terça-feira, 3 de setembro de 2019

[Para que servem as borboletas?] Suspensão de juízo... Resvalando para a mística...

Valdemar Habitzreuter

O que entendemos por juízo? Grosso modo, significa julgar, avaliar, opinar sobre algo... Nossa lide com o mundo nos impõe que tenhamos juízos sobre fatos e coisas para viabilizar nossa vida prática.

É natural que façamos juízos da realidade a nossa volta. Mas, nem sempre nossos julgamentos são definições corretas das coisas. Incorremos em erro porque, as mais das vezes, julgamos segundo nossos interesses e não vislumbramos a essência do fenômeno que se nos apresenta.

Daí a proposta husserliana (Husserl) de suspender o juízo do mundo real, de tudo que nos cerca como realidade. Não que duvidemos da existência das coisas, mas que façamos de conta como se não houvesse o mundo concreto; não emitir, portanto, juízo ou julgamento sobre o que nos cerca – suspensão de juízo.

Então, o que acontece com essa atitude? Chegamos a um ponto em que algo se apresenta incontestável: nossa consciência, nosso eu irrefutável do qual não podemos duvidar. Sabemos que o mundo concreto existe, mas dele podemos duvidar como se fosse uma ilusão, mas não há como duvidar do meu eu, pois o vivo e não o observo como se fosse uma exterioridade da qual poderia duvidar.

Assim, descubro uma realidade essencial em mim da qual não posso fugir ou duvidar: minha consciência, meu eu. E as coisas fora de mim são fenômenos (do grego phainestai = aparecer) que aparecem para mim ou se apresentam a minha consciência. Nossa consciência é sempre consciência de algo. 

Com a suspensão do juízo, todo fenômeno que aparecer na consciência é considerado desinteressadamente para que sua essência se revele, o que realmente é em si e não o que faz sentido para nossa vida prática. É ter, portanto, um conhecimento da coisa em si. Exemplo: da minha janela eu vejo um coqueiro. Mais adiante, uma jabuticabeira. São coisas que se apresentam a minha consciência como fenômenos. Qual a essência desses dois fenômenos diferentes? São árvores - essa é sua essência: ser árvore, ter a “arvoridade” ou, latinizando, a “arboridade” como pano de fundo, como substância fundante, sua essência.... Vejo que são belas e que podem me fornecer frutos, mas isso é secundário, acidental; o primordial é saber o que são árvores que, por sinal dão frutos e são belas...   É claro, na vida prática o que me interessa são os frutos que posso comer ou mesmo contemplar sua beleza, mas não dá para comer a “arboridade”....

O filósofo Husserl chamou isso de método fenomenológico que procura descobrir as essências das coisas ou, como dizia, “voltar às coisas mesmas” e vivenciá-las como são em sua essência, à parte de juízos ou julgamentos convenientes que possamos delas fazer. É fazer uma redução eidética (de ideia), isto é, chegar à ideia primordial da coisa. Reduzir a coisa até chegar ao seu cerne, à ideia fundamental que permanece absoluta sem mudança. O coqueiro e a jabuticabeira podem apresentar mudanças ao longo do tempo em suas aparências externas, mas sua essência, a ideia “arboridade” é perene, sem mudança.

Palocci: a “imprensa” cega, surda e muda

... E o Palocci escancarando a caixa preta do que foi o governo da petralhada e a maior parte da "imprensa" não enxerga, não escuta e nada fala.


Força do amor

Nelson Teixeira

Somente o amor nos impulsiona a transpor os desafios da nossa jornada. Desafios que muitas vezes dilaceram nosso coração, indo bem fundo nas cicatrizes mais remotas do nosso interior.

Somente o amor nos faz sentir a brisa do vento, acalentando nossa alma, diante das tempestades, onde imaginamos naufragar.

Somente o amor nos direciona para a beleza da flor, alegrando nosso olhar mesmo diante da dor.

Somente o amor nos faz ouvir o canto amoroso dos pássaros a saudar nosso amanhecer.

Somente o amor nos faz crer que nunca estamos sozinhos a enfrentar os desafios.

Somente o amor nos conduz ao perdão.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 3-9-2019

[Aparecido rasga o verbo] À espera do novo PDTLPLM

Aparecido Raimundo de Souza


“Vivemos o desordenado dos tempos atuais, como um cancro maligno que nos pegou de surpresa e bem sabemos, não tem um caminho para a cura”.
Eric Ambler – em “Epitáfio Para Um Espião”.  

