Cristina Miranda
Longe vai o tempo em que o
socialismo por cá era democrático e moderado. Com a entrada burlesca do
“carismático” Costa, aderimos silenciosamente ao comunismo. É claro que ele
nunca o disse abertamente mas convenhamos, quem dá a mão a comunistas para fazer
uma aliança, se não concordar com essa doutrina? É por demais evidente que
Costa é mais comunista que socialista e não precisou de concluir um ano de
governação para que fosse iniciada a revolução pacífica que nos levará a essa
mudança completa. Confuso? Acha que exagero? Vamos lá então tirar a prova dos
nove.
Comecemos pela forma como se
apoderou do poder. Sim eu bem sei que está na Constituição mas que diabo, não
seria pois, mais democrático, entender-se com a coligação vencedora, uma vez
que era a legítima maioria, mesmo que relativa, nas urnas? Era. E foi o que
aconteceu no passado com Soares. Mas Soares era socialista e o Costa é
comunista. E um comunista é sempre totalitário e toma o poder, para si, à
força.
Tomado o poder, havia que
assegurar as chefias. Assegurar o controlo absoluto de toda a administração do
Estado. Colocou-se 1300 boys extras de uma assentada, com mais 159, agora
(valor mais alto de sempre), da noite para o dia, com demissões
antidemocráticas, muitas vezes anunciadas primeiro nos jornais. Assim, com a
máquina do Estado controlada, o domínio é quase absoluto e os interesses das
clientelas assegurados.
Depois são as leis que, quando
não se ajustam à medida dos interesses instalados, são alteradas, sem dar
cavaco a ninguém. Quem manda, pode, certo? Se alguma coisa corre mal, sacode-se
a água do capote e “executa-se” na praça o desgraçado que teve a ideia de
aceitar fazer um acordo com o poder, para assumir um simples cargo de Direcção
de um banco. Porque aqui, a culpa morre sempre solteira, do lado dos que
governam. E ai daquele que ousar pôr em causa a honestidade intelectual dos governantes.
É simplesmente “aniquilado” por querer manchar o “bom nome” do seu fiel líder.
E se for alguém do Estado a prevaricar? Não há problema porque o assunto fica
encerrado.
A seguir, monta-se uma máquina
de propaganda eficaz que controla a comunicação social para promover o líder e
vender um país que não existe, com o patrocínio do Presidente, e onde se repete
até à exaustão, que tudo está a correr lindamente, mesmo com o sistema todo a
colapsar. Não sei porquê, agora lembrei-me daquele vídeo lindo de autopromoção
da Síria para o turismo… Mas continuando… Se os números não ajudam à
propaganda, alteram-se os critérios e logo os rankings colocam de imediato os
piores entre os melhores. E se as estatísticas também não ajudam? Ampliam-se os
gráficos. Mas, se mesmo assim, não for suficiente? Esconde-se as contas no OE.
O que é preciso é vender um país próspero, custe o que custar.
Não se apoia a economia. Não
se respeita o patronato. Mas taxa-se tudo o que mexe, as vezes que forem
necessárias para alimentar um Estado “tirano”, que centraliza tudo o que pode,
mandando depois a conta da despesa para o cidadão, com a maior cara de pau, dizendo
alegremente, que é por um melhor Estado Social. Mas falha na saúde… Falha na
educação… Cria caos nos transportes… E altera os critérios que reduzem o acesso
aos apoios…
E se morre um ditador tirano e
sanguinário? Aprova-se um voto de pesar no Parlamento.
Ainda tem dúvidas que somos
governados por comunistas?
Título e Texto: Cristina
Miranda, Blasfémias,
30-11-2016
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