Morrer dormir... dormir... talvez sonhar;
É onde bate o ponto, afinal,
Quem sofreria o açoite a maltratar,
Pedras, setas, a luta contra o mal,
As dilações da lei, dever social,
O mérito paciente e o findar
Do não correspondido verbo amar,
Com a dolorosa dor em ritual?
Ó vida longa, ó mar de provação,
Homem – sombra que passa a caminhar –
Na incerteza do sono casual.
Ser ou não ser, eis a grande questão,
Morrer dormir... dormir... jamais sonhar...
Seria a solução com um punhal.
Ever Botelho, maio de 2011
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