Tentativa de concentração dos
manifestantes em Luanda corrida à bastonada pela polícia
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Foto: Miguel Madeira/Público |
Lusa/Público
A primeira tentativa de
concentração para a manifestação antigovernamental marcada para hoje em Luanda
foi corrida à bastonada pela polícia, disse à Lusa um dos organizadores.
“Tivemos que dispersar, porque
logo que nos começámos a concentrar, a polícia, e civis que consideramos serem
agentes à paisana, começaram a bater e a prender”, disse Adolfo Campos.
A carga policial provocou pelo
menos um ferido – Luaty Beirão, o conhecido rapper Ikonoclasta, que sofreu
ferimentos na cabeça – e número indeterminado de detidos, acrescentou Adolfo
Campos.
A Lusa contactou a comandante
provincial da Polícia Nacional, comandante Bety Franque, que disse estar a
receber informações do responsável policial no local, pelo que não dispunha de
informações que pudessem confirmar as alegações dos manifestantes.
Organizadores do protesto atacados por encapuzados
Convocada pelo autodenominado
Movimento Revolucionário Estudantil, para exigir o afastamento da presidente da
Comissão Nacional Eleitoral e a demissão do Presidente José Eduardo dos Santos,
o primeiro acto da manifestação era a concentração no Cazenga, bairro popular
situado a norte de Luanda, com os manifestantes a tentarem progredir em
direcção à Praça da Independência, no coração da capital.
A manifestação vai realizar-se
24 horas depois do mais recente ataque perpetrado por desconhecidos (alguns
encapuzados) contra alguns dos organizadores do protesto.
A iniciativa visa protestar
contra a designação de Suzana Inglês para a presidência da CNE, que desencadeou
uma série de iniciativas dos três maiores partidos da oposição com
representação parlamentar, UNITA, PRS e FNLA, junto do Conselho Superior da
Magistratura Judicial e do Tribunal Supremo, onde interpuseram uma providência
cautelar, e que foram liminarmente rejeitadas por estes dois órgãos judiciais.
Os organizadores pretendem
ainda, com o protesto, exigir a demissão do Presidente José Eduardo dos Santos,
a quem acusam de se manter há 32 anos no poder sem ter sido eleito.
Texto: Agência Lusa/Público
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