terça-feira, 11 de agosto de 2020

[Para que servem as borboletas?] Nossos projetos de vida...

Valdemar Habitzreuter

Neste tempo de pandemia, quando despertamos para o valor da vida e a morte se apresenta como uma roleta russa a cada um de nós, nós nos vemos assustados e projetamos mudanças de estilo de vida: a normalidade vigente exige uma normalidade nova, um novo projeto ou novo estilo de vida… Aliás, nós nos propomos muitos projetos ao longo de nossas vida.

Projetar significa lançar ideias que floresçam e se concretizem em algo prático. Mas, em todos os nossos projetos que intentamos e realizamos entra o fator moralidade. Dependendo do que projetamos para nossas vidas, podemos incorrer na boa ou má moral, segundo nosso estilo de vida...

A boa moral se inclinará, sem dúvida, a idealizar projetos de vida que realizam nossa humanidade, de vocação para a paz universal…

E, assim, ao longo da vida nós nos projetamos, nos lançamos a muitas atividades. Escolhemos, por exemplo, uma profissão de nosso desejo que nos garanta uma boa vida, com um bom salário para nosso sustento e constituir ou não uma família etc.

Podemos não estar satisfeitos com a profissão que escolhemos e resolvemos partir para outra… e mesmo dentro de nossas profissões podemos ter inúmeros outros projetos que achamos convenientes e que possam nos dar um colorido a mais à vida. Sempre que achamos que o que projetamos não nos serve, lançamo-nos para outras iniciativas.

E resta nos questionar: estamos sempre preocupados com a boa moral naquilo que projetamos realizar? E estamos conscientes de que há um projeto que se nos impõe forçosamente do qual não podemos fugir? Que somos lançados a ele, mesmo que não o queiramos?

Esse é o projeto que pode coroar nossas vidas se todos os nossos projetos de nossas escolhas tiverem se alinhado moralmente (a boa moral) com este último projeto do qual não podemos fugir: a morte. O homem é um ser para a morte, é o seu projeto final mais autêntico de vida…

Então, os nossos projetos que nos propomos realizar livremente em vida serão, ao final e ao cabo, interrompidos pela morte. Talvez, no ato da morte o alívio da paz nos contemple com sua face se tivermos trilhado o caminho da vida com bons projetos que nos propiciaram paz de espírito, se tivermos assumido projetos incluindo a boa moral…  e quem sabe haja uma sobrevida após a morte da qual as religiões aludem....

O cristianismo, por exemplo, nos propõe um projeto de moralidade e com ele a esperança de uma vida feliz que se desenha na morte…

Que a pandemia não nos assuste ao nos suscitar que sempre somos projetados para a morte!

Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 11-8-2020

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