quinta-feira, 3 de maio de 2012

A Grécia vista por um "canudo"


Foto: Sakis Mitrolidis/AFP
Alberto de Freitas
O artigo sobre o “pulsar” grego, de Maria João Guimarães, no Público, mostra como é uma jornalista que faz falta… por exemplo: nos hospitais.
Estou a vê-la no IPO. Entrevista o doente com náuseas pós-quimioterapia e demonstra como os tratamentos do hospital provocam o sofrimento. Garante até ter visto o doente entrar em melhores condições do que as que se verificam ao sair. A desculpa médica que a causa do cancro foram 40 anos de “fumo” é o reconhecimento que pretendem reduzir os direitos. Sim, porque fumar é um direito. E MJG sabe que os alemães também fumam.
À porta do hospital, fala com jovens que apresentam a alternativa de esquerda: “livre-se do cancro sem tratamento”. Até há quem defenda a hipótese da causa do cancro ser o tratamento. Outros apresentam proposta mais democrática: não vá ao hospital e assim nunca terá doenças.
Maria João Guimarães ausculta a voz do povo: “O verdadeiro dilema é se continuamos esta política destrutiva de tratamentos que traz sofrimento ou se lhe pomos um fim” – Dispara Alexis Tspiras, um engenheiro civil de 38 anos. E tal luminária (sem provas dadas na zona da cidade da Guarda) – falando de finança – extasia a nossa jornalista, com uma máxima de profundidade ao nível de “buraco” grego: “Querem que a Grécia se torne num país com ordenados ao nível da Bulgária e preços ao nível de Bruxelas” – sem que MJG lhe pergunte: se os ordenados forem ao nível da Bulgária, por que raio os custos terão que ser ao nível da Bélgica?
Pelo que se entende, os gregos não têm nada a ver com as “anomalias”
Mas a conclusão – pelo menos nesta reportagem – é: "não vá ao hospital e não terá doenças” –, ou mesmo: “Eliminando os hospitais erradicam-se as doenças”.
São reportagens assim que nos impelem a comprar jornais.
Título e Texto: Alberto de Freitas

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