“Ninguém, hoje em dia”, escreve o filósofo Olavo de Carvalho, “pode se
dizer um cidadão livre e responsável, apto a votar e a discutir como gente
grande, se não está informado das técnicas de manipulação da linguagem e da
consciência, que certas forças políticas usam para ludibriá-lo, numa agressão
mortal à democracia e à liberdade.”
Os 193 artigos e ensaios de Olavo de Carvalho, organizados por Felipe
Moura Brasil em O mínimo que você precisa saber para não ser idiota,
são uma pequena parcela dos textos assinados pelo filósofo em diversos veículos
da imprensa brasileira entre 1997 e 2013.
Com originalidade e veemência, o autor reflete sobre temas do dia a dia,
analisa as notícias e o que nelas fica subentendido, procurando entender o que
se passa na cabeça do brasileiro.
Olavo une a linguagem popular à alta cultura, tudo com o mais autêntico
bom humor, o mais envolvente dos estilos, justificando sua posição como grande
agente de influência política e social de sua época.
Da juventude à maturidade, da economia à cultura, da ciência à religião,
da militância à vocação, do regime militar ao petismo de Lula e Dilma, do
governo de George W. Bush ao de Barack Obama e outros muitos temas são alvo do
olhar arguto do autor. Os assuntos não se esgotam em si mesmos e fornecem
elementos para a compreensão dos demais.
Com mais de 200 mil exemplares vendidos, O mínimo que você precisa
saber para não ser um idiota é uma compilação de temas essenciais – todos
eles renegados à obscuridade no país –, sobre os quais os artigos vêm lançar
luz, importando para a seleção menos a data e o veículo em que foram publicados
do que o potencial de cada um para a abordagem dos temas.
Um livro essencial para a compreensão das forças que dominam a narrativa
política no Brasil.
Leia o que Reynaldo Azevedo escreveu sobre este livro no seu blog na
VEJA, em 2 de setembro de 2013, 6h25 -
Atualizado em 31 de julho de 2020, 5h29 :
“O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”
É o título de uma coletânea de textos de autoria do filósofo sem
carteirinha, crachá ou livro-ponto Olavo de Carvalho (foto), lançado há duas
semanas pela Editora Record (615 páginas, R$ 51,90).
Os artigos foram selecionados e organizados por Felipe Moura Brasil, um
jovem de vinte e poucos — bem poucos — anos, que também cuida de notas
explicativas e referências bibliográficas que remetem o leitor tanto à vasta
obra do próprio Olavo como à teia de autores e temas com os quais seus textos
dialogam ou polemizam.
Moura Brasil informa que a seleção obedeceu a seu gosto pessoal e à
necessidade de partilhar a sua experiência de leitor e estudioso da obra de
Olavo. Esse moço é a prova de que a inteligência e a autonomia intelectual
sobrevivem mesmo aos piores tempos. E os piores tempos podem não ser aqueles em
que o amor à liberdade é obrigado a resistir na clandestinidade — afinal, resta
a esperança no fundo da caixa —, mas aqueles em que a divergência se torna, por
si, uma violência inaceitável.
Nesse caso, a própria esperança começa a correr riscos. O livro, o que
não chega a ser uma surpresa, provocou um enorme silêncio — que é uma das
formas do moderno exercício da violência. Os leitores, no entanto, estão
fazendo a sua parte, e ele já figura em 10º lugar na lista dos “Mais Vendidos”,
na categoria “Não-Ficção”, na VEJA desta semana.
“O Mínimo…” reúne, basicamente, artigos que Olavo publicou em jornais e
revistas, inclusive nas revistas “República” e “BRAVO!”, das quais fui
redator-chefe — e a releitura, agora, em livro, me remeteu àqueles tempos.
Impactam ainda hoje e podiam ser verdadeiros alumbramentos há 10, 12, 13 anos,
quando o autor, é forçoso admitir, via com mais aguda vista do que todos nós o
que estava por vir. Olavo é dono de uma cultura enciclopédica — no que concerne
à universalidade de referências —, mas não pensa por verbetes. E isso desperta
a fúria das falanges do ódio e do óbvio.
Consegue, como nenhum outro autor no Brasil — goste-se ou não dele —,
emprestar dignidade filosófica à vida cotidiana, sem jamais baratear o
pensamento. Isso não quer dizer que não transite — e as falanges não o fustigam
menos por isto; ao contrário — com maestria no terreno da teoria e da história.
É autor, por exemplo, da monumental — 32 volumes! — “História Essencial da
Filosofia” (livros acompanhados de DVDs). Alguns filósofos de crachá e
livro-ponto poderiam ter feito algo parecido — mas boa parte estava ocupada
demais doutrinando criancinhas…
Há o Olavo de “A Dialética Simbólica” ou de “A Filosofia e seu Inverso”,
e há este outro, que é expressão daquele, mas que enfrenta os temas desta nossa
vida besta, como disse o poeta, revelando o sentido de nossas escolhas e, muito
especialmente, das escolhas que não fazemos.
(…)
Encerro
Leia esse livro de Olavo de Carvalho. Ninguém, no Brasil, escreve com a
sua força e a sua clareza. Tampouco parece fácil rivalizar com a sua cultura,
fruto da dedicação, do trabalho no claustro, da aplicação, não da busca de
brilharecos.
Leia Olavo: contra o ódio, contra o óbvio, contra os idiotas e a favor de
si mesmo.
Pois bem, seguindo a recomendação de Reynaldo Azevedo, encetei a leitura
do livrão.
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Muito bom! Ainda estou na metade!
ResponderExcluirNelson Rodrigues já alertava: “O mundo só se tornou viável porque
ResponderExcluirantigamente as nossas leis, a nossa moral, a nossa conduta eram regidas pelos
melhores. Agora a gente tem a impressão de que são os canalhas que estão
fazendo a nossa vida, os nossos costumes, as nossas ideias. Ou são os canalhas ou
são os imbecis, e eu não sei dizer o que é pior. Porque você sabe que são milhões
de imbecis para dez sujeitos formidáveis.”
O PRÓPRIO OLAVO REFERENDA
O que acho digno de nota ,é o Reynaldo Azevedo ,ter recomendado Olavo de Carvalho, quando sabemos que hoje tem ojeriza pelo mesmo.
ResponderExcluirVeja apenas um dos videos em que fala do Olavo der Carvalho.
Reinaldo Azevedo: "Cala boca, Olavo"!
https://www.youtube.com/watch?v=W2kWbIR6zy4
Uma das falências de carácter é o MURO.
ResponderExcluirNenhum deles mija em cima do muro, sempre escolhem um lado, seja por dinheiro ou por oposição.
Reinaldo Azevedo é um deles, a gente não pode passar perto do muro que ele se encontra, basta rever seu CV.