domingo, 10 de abril de 2011

Ó Sócrates, olha o que a Esquerda pensa de ti! Devem estar chalados, ora pois...

Bloco de Esquerda diz que Sócrates fez "gigantesca encenação"
Francisco Louçã
O coordenador nacional do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou hoje que o primeiro-ministro, José Sócrates, apresentou no congresso do PS "uma gigantesca encenação" e acusou os socialistas de "insistirem em atacar Portugal".
Para o líder bloquista, ao longo dos três dias que durou o congresso socialista -- que terminou hoje - o secretário-geral do PS e primeiro-ministro não apresentou "uma única ideia, uma única proposta para a solução dos problemas do país".
"As ideias são as velhas ideias da recessão, as gastas ideias da austeridade, do desemprego, da precariedade ou da redução do valor dos salários. A proposta é uma gigantesca encenação, como se o país não tivesse de mudar as suas orientações e políticas", afirmou Louçã, na apresentação das conclusões de uma reunião da mesa nacional do BE, que decorreu hoje em Lisboa.
Na opinião do dirigente nacional do Bloco, para "defender Portugal" - o lema do congresso socialista - "não basta agitar bandeiras portuguesas".
"É preciso defender os desempregados - 800 mil -, os precários - mais de um milhão - , os pobres - dois milhões. É preciso compromisso e responsabilidade por uma economia que se preocupa com as pessoas. Nenhuma encenação substitui o esforço do compromisso, da resposta, da mobilização, da transformação das soluções", defendeu.
Para Francisco Louçã, "o lema do congresso do PS é uma fraude social, porque insiste em atacar Portugal".

Recuperando expressões utilizadas pelo primeiro-ministro para criticar a oposição - nomeadamente após a recusa da nova versão do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), Francisco Louçã considerou que a "leviandade demonstrada neste congresso é a insistência numa política de reduzir as indemnizações por desemprego para que seja mais fácil despedir".
"O calculismo revelado por José Sócrates é diminuir as pensões para poder utilizar esses recursos para um BPN 2, 3 ou 4, no sistema financeiro que nos trouxe até esta ruína. Tirar o tapete aos portugueses é insistir num PEC 4 que se traduz na recessão que destrói a economia e a vida de tantas pessoas", sustentou.
Para Louçã, "acabou o tempo de encenação e da fantasia, em que só nos oferecem a indignidade do silêncio perante a imposição do Fundo Monetário Internacional".
Questionado sobre se é possível um consenso à esquerda que inclua o PS - ideia defendida por Manuel Alegre, cuja candidatura presidencial teve o apoio do BE -, Francisco Louçã voltou a afastar essa possibilidade.
"Estamos abertos a todos os consensos que representem uma alternativa para a economia portuguesa. José Sócrates disse hoje que o seu programa eleitoral é reduzir as pensões, os salários, facilitar os despedimentos", disse, acrescentando que "a esquerda que defende Portugal e que quer salvar a economia" rejeita "a política do FMI".
"Todos os que votaram no PS sabem que José Sócrates conduziu uma política contrária aos seus valores. Os portugueses que foram enganados, já sabem da tragédia social que esta política representa, têm todo o direito de exigir que haja uma política de esquerda, com compromisso, com aliança, para que haja soluções", defendeu.

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