LOGO CHEGARÁ O DIA e acreditem, senhoras e senhores, esse fatídico momento não está longe.  Apenas alguns quilômetros para que nossos olhos se deparem com a novidade. A caminhada ligeira da desgraça se avizinha. Virá para mudar de modo definitivo a nossa rotina. Em breve acrescentaremos ao rol das acontecências estapafúrdicas e às infindáveis e eternas taxas e tributos que nos sufocam, à nova “meteção de mãos” em nossos bolsos.

Mais uma usurpação capeada de impostos e outras roubalheiras que surgirá com nomenclatura diferente (ou seja, vem por aí mais um logro e que nos será enfiado goela abaixo diariamente e não mês a mês). Desta feita, essa aberração não será obra da infindável corja de filhos da puta e jagunços que sustentamos em Brazzzzilia. Fazemos alusão a uma recente e auspiciosa leva de larápios emergentes. Antes de falarmos deles, devemos reiterar que Brazzzzilia, para quem não sabe, ou entrou a explicação por um ouvido e saiu pelo rabo do orifício cagador é a eterna Capital Federal.

Pôr sinal, antes que esqueçamos, passou a se chamar, vulgarmente, de “Capital Fedemal”. E pasmem, fede, de fato. Catinga pior que esses chiqueiros de porcos espalhados do Oiapoque ao Chuí! A fedentina criou vida e dança saltitante nos salões aconchegantes dos palácios da Alvorada, nas riquezas do Planalto, nos plenários da Câmara e nos corredores intocáveis do Senado e melhor de tudo, se espalha, como doença braba e incurável. Fica ainda mais insuportável esse odor de carniça, quando frontalmente se vê de cara com as dependências do STF e STJ, recordando, Superior Tribunal de Falcatruas e Superior Tribunal de Jumentos.

Queremos deixar claro, entretanto, não viemos aqui falar dos flibusteiros que fervilham no puteiro idealizado por Juscelino Kubitschek, nem dos nossos “miSInistros” que comem caviar, cagam e peidam perfumes franceses. Estaríamos chovendo literalmente no molhado. Nossa intenção é trazer à baila, a face oculta de uma nova contribuição que será estabelecida a todos os cidadãos brasileiros, cidadãos no sentido látego da palavra. Trocado em miúdos, os “pobres e fodidos”.

Falamos do PDTLPLM ou PEDÁGIO DIÁRIO DE TRÂNSITO LIVRE PARA LOCOMOÇÃO DE MORADORES. A sigla é um tanto complicada, e a sua cobrança trará, além do dificultoso das letras, enormes dissabores para a população. Como assim? Seguinte. Essa nova tarifa, será realizada pelas “Milícias” que envolvem nossas cidades (no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e São Paulo a coisa se tornou palpável e real), principalmente nos arredores periféricos desses centros acima mencionados, onde o ajuntamento de pessoas que vivem em “comunidade” cresce a uma progressão jamais imaginada.

Entendam aqui “Milícia”, como os chefões dos morros e favelas, das gangues que disputam pontos chaves de drogas, de policiais corruptos que acobertam o tráfico, e, sobretudo, de facínoras que vivem às margens das nossas leis de mentirinha. Enfim de todas as demais espécies de embusteiros e chicaneiros que sabemos existem e têm vida abundante ao nosso redor. A cobrança do PDTLPLM, repetindo, Pedágio Diário de Trânsito Livre Para Locomoção de Moradores, chegará às nossas portas, como num passe de mágica, tipo o gás de cozinha, semelhantemente à entrega de uma bombona de água trazida por um motoqueiro, ou de uma pizza que os prezados ligaram e pediram para comerem com seus consanguíneos.

Charada (1 010)

Durante um jantar de amigos
um astronauta afirmou que,
na sua última missão no espaço,
viu uma nave extraterrestre.
“Primeiro, ouvi um estranho
zumbido vindo da direita”, dizia ele.
“Depois, vi uma luz intensa e prateada,
e, finalmente, percebi que um disco
se afastava rapidamente”.

De súbito, um dos amigos acusou
o astronauta de estar a mentir.
Por quê?

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

[Aerus] SNA e AAPT estiveram no TRF-1

SNA e AAPT pedem providência ao TRF-1 para restabelecer repasses da União ao Aerus

Sindicato Nacional dos Aeronautas e a AAPT (Associação dos Aposentados e Pensionistas da Transbrasil) estiveram nesta segunda-feira (2) no Tribunal Regional Federal da 1ª Região para pedir providências em relação à decisão da União de encerrar o repasse de valores referentes ao pagamento mensal aos assistidos (aposentados e pensionistas) do Aerus.

