Explicar o óbvio
Vitor Cunha
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que os maricas são palermas transmissores de SIDA.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que os pretos são burros.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que os socialistas são umas bestas.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que os chineses são amarelos papa-arroz.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que o holocausto nunca existiu.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que os escravos viviam melhor sob a força de chicote.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que árabes pinam cabras.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que uma mulher de burqa parece um apicultor de luto com comichão nas
virilhas.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que os judeus têm narizes que parecem ferros-de-soldar para farejarem
dinheiro.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que os católicos são beatos assexuados com desejos pedófilos.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que a Isabel Moreira, mesmo para fufa, é feia como breu.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que o Passos Coelho é um pelintra de Massamá subserviente à gorda da
Merkel.
Qualquer pessoa tem o direito
a dizer que o monte de banha com caril do nosso primeiro-ministro é um imbecil.
E a única coisa que vós podeis
fazer é pensar que quem o diz é parvo. Agora ide ganhar juízo.
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias,
29-12-2016
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Muito interessante o texto do colega Vitor Cunha. Criativo, bem escrito, português correto. Em poucas linhas deixou uma mensagem simples; todavia, edificante, certa, coesa, inimitável. Parabens. Nota 10. Máxima. Bravo.
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza.
Muito bom!
ResponderExcluirAbs,
Heitor Volkart