sábado, 16 de julho de 2016

[Estórias da Aviação] Em Roma e Paris correndo dos garçons

Alberto José
Em 1984 eu pernoitava em Roma e um colega, mais nipo do que brasileiro, que voava na linha Los Angeles/Tóquio, me pediu para mostrar os pontos notáveis da cidade. Como ele só voava para o Japão, foi a sua primeira viagem para Roma e ele queria aproveitar a oportunidade.

Fomos ao Coliseu, ao Foro Romano, à Piazza di Spagna, ao Vaticano, etc.

Quando estávamos voltando para o hotel, passamos em frente a uma boate na Via Nazionale [foto]. Na porta, lindas "pistoleiras" começaram a nos chamar. Eu disse a ele que não parasse para conversar. Não adiantou, ele foi cercado e levaram o rapaz para dentro da boate. Tive vontade de deixar ele sozinho mas pensei que iriam "depenar" o colega. Então, resolvi entrar. Ele já estava sentado, todo empolgado por estar cercado por lindas "pistoleiras".



Discretamente avisei a ele que a situação era de risco, mas elas já haviam pedido para ele pagar um champanhe para cada uma. Quando eu vi o barman abrir a garrafa de champanhe comecei a pensar em uma saída de emergência. Perguntei quanto custava a garrafa. Cento e cinquenta dólares! Olhei para o alto da escada e fiquei observando os dois "leões de chácara". Então, avisei a ele que quando eu subisse a escada correndo que ele fosse atrás, se não iria entrar na "porrada". O garoto ficou apavorado! De repente, os caras bobearam, eu pulei na escada e saí correndo com ele atrás. Corremos dois quarteirões até encontrar um táxi e seguir para o hotel. Bela experiência!

Na mesma época eu estava em Paris e, às 21h, resolvi jantar na Brasserie Kronenbourg, em Montparnasse.



Entrei, sentei e vi que o salão estava metade vazio. O garçom, nada simpático, perguntou o que eu iria jantar. Pedi "steak au poivre avec pommes frites et une bière Stela Artois".

Durante dez minutos comi uns pedaços de pão francês para aplacar a fome. Quando ele trouxe os pratos e a cerveja, tentei cortar a carne e não consegui - era só nervo! Chamei o garçom e mostrei a ele que não estava conseguindo cortar a carne. Ele respondeu: “Desculpe, mas a cozinha acabou de fechar!”

Com essa resposta percebi que o garçom decidiu me sacanear. Pedi mais duas cervejas e fiquei planejando uma saída de emergência. Quando ele voltou para a cozinha para pegar qualquer coisa, eu deixei dez francos sobre a mesa e saí rapidamente. Corri para a esquina oposta e fiquei olhando os dois garçons tentando me encontrar!...    
Texto: Alberto José, 15-7-2016

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