A União alega que a decisão judicial que garante os pagamentos já foi integralmente cumprida.

SNA e AAPT já haviam peticionado no TRF-1 solicitando que a União reestabeleça imediatamente os pagamentos, já que a decisão de antecipação de tutela para o pagamento dos assistidos, proferida pelo TRF-1 em ação movida pelas duas entidades, continua em plena vigência e com força executória.

A decisão de antecipação de tutela determinou a manutenção dos pagamentos dos benefícios dos participantes assistidos enquanto durar o processo ou até que exista nova decisão contrária a tutela.

Fiquem atentos aos nossos meios de comunicação para novidades sobre o tema.
Título: JP


Estiveram, o que fizeram muito bem. Nada conseguiram, fizeram muito mal em esconder. É o que penso.

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Mesma reação: um é aplaudido (provavelmente de pé); o outro é chamado de fascista e "ista" e "aquila"

Fusão de programas sociais pode dobrar impacto sobre desigualdades

Ipea: sistema incluiria mais 17 milhões de crianças hoje sem benefício

Letycia Bond

A unificação de programas sociais pode potencializar duas vezes mais o enfrentamento à desigualdade e à pobreza no Brasil. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com a fusão de quatro iniciativas de âmbito federal, o sistema passaria a incluir 17 milhões de crianças em situação de vulnerabilidade que, atualmente, não recebem benefício do governo federal. Desse total, metade encontra-se, hoje, na parcela dos 30% mais pobres da população brasileira. 


Segundo documento divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Ipea, a revisão prevê a integração entre o Bolsa Família, o salário-família, o abono salarial e a dedução por dependente no Imposto de Renda Pessoa Física "em uma única política coerente". Os autores do estudo afirmam que, mesmo ampliando a abrangência da proteção social, a reestruturação não demandaria mais recursos públicas, ou seja, não feriria o princípio da responsabilidade fiscal.

Na prática, isso quer dizer que o montante destinado às políticas públicas de proteção à infância e aos vulneráveis à pobreza, de cerca de R$ 52,8 bilhões, seria mantido – e, conforme enfatizam os pesquisadores, "também não poderia ser reduzido". A soma equivale a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

Disparidades
Para os pesquisadores do Ipea, um dos fatores que justificam a reformulação do sistema de programas sociais é a discrepância entre valores de benefícios concedidos pelo governo. A avaliação é que pessoas que enfrentam os mesmos riscos sociais acabam recebendo quantias diferentes. 

Como exemplo, é citada a disparidade entre o seguro-desemprego e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), dois tipos de garantia de renda para quem perde o emprego que, segundo os técnicos do Ipea, "não conversam entre si". "Para pessoas com deficiência, benefícios assistenciais, previdenciários e tributários têm definições diferentes de deficiência, pagam valores muito diferentes em função do mesmo fato gerador e frequentemente estão em contradição com outras políticas para este mesmo público."

Os especialistas propõem um conjunto de medidas para que essas correções possam ser feitas. Um dos pontos seria a adoção do uso do Cadastro Único como mecanismo de identificação das pessoas que se encontram em situação de pobreza e definir essa condição a partir da renda familiar per capita.

Pênalti perdido e Bahia estão na pauta do Vasco

Luxemburgo vai conversar com Yago Pikachu e defende elenco

Rodrigo Ricardo

O Dia da Independência para o Vasco, comemorado no próximo sábado (7), terá São Januário como palco. O time encara o Bahia, às 11h, e tenta se recuperar da derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro. O jogo, em Belo Horizonte, no último domingo (1), deixou um gosto amargo na equipe carioca, por conta do pênalti desperdiçado por Yago Pikachu [foto]. Cariocas e mineiros ainda estavam empatados em 0 a 0 no segundo tempo e um gol àquela altura poderia ter mudado o resultado final do jogo.

Foto: Fernando Michel/Picasa
“Era a bola do jogo. Agora, ele (Pikachu) vai passar para mim o que a gente vai fazer. Isto não é a primeira vez que acontece no futebol. Ele bate muito bem, mas aí, de repente, perde a confiança e fica inseguro. A gente vai ter uma conversa olho no olho para saber se ele quer continuar cobrando”, avisou Vanderley Luxemburgo.

O treinador tem desfalques para o próximo compromisso do time. Richard está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e Thalles Magno vai servir a Seleção Brasileira Sub-20. Questionado sobre os prováveis substitutos, Luxemburgo mandou recado para a torcida que critica o elenco cruz-maltino.

