Geraldo Almendra
Banqueiros e empresários não
são santos e a lógica da livre iniciativa é a busca do lucro, ou de maneira
mais sofisticada a maximização da satisfação dos donos ou acionistas.
O discurso da presidente
contra os banqueiros depois que o BB e a Caixa Econômica Federal derrubaram
artificialmente seus juros, não passa de uma mensagem populista e sem
fundamento econômico.
A queda foi artificial porque
uma empresa para baixar o preço de seus produtos ou serviços precisa promover
choques de redução de custos ou de aumento de eficiência, ambas não praticadas
pelos bancos estatais, pelo contrário.
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Ilustração: Augusto Bier |
Se a presidente tivesse um
mínimo de coerência criticaria duramente os péssimos serviços prestados pelos
bancos citados e a sacanagem que praticam para um pedinte de empréstimo para
que o mesmo seja obrigado a abrir conta e aceitar as vendas compulsoriamente
cruzadas, isto é, empurrar pela garganta do correntista os seguros de todos os
tipos, investimentos em fundos entre outras formas de extorsão da fragilidade
das pessoas que não têm ou não sabem procurar alternativas, conhecimento ou
iniciativa para questionar ou não aceitar as chantagens dos gerentes.
Essa gente é muito descarada
não tendo o menor pudor de dizer ao potencial tomador de um empréstimo ou
financiamento que a assinatura do “aprovador” sai mais rápido se as vendas
cruzadas forem aceitas.
Essa bosta chamada socialismo
utópico agride frontalmente a natureza humana, que somente funciona de forma
competitiva empreendedora se for conduzida pela educação e pela cultura a não
pensar no Estado como o maior empregador da sociedade e sim como um eficiente
prestador de serviços para a sociedade, prestação de serviços paga pelos
impostos recolhidos pelos contribuintes.
Por que o poder público não
incentiva a criação de novos agentes do mercado financeiro para acirrar a
competição entre eles e cumpre corretamente suas obrigações de fiscalização
para evitar os intermináveis abusos praticados pelos bancos, especialmente os
bancos federais e estaduais?
É importante a sociedade
entender que a ineficiência ou o prejuízo dos bancos estatais é pago pelo
contribuinte assim como a extorsão praticada pelos bancos privados não tem
limites graças à ineficiência do poder público em fiscalizá-los.
A velha frase de que “não
existe prato de comida de graça” continua cada vez mais verdadeira e a absurda
dívida pública do país comprova essa assertiva.
Que a sociedade fique atenta,
pois o “capitalismo de estado” está prestes a ser expandido sem limites no país
agora no caminho do controle do Sistema Financeiro, um dos mais modernos e
eficientes do mundo no que diz respeito aos grandes bancos privados, mas um dos
mais ineficientes no que diz respeito aos bancos estatais. Quem tiver alguma
dúvida vá a uma agência do Banco do Brasil ou da Caixa tentar fazer um
empréstimo sem abrir uma conta. Depois de aberta a conta (isso é rápido) comece
a operar com o banco e não se surpreenda com as imensas filas entre muitas
outras mazelas que irá ter que enfrentar.
Título e Texto: Geraldo
Almendra, 02-05-2012
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