terça-feira, 11 de novembro de 2014

Eu só queria entender

Antônio Coletto

No dia da eleição, 26-10-14, após o encerramento da apuração e após ter sido cumprimentada pelo seu adversário, que reconheceu a sua derrota, a presidente candidata reeleita, em discurso à nação, falou no emprego do diálogo, que supõe ouvir as partes contrárias, para conduzir as questões nacionais na direção do melhor para a população.

Proclamado pelo TSE o resultado das eleições, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que as urnas aprovaram a política econômica aplicada pelo governo da candidata reeleita.

Os principais fundamentos da campanha da candidata reeleita foram a demonização dos principais partidos adversários (Marina e Aécio), verberando sempre que o aumento dos juros é para banqueiro lucrar, que seu governo foi o único que baixou o valor da conta de luz, que o PRONATEC fazia milagres e que não baixaria a inflação para achacar o povo. Este, o povo, dentre ele as pessoas conscientes do momento histórico que a nação experimentava, foi surpreendido no terceiro dia após o encerramento da eleição.

Às favas o diálogo. Num passado não muito recente, um ex-ministro mandara às favas a democracia ao assinar o AI 5. Será que ela, a democracia, está incluída no pacote que leva ou levou às favas o diálogo?

Os vitoriosos – memória curta – engavetaram os motes da campanha e, de imediato, a presidente reeleita autorizou o aumento dos juros – a SELIC – e, na semana seguinte autorizou os aumentos da luz e da gasolina, ao tempo em que informações, represadas para não prejudicar a campanha, mostravam à nação que o número dos extremamente pobres, ao invés de diminuir cresceu, e é o maior desde 2005, mesmo achando que o bolsa-família é dela, dele, do partido, e da nação brasileira. Isto pode, Arnaldo?
Meus amigos: essa gente é confiável?
Como Sócrates, eu só queria entender...
Título e Texto: Antônio Coletto, Uberlândia, MG, 11-11-2014

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