“Não adianta ficar queimando jogador. Eu tenho 67 anos e não posso entrar em campo. Torcedor do Vasco preste atenção, não dá para dispensar ou contratar ninguém”, avaliou.
Título e Texto: Rodrigo Ricardo; Edição: Verônica DalcanalAgência Brasil, 2-9-2019, 13h04

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Bolsonaro diz que vai vetar nove pontos do projeto de abuso de autoridade

Presidente tem até quinta-feira para anunciar decisão

Andreia Verdélio

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (2) que vai vetar nove dos dez pontos sugeridos pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, do Projeto de Lei de Abuso de Autoridade, aprovado na Câmara dos Deputados no dia 14 de agosto. “O Moro pediu dez, nove estão garantidos, vou discutir o último. Outras entidades também pediram vetos, vamos analisar”, disse ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira, sem adiantar quais são esses pontos.

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Bolsonaro já havia descartado o veto integral ao projeto dizendo que há “bons artigos”. Hoje, disse que o Ministério Público (MP), por exemplo, “em muitas oportunidades, abusa”. “Eu sou uma vítima, disse. Respondi tantos processos no Supremo [Tribunal Federal] por abuso de autoridade, isso não pode acontecer. O MP – grande parte [dos procuradores] – são responsáveis, mas individualmente alguns abusam disso aí”, disse.

O presidente tem até a próxima quinta-feira (5) para anunciar a decisão, dia em que termina o prazo de 15 dias úteis para o veto ou sanção. Em caso de veto, o texto volta para análise do Congresso Nacional, que pode manter ou derrubar os vetos presidenciais.

Pelo projeto de lei, poderá ser considerado abuso de autoridade obter provas por meios ilícitos; executar mandado de busca e apreensão em imóvel, mobilizando veículos, pessoal ou armamento de forma ostensiva para expor o investigado a vexame; impedir encontro reservado entre um preso e seu advogado; e decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado sem intimação prévia de comparecimento ao juízo.

No total, a proposta apresenta 37 ações que poderão ser consideradas abuso de autoridade, quando praticadas com a finalidade específica de prejudicar alguém ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro. Entre eles, está o dispositivo que tipifica como abuso de autoridade o uso de algemas em preso quando não houver resistência à prisão ou ameaça de fuga.

O presidente Jair Bolsonaro já afirmou que o trecho sobre a restrição ao uso de algemas será vetado.

Amazônia
Bolsonaro também comentou hoje sobre a cirurgia a que será submetido, desta vez para correção de uma hérnia incisional, que surgiu em decorrência das intervenções cirúrgicas após ter sido vítima de uma facada, em setembro de 2018. “Toda cirurgia é um risco, mas essa, com relação às últimas três, vai ser a menos invasiva, que oferece menor risco”, disse.

Reforma da Previdência: mais de 370 emendas apresentadas ao texto, com votação na quarta

Agência Senado

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve votar, nesta quarta-feira (4), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, a Reforma da Previdência. O relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), apresenta a partir das 9h a complementação de seu voto inicial, lido na reunião do dia 28. Foram 376 emendas com sugestões de mudanças até a manhã desta segunda-feira (2), das quais mais de 200 estão sem parecer.

Foto: Geraldo Magela
— Há o complemento de voto às 9h da manhã, abro para possíveis votos em separado, teremos pelo menos um voto em separado. Vamos fixar um prazo para a leitura desses votos e em seguida abrimos para a discussão, encerramos a discussão e vamos para a votação. Provavelmente isso vai adentrar a tarde, acredito que a gente não consegue fechar antes das 4h ou 5h da tarde uma discussão como essa — detalhou a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), em entrevista na semana passada.

PEC paralela
A tendência do relator é manter o texto como veio da Câmara, apenas com algumas supressões de dispositivos como o do Benefício da Prestação Continuada (BPC), alteração que não resulta em nova análise da PEC pelos deputados. As mudanças que Tasso considerou mais relevantes foram apresentadas em uma minuta de nova PEC, para tramitar em paralelo com o texto principal.

Nessa PEC Paralela, que ainda depende de 27 apoios de senadores para iniciar o andamento legislativo, estão mudanças como a inclusão dos estados e municípios na reforma; a garantia de que a pensão por morte nunca seja inferior a um salário mínimo, e que o percentual acrescido à pensão, por dependentes menores de idade, saia dos atuais 10% para 20%.

