Alberto José
Em 1984 eu pernoitava em Roma
e um colega, mais nipo do que brasileiro, que voava na linha Los
Angeles/Tóquio, me pediu para mostrar os pontos notáveis da cidade. Como ele só
voava para o Japão, foi a sua primeira viagem para Roma e ele queria aproveitar
a oportunidade.
Fomos ao Coliseu, ao Foro
Romano, à Piazza di Spagna, ao Vaticano, etc.
Quando estávamos voltando para
o hotel, passamos em frente a uma boate na Via Nazionale [foto]. Na porta, lindas
"pistoleiras" começaram a nos chamar. Eu disse a ele que não parasse
para conversar. Não adiantou, ele foi cercado e levaram o rapaz para dentro da
boate. Tive vontade de deixar ele sozinho mas pensei que iriam "depenar"
o colega. Então, resolvi entrar. Ele já estava sentado, todo empolgado por
estar cercado por lindas "pistoleiras".
Discretamente avisei a ele que
a situação era de risco, mas elas já haviam pedido para ele pagar um champanhe
para cada uma. Quando eu vi o barman
abrir a garrafa de champanhe comecei a pensar em uma saída de emergência.
Perguntei quanto custava a garrafa. Cento e cinquenta dólares! Olhei para o
alto da escada e fiquei observando os dois "leões de chácara". Então,
avisei a ele que quando eu subisse a escada correndo que ele fosse atrás, se
não iria entrar na "porrada". O garoto ficou apavorado! De repente,
os caras bobearam, eu pulei na escada e saí correndo com ele atrás. Corremos
dois quarteirões até encontrar um táxi e seguir para o hotel. Bela experiência!
Na mesma época eu estava em
Paris e, às 21h, resolvi jantar na Brasserie Kronenbourg, em Montparnasse.
Entrei, sentei e vi que o
salão estava metade vazio. O garçom, nada simpático, perguntou o que eu iria
jantar. Pedi "steak au poivre avec pommes frites et une bière Stela
Artois".
Durante dez minutos comi uns
pedaços de pão francês para aplacar a fome. Quando ele trouxe os pratos e a
cerveja, tentei cortar a carne e não consegui - era só nervo! Chamei o garçom e
mostrei a ele que não estava conseguindo cortar a carne. Ele respondeu:
“Desculpe, mas a cozinha acabou de fechar!”
Com essa resposta percebi que
o garçom decidiu me sacanear. Pedi mais duas cervejas e fiquei planejando uma
saída de emergência. Quando ele voltou para a cozinha para pegar qualquer
coisa, eu deixei dez francos sobre a mesa e saí rapidamente. Corri para a
esquina oposta e fiquei olhando os dois garçons tentando me encontrar!...
Texto: Alberto José, 15-7-2016
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nossa que historias legais
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