espera deles qualquer vestígio de apreço genuíno pela democracia. O pior não é isso.

QUIZ: Krzysztof Kiéslowski

Os títulos dos filmes que integram a trilogia do realizador polaco Krzysztof Kiéslowski são inspirados…


A – Na bandeira francesa
B – Na bandeira russa
C – Na bandeira sérvia 
D – Na bandeira inglesa

Charada (367)

Qual é o parentesco
mais próximo que
a minha filha
pode ter com
a irmã
da mãe do
sobrinho
da minha 
irmã?

Tiago Pavinatto demonstra que Jean Wyllys é um inimigo do movimento LGBT

Um dos mais autoritários deputados de que se tem notícia, Jean Wyllys (do PSOL), tem dado contínuos shows de selvageria e fascismo, sempre na tentativa de intimidar qualquer um que se oponha às suas ideias.

Enquanto age sem qualquer tipo de respeito à civilização, Wyllys vive enganando muita gente se declarando um “representante do movimento LGBT”.

Mas será verdade?

Pois veja esta lacração de Tiago Pavinatto em entrevista ao programa Pânico:


Enfim, Pavinatto sintetizou muito bem em que pé está a situação.

Comissário de bordo conta como sobreviveu ao acidente (malas entre as pernas?)

Erwin Tumiri seguiu o protocolo enquanto "todos se levantaram e começaram aos gritos"

Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes na tragédia que vitimou a equipa do Chapecoense, revelou, em declarações à Rádio Caracol, como procedeu nos momentos que antecederam a queda do avião.

"Sobrevivi porque segui o protocolo. Naquela situação, muitos levantaram-se das cadeiras e começaram aos gritos. Eu coloquei as malas entre as pernas e formei a posição fetal que se recomenda nestes casos", revelou o comissário de bordo.
Título (Acréscimo do Editor), Imagem e Texto: Diário de Notícias, 30-11-2016

Com todo o respeito e pudor pelas famílias dos falecidos, transcrevi esta matéria do Diário de Notícias (Portugal) porque quero perguntar aos leitores deste blogue, comissários de voo, o que entendem como “colocar as malas entre as pernas”?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Por que a Odebrecht tenta enganar todo mundo agora dizendo que “errou”? Este site explica…

Luciano Ayan


Ai, ai…

Sempre é bom coletar evidências de nossas teses.

Este blog sempre afirmou que a direita brasileira possui dois flagelos:
(1) a negação da política,
A partir da fé cega na crença, o indivíduo começa a dizer que seu adversário socialista “errou” quando na verdade… ele acertou. O problema é que o acerto dele – mesmo que seja totalmente imoral – não é percebido. A partir daí, a conversa geralmente vira papo de maluco.

Por exemplo, quando alguém vende um bilhete premiado falso da loteria e engana sua vítima, isso não significa que o fraudador “errou no projeto de transformar o comprador num milionário”, mas acertou taticamente em sua intenção imoral de surrupiar o dinheiro de seu alvo. Quando um sujeito estupra mulher, ele não “errou no projeto de deixá-la com boas lembranças de uma sedução”, mas levou a cabo sua real intenção: praticar uma violência que traumatizaria sua vítima. Após a morte de Fidel Castro, sabemos que ele não “errou no projeto de criar uma sociedade próspera e sem classes”, mas acertou em sua intenção de criar um curral de gente para que ele pudesse se aproveitar do povo e viver como um nababo.

Lindbergh tentou emparedar Moro no Senado, mas findou atirando no próprio pé (e no de Renan)

Implicante


Essa foi boa. Ou melhor: foi ótima! Aconteceu há pouco no Senado. Em defesa do projeto que supostamente estaria combatendo abuso de autoridade, mas é visto como uma retaliação à Lava Jato, Renan Calheiros convocou Sérgio Moro [foto] para pronunciar-se sobre o texto a ser discutido na casa. Lindbergh Farias foi um dos senadores que usaram o microfone. E aproveitou para repetir todas as baboseiras que a esquerda repete contra a operação: que ela comete abusos, que não deveria ter feito condução coercitiva de Lula, que não deveria ter grampeado o ex-presidente, ou a esposa dele, enfim… Tudo lorota já amplamente desmentida nos últimos meses.

Qual a resposta de Moro? Mostrou que a fala do senador comprovava que a lei contra abuso de autoridade na verdade estava sendo negociada para atacar a Lava Jato:

“Eu fico preocupado com essa afirmação de que a Lei de Abuso de Autoridade não tem nenhuma intenção de frear a operação Lava Jato. Mas fica claro [na fala de Lindbergh] que eu, na condução do caso, cometi abuso de autoridade e devo ser punido. Então me parece claro que subjaz, não digo em relação a todos, mas há uma intenção clara de que o projeto de Lei de Abuso de Autoridade seja utilizado especificamente para criminalizar condutas de autoridade envolvidas na Operação Lava Jato. Para mim ficou evidente.”

Não ficou claro só para ele. Ficou para qualquer um. Lindbergh Farias deu um tiro no pé de Renan Calheiros. 
Título, Imagem e Texto: Implicante, 1-12-2016

Dilma diz que… Calma! Quem ainda se importa com o que Dilma tem a dizer?

Implicante


O Globo liberou uma de suas manchetes para dar voz a Dilma Rousseff, quando a presidente cassada diz que está sendo preparado “um golpe dentro do golpe“. Como a petista segurou este argumento até os instantes finais do processo de impeachment que enfrentou e saiu derrotada, precisa se agarrar à “narrativa” mesmo quando já não faz qualquer sentido, afinal, é a própria esquerda quem quer encurtar o mandato de Michel Temer, a mesma esquerda que ainda a defende.