No texto que tramitará em separado também estão previstas novas fontes de custeio para a seguridade social, com a cobrança gradual de contribuições previdenciárias das entidades educacionais ou de saúde enquadradas como filantrópicas, mas com capacidade financeira, excluídas as Santas Casas de Misericórdia.

Sociedade de Imunizações: adulto desconhece calendário de vacinas

Vinicius Lisboa

O retorno do sarampo a regiões do Brasil, contagiando principalmente adultos, fez com que a vacina tríplice viral voltasse a entrar em evidência. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) alerta, entretanto, que a surpresa de parte da população adulta em relação à necessidade de se vacinar comprova o desconhecimento em relação ao Calendário Nacional de Vacinação. Vice-presidente da SBIm, Isabela Balalai informa que a entidade criou um grupo multidisciplinar focado em como reverter essa situação.

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
"Parece que está todo mundo descobrindo e entendendo como uma coisa nova que o adulto tem que se vacinar. A vacina tríplice viral está no calendário do adulto há anos, e parece novidade", adverte ela. "Há uma questão cultural de que vacina é coisa de criança. A gente aprendeu que precisa levar as crianças ao posto e não sabe que esse é só o primeiro desafio. A população desconhece que existe um calendário de vacinação rotineiro para o adulto".

O contágio de sarampo traz uma preocupação adicional para a SBIm, porque ele indica que existe a possibilidade de um retorno da rubéola, doença que está erradicada no país. Como a imunização contra ambas e também contra a caxumba é garantida com a mesma vacina, a tríplice viral, Isabela Balalai afirma que o avanço do sarampo indica que a imunização contra as três doenças está abaixo do ideal. "Se o vírus da rubéola entrar no país, como é a mesma vacina, o cenário pode ser o mesmo".

Com 37 anos, a securitária Ludmilla Tosoni conta que não costuma atualizar sua caderneta de vacinação de adulto, que só recebeu quando tomou a vacina de febre amarela, há dois anos. "A vacina da gripe foi a última que tomei. É uma vacinação que acontece aqui no trabalho, em uma campanha que eles fazem. Tomo pela facilidade", diz ela, que sabe que precisa tomar a vacina da hepatite B e que pode encontrá-la gratuitamente no posto de saúde. "A vacinação de adultos é mais displicente que a vacinação de crianças. Quando se trata de crianças, as pessoas costumam ser mais cuidadosas, mais atentas", reconhece.

[Para que servem as borboletas?] Nada de extremismo!…” in medio virtus”...

Valdemar Habitzreuter

Os governos extremistas geralmente são inconsequentes em suas atitudes e ações, para não dizer irresponsáveis. Por quê? Acham-se de posse da verdade e não admitem ideias alheias que possam contribuir para uma gestão mais condizente com os anseios da sociedade. A arrogância é a característica primeira de um extremista e não arreda o pé quando é contestado por erros, não é nada humilde.

Permanece na falsidade como se verdade fosse, por pura arrogância. Geralmente comete barbaridades que penalizam a sociedade.

O regime lulista de extrema-esquerda descambou para a corrupção como normalidade, não admitindo falsidade nisso, já que o fim justificava os meios: instauração de seu socialismo às custas do assalto ao erário.

Ao lulismo sobreveio o bolsonarismo de extrema-direita. Derrotou o lulismo com a bandeira da anticorrupção. Mas, é contestado por intransigências nada aceitáveis. Parece que o Estado democrático de direito para Bolsonaro deve ser regido pela sua vontade intransigente, como lei maior que deve prevalecer.

A sociedade já se manifesta insatisfeita com as incongruências de sua administração. Vide o-bate-pé em indicar seu filho embaixador; sua leniência no que tange ao desmatamento na Amazônia como normal; bate-boca agressivo com seus desafetos; críticas contundentes à imprensa, e por aí vai… Temos de ficar de olho para que não burle as leis constitutivas do Estado democrático de direito.

(Os ex-trabalhadores da Varig andam ressabiados pela suspensão da indenização que lhes cabe por direito, decretada pela justiça e ratificada pelo STF. Dedo de Bolsonaro?)
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 2-9-2019

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Amadurecimentos esperançosos

Péricles Capanema

Um quarto de século tem o Plano Real. O Brasil, antes do real — que passou a ser nossa moeda em 1º de julho de 1994 —, era de um jeito; ficou de outro depois dele. Em 1994, inflação ainda descontrolada, brandindo programa radical Lula caminhava para ser eleito em outubro. Sob o clima do real, inflação estancada, sensação de ordem, esperança renovada, FHC ganhou as eleições em 1º turno com 54,24% dos votos, ficou oito anos no Planalto e só entregou o poder ao PT em 1º de janeiro de 2003.


Hora de parar e pensar sobre aspectos importantes que mudaram no Brasil, em especial os empurrados para a sombra. Bom apoio para reflexões é a recente entrevista do economista Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central, um dos pais do Plano Real, estampada nas páginas amarelas da Veja.

Naquela ocasião, 1994, o estatismo se esgueirava envergonhado pelos cantos no Primeiro Mundo. Caíra a Cortina de Ferro e escancarara o atraso e a miséria do socialismo; ainda sopravam os ventos de liberalização econômica dos governos de Ronald Reagan (1981-1989) e Margareth Thatcher (1979-1990). Entre nós, sina de retardatários, soprava ainda forte o vendaval insalubre do estatismo, impedindo avanços civilizatórios.

Assim comentou Pérsio Arida as vendas de estatais na esteira do Plano Real: “As privatizações da Telebrás, dos bancos estaduais, da Vale do Rio Doce. Era tudo tão difícil que precisava de força policial na porta da Bolsa de Valores para segurar os leilões”. Vamos reter o “era tudo tão difícil”. Observa ainda o economista: “Curiosamente, a maior oposição foi do PSDB de São Paulo, pois queríamos privatizar os bancos estaduais”. Em postura regressista, continuavam aferrados ao estatismo todo o bloco esquerdista [não mudou] e igualmente um embolorado nacionalismo estatizante, ufanista, romântico e dogmático. Por isso “era tudo tão difícil”.

A desestatização avançou pouco, retrocedeu no período petista, persiste o dinossauro estatal e, indício claro de retrocesso, a Petrobrás ainda refina quase 100% do petróleo. Mas, em medida dinamizadora, a estatal anunciou que em aproximadamente dois anos, vai vender para a iniciativa privada oito refinarias, em torno de 50% da capacidade de refino do Brasil, o que, junto com outras medidas, trará concorrência para o setor da energia — maior produção e preços mais baixos. Entre as medidas complementares anunciadas, o governo tentará executar o projeto intitulado “O Novo Mercado de Gás” para terminar com o virtual monopólio de produção, transporte e distribuição exercido pela estatal.

Atire a primeira pedra

Nelson Teixeira

Quem nunca pecou que atire a primeira pedra. Já nos orientou nosso irmão maior Jesus. Ele nos convida a refletir sobre a necessidade que temos de cuidar das nossas vidas e não julgarmos os erros alheios.

Olhar para dentro de nós, identificar as dificuldades que ainda trazemos, os erros que já cometemos, os comportamentos equivocados que ainda insistimos em reproduzir. Magoando, prejudicando, maldizendo, ferindo aqueles que nos cercam.

Somos todos pecadores, necessitados de perdão. Foquemos em cuidar da nossa transformação moral, pois através dela caminharemos para um mundo melhor.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 2-9-2019

Charada (1 009)

Qual das
seguintes
palavras
não
é um verbo?

Compor;
Impor;
Repor;
Amador;
Supor.

domingo, 1 de setembro de 2019

[Atualidade em xeque] Sobre o Aerus: Convergência & Divergência

José Manuel

Esta mensagem é dirigida a todos aqueles que, infelizmente, continuam achando pelo em ovo e chifre em cavalo, quando declaram, irresponsavelmente, que os grupos continuam "brigando" entre si.

As duas palavras do título nos acompanham a vida toda. Nossos avós, nossos pais, nós, nossos filhos, dentro da nossa própria casa, convergiram ao longo da vida e divergirão pelo todo o sempre.

É inerente ao ser humano que atos se realizem pelo bem-estar social, seja na família, assim como entre seus pares. Esses atos devem, obrigatoriamente, convergir para um mesmo ponto de entendimento para que a harmonia se estabeleça onde for.

Porém, nem sempre é assim e Deus nos deu o dom de divergir, quando mesmo com todas as melhores intenções, a convergência se inclina à direita ou à esquerda, sem que percebamos, mas que no futuro poderá nos trazer consequências danosas em todos os âmbitos.

É exatamente nesse ponto que a divergência se faz presente, para corrigir o rumo dos acontecimentos.

E mais, é na divergência que se descobrem pontos obscuros, não encontrados na simples convergência, e que passam a ser discutidos a partir daquele momento.


Portanto, a divergência é absolutamente necessária e saudável. Não necessariamente precisamos gostar um do outro, mas o respeito pelas intenções é que clareia o horizonte.