Mas o Implicante tem uma questão ainda mais pertinente: quem ainda se importa com o que Dilma Rousseff tem a dizer? Só a imprensa, claro. Mas mesmo vindo dela é estranho. Quando Fernando Collor enfrentou destino semelhante, foi isolado, esquecido, ignorado. E só reapareceu anos depois para uma entrevista bizarra concedida ao Jornal Nacional.

Se Dilma tem algo a dizer, que diga à Justiça. E, neste sentido, o Implicante torce para que fale bastante. 
Título, Imagem e Texto: Implicante, 1-12-2016

O canalha translúcido

Péricles Capanema


Fartei-me com a cobertura indecente, desproporcionada e gritantemente sintomática da morte de Fidel Castro. Ditirambos disparatados, análises tendenciosas, críticas suaves. Excetuo palavras como as de Anna Cecília Malmström, Comissária Europeia do Comércio: “Fidel Castro foi um ditador que oprimiu seu povo por 50 anos. Muito estranhos todos os elogios nas notícias de hoje”.

Estranho, mas não novo. Provém de mentalidade antiga, embebida de complacência com toda forma de esquerdismo, mesmo o mais extremista.

Lembrei-me de crônica de Nelson Rodrigues sobre o embasbacamento subserviente de magotes da intelligentsia brasileira e da sociedade carioca em torno de Jean-Paul Sartre, o velho comunista, que visitou o Rio de Janeiro.

O texto atualíssimo, profilático, é de 22 de abril de 1968:

Os tiranos também morrem – ainda bem

Maria Lucia Victor Barbosa
Em 1959, ano em que Fidel Alejandro Castro Ruz e seus barbudos derrubaram a ditadura corrupta de Fulgencio Batista, começou o grande amor da esquerda latino-americana pelo líder revolucionário, paixão que continua até hoje apesar de Castro ter se tornado, como bem definiu o presidente norte-americano recém-eleito, Donald Trump, “um ditador brutal de uma ilha totalitária”.

Inicialmente a retórica de Castro parecia ser a de um democrata e no seu documento, A História me Absolverá (1953), o jornalista Ruy Mesquita relatou não haver encontrado “nenhum traço de marxismo, de comunismo ou de esquerdismo”.

Entretanto, Fidel declarou mais tarde que sempre fora marxista-leninista e que a falsa imagem de democrata foi usada apenas para não assustar. Condizente com sua verdadeira ideologia ao assumir o poder Castro cancelou as eleições livres que prometera, suspendeu a Constituição de 1940 que garantia direitos fundamentais aos cubanos e passou a governar por decreto. Em 1976, impôs sua Constituição baseada na da URSS e nela havia, entre outros artigos, os que limitavam os direitos dos cidadãos de se associarem livremente. Pela opressão, por suas próprias leis o tirano de Cuba governou despoticamente durante 49 anos. Assassinou, prendeu, torturou, matou milhares de cubanos que não concordavam com sua ditadura. E não é à toa que Cuba foi chamada de Ilha Cárcere.

Algo a ser ainda esmiuçado através da História é a ligação de Castro com a União Soviética. Possivelmente isso foi planejado  antes dele derrotar Batista e selado através de um pacto muito favorável para ambas as partes: Cuba seria sustentada pelo império vermelho e Castro teria proteção com relação aos Estados Unidos. Os soviéticos, através do caudilho puseram uma pedra no calcanhar dos norte-americanos e reforçaram a cultura antiamericana que se tornou fortíssima na América Latina. A pequena e insignificante Ilha produtora de charuto e rum podia ser, na perspectiva da URSS, um posto avançado para disseminar o comunismo em toda América Latina.

Somos Governados por Comunistas

Cristina Miranda
Longe vai o tempo em que o socialismo por cá era democrático e moderado. Com a entrada burlesca do “carismático” Costa, aderimos silenciosamente ao comunismo. É claro que ele nunca o disse abertamente mas convenhamos, quem dá a mão a comunistas para fazer uma aliança, se não concordar com essa doutrina? É por demais evidente que Costa é mais comunista que socialista e não precisou de concluir um ano de governação para que fosse iniciada a revolução pacífica que nos levará a essa mudança completa. Confuso? Acha que exagero? Vamos lá então tirar a prova dos nove.

Comecemos pela forma como se apoderou do poder. Sim eu bem sei que está na Constituição mas que diabo, não seria pois, mais democrático, entender-se com a coligação vencedora, uma vez que era a legítima maioria, mesmo que relativa, nas urnas? Era. E foi o que aconteceu no passado com Soares. Mas Soares era socialista e o Costa é comunista. E um comunista é sempre totalitário e toma o poder, para si, à força. 

Tomado o poder, havia que assegurar as chefias. Assegurar o controlo absoluto de toda a administração do Estado. Colocou-se 1300 boys extras de uma assentada, com mais 159, agora (valor mais alto de sempre), da noite para o dia, com demissões antidemocráticas, muitas vezes anunciadas primeiro nos jornais. Assim, com a máquina do Estado controlada, o domínio é quase absoluto e os interesses das clientelas assegurados.

Depois são as leis que, quando não se ajustam à medida dos interesses instalados, são alteradas, sem dar cavaco a ninguém. Quem manda, pode, certo? Se alguma coisa corre mal, sacode-se a água do capote e “executa-se” na praça o desgraçado que teve a ideia de aceitar fazer um acordo com o poder, para assumir um simples cargo de Direcção de um banco. Porque aqui, a culpa morre sempre solteira, do lado dos que governam. E ai daquele que ousar pôr em causa a honestidade intelectual dos governantes. É simplesmente “aniquilado” por querer manchar o “bom nome” do seu fiel líder. E se for alguém do Estado a prevaricar? Não há problema porque o assunto fica encerrado. 

4 de dezembro. Vem Pra Rua!