No caso do AERUS, estamos há anos convergindo e divergindo. E isso tem sido extremamente saudável para todos.

Por exemplo, neste caso específico em que a "tutela antecipada", é uma resultante de uma ação judicial proposta pela AAPT/SNA, todas as atitudes devem ser exclusivamente deste dueto que o realizou harmonicamente para que tudo convergisse a um ponto comum, ou seja, nossos pagamentos.

Tudo bem? Pois é, acontece que no meio existe o fundamento de todo o problema em questão, que se chama AERUS, não apenas o significado daquilo que nós recebemos, mas o representante jurídico estabelecido e responsável por esses pagamentos.

[Pensando alto] Meu colega chinês e o novo porta-estandarte do capitalismo

Pedro Frederico Caldas


Por volta do século XVI a China detinha mais de 50% do PIB mundial. Fechou-se ao mundo e murchou. Chegou ao ponto de ser retalhada em zonas de interesses de potências europeias. O ópio grassou e o chinês era conhecido como “o homem doente da Ásia”. Em contrapartida, o mundo ocidental floresceu como nunca e a Europa se transformou no centro difusor da tecnologia e das liberdades individuais. O comunismo, mesmo para países, como a China, que nunca souberam o que era uma verdadeira democracia, se mostrou incompatível com a natureza humana e só prevaleceu por setenta anos a pulso e pelo emprego do totalitarismo, a forma mais cruel, profunda e abrangente de ditadura. Estou falando em comunismo aqui apenas como um registro histórico e para sublinhar o seu domínio sobre a China por cerca de quarenta anos.

O presidente americano Richard Nixon fez uma histórica visita à China (1972), no fim da era Mao, e se comprometeu a inserir a China no comércio internacional de que estava praticamente banida. A China, mudada a guarda, colocou numa gaveta de perdidos e achados a fórmula comunista e começou uma forte abertura para o livre mercado e para a livre iniciativa, mais que acelerada após a derrocada do bloco soviético. Para que vocês tenham uma noção mais precisa de como o capitalismo evoluiu na China, vamos relembrar uma historinha.

Quando das olimpíadas na China, a revista Veja fez uma edição especial sobre o país. Registrava que, já naquele ano, a China era menos estatizada do que o Brasil antes das privatizações do governo Fernando Henrique. Das muitas abordagens da revista há uma marcante. Um alto prócere do partido comunista chinês relatou ao repórter algumas discussões com membros do PT. Aqui abro parênteses para relembrar que o PT mantinha relações especiais com os partidos dos países comunistas, mesmo aqueles só nominalmente comunistas, como era o caso chinês, ao passo que procurava distância dos partidos democratas. Essa autoridade chinesa confidenciou que os emissários petistas revelaram que tinham como plano reestatizar o que fora privatizado, enquanto eles achavam um plano muito estranho pois a intenção era continuar a privatizar, em marcha batida, o que ainda era estatal na China. O PT, como sempre, estava descolado da realidade.
               
Mas esses fatos relatados não são novidade para quem acompanha a geopolítica. Por isso vou dar aqui uma impressão de um episódio que vivi.
               
Fazia um curso de inglês nos Estados Unidos e, como fiquei cerca de dois anos no curso, tinha como colegas, que se renovam aos borbotões, gente de toda parte do mundo, principalmente gente da ex-união soviética e chineses. Como era uma sala do último grau, um belo dia, a professora dividiu a turma em grupos para tratar de temas econômicos. O tema de meu grupo era como resolver o problema de um grupo industrial americano, de área de mão de obra intensiva, que estava caminhando para o insucesso face à concorrência da indústria asiática.

[As danações de Carina] Quem não tem pão, caça com manteiga

Carina Bratt

Mamãe costumava dizer e o fazia com muita propriedade, que “uma mão lava a outra e, as duas, o rosto”.  Confesso, na verdade, nunca vi um “mamão” lavando a outra. Pior, nunca soube distinguir quem era essa outra. Apesar disso, ambas as mãos segundo apurei com o passar dos janeiros (e lá se vão quase trinta), jamais se largaram, nem se separaram. São até hoje, unha e carne. Corda e caçamba. Vieram da mesma bolsa escrotal.


Nasceram do mesmo parto. Pertencem à mesma laia, se tornaram farinha do mesmo saco. Ossos do orifício. Meus amigos costumam dizer que a propaganda é a alma do negócio. Corre mais que notícia ruim. Propaganda nesse mundo globalizado vem com alma. Alma que tem olhos, pensa, fala move as mãos os braços, os quadris, as pernas e quando necessário, corre mais que pobre morro acima, ainda que em seus costados não esteja à polícia.

No mesmo solavanco do trem desembestado, sofre mais que guarda chuva em temporal. Propaganda, com ou sem alma, não importa. Hoje em dia, com essa tecnologia de conta, desculpem de ponta, nada se cria tudo se copia. O resto é mentira, invencionice. Por falar em mentira, mentira lembra embuste, embuste lembra patranha, patranha me remete a cascata. Grosso modo, lorota.

Lorota traz à baila inverdades e contos da carochinha. Para mantermos em evidência um saboroso logro, desses de deixar o sujeito com um olho na missa, outro no padre e o terceiro na freira com o sacristão, nada mais prático que uma melancia na frente, outra atrás, um pé lá, outro aquém, enfim, para um engano perfeito, ou uma gostosa maxambeta onde ninguém se atreva a voltar e reclamar se faz necessário contar uma série enorme de boatos e torcer para que virem Fake News.

Afinal de contas, “quando não se pode dizer a verdade, mas a gente diz algo semelhante a ela, não se está traindo a verdade, apenas diversificando a maneira de passar a conversa fiada nos menos desavisados”. Por favor, não me interrompam. Quando uma égua fala, a outra deve abaixar as orelhas. Ainda que essa outra seja uma simples eguinha pocotó. Nessa conversa fiada e fora de esquadro à coisa parte para um estado literalmente mais estranho e esquisito.

Quando o cavalo (aquele animal que veio de graça e a cavalo dado os amigos sabem de cor e salteado não se deve olhar os dentes) reponde ao bom dia acenando com o rabo e relinchando, pode ter certeza que vai dar furdunço. Mudando novamente de pau para cavaco. Marília, uma amiga e moradora aqui perto de casa, brigou feio com um vizinho comum, o Sugoso, quase porta com porta às nossas.  Ao invés dela “maneirar”, deixar pra lá, pirou o cabeção.

Charada (1 008)

Como se chama o MAR cujas
águas Noé afastou para que o
povo de Israel pudesse passar?

a) Cáspio;
b) Mediterrâneo;
c) Vermelho;
d) Egeu.

Charada (1 007)

Para que a frase
“A roupa vento um roeu pequeno rato”
faça sentido depois
de ordenada,
qual a palavra que está mais?

Charada (1 006)

De um grupo de
três pessoas,
de quantas maneiras
poderá o leitor convidar
uma ou mais
dessas pessoas
para jantar?

[Atualidade em xeque] As bruxas do Aerus

José Manuel

Podemos perceber que, inegavelmente, o Brasil tem sérias tendências à idolatria e provas robustas nessa direção não faltam neste momento, uma vez que as redes sociais estão em estado pré-epidêmico no assunto.

Podemos sentir dois tipos de idolatria, o do mal e o do bem. O primeiro está hóspede na PF em Curitiba e o segundo ocupa neste momento o palácio do Planalto.

Não vejo problema em ter ídolos, porém da forma como vem se apresentando nas últimas décadas, com as hostes mortadelas por todo o país, mesmo depois de todas as condenações, é algo a ser repensado.

Por outro lado, no caso atual, eu mesmo votei no atual presidente, mas chegar à idolatria, como está acontecendo, me parece algo não muito normal.

A idolatria tem nuances perigosas, e quando mal aplicada, no caso do mal, para não perder a "mamata" faz-se uma caça às bruxas a fim de desaparecer com todos os que incomodam pelo caminho, tendo isso acontecido ao longo dos últimos anos.

Já no caso do bem, a caça às bruxas se dá por outro viés: o do puritanismo, fazendo-se essa depuração em nome do bem-estar Nacional vilipendiado pelo mal.

Há que se ter cuidado com as duas nuances, e para não se perder tempo com o passado, o presente se apresenta com uma caça implacável a tudo que está errado. O problema é que há o perigo de uma extrapolação nesses movimentos, podendo atingir pessoas de bem e inocentes. Se antes era para manter as "mamatas", agora é para aparecer bem na fita ao ídolo e mostrar serviço nem que para isso o rolo compressor atinja quem não deve nada ao Estado.

E nessa toada, parece que nós do AERUS somos os primeiros e privilegiados a sermos caçados, nessa roda viva de culpas, sem culpa.

Um desses desavisados e, logo deixo claro que já sabemos quem é, foi mexer num vespeiro sem a menor noção do que estava fazendo, só para agradar ao seu ídolo, posando de salvador da pátria.