Mães de crianças de 10 anos de
uma escola municipal de Contagem, na região metropolitana de BH, ficaram
chocadas ao descobrir o conteúdo de um trabalho passado pela professora.
Os alunos da 4ª série do
ensino fundamental tiveram de responder perguntas sobre posições sexuais, como
sexo grupal e anal, e homossexualismo.
A Sra. Norma Nonata de Aquino,
pedagoga da escola, defendeu a professora que passou o dever aos alunos,
declarando o que segue:
Nossas crianças, embora
tenham 10 anos de idade, são crianças curiosas, já tem acesso a uma série de
informações; são crianças que têm influência da mídia, da música, da novela,
dos filmes, e trazem consigo as questões ligadas à sexualidade.
Sexualidade foi um tema
escolhido pela própria turma, é um tema transversal, é um tema que a escola
trabalha com base em orientação do MEC, dos parâmatros curriculares, a escola
desenvolveu um trabalho sério, organizado, planejada a partir das questões das
próprias crianças.
Comentário do ESP: Se
Dona Norma quiser ensinar sua filha de 10 anos o que é e como se faz um boquete, ninguém
tem nada com isso, pois o art. 12 da Convenção Americana de Direitos
Humanos lhe garante o direito de dar aos seus filhos a educação moral
que esteja de acordo com as suas próprias convicções.
Mas ela não pode fazer a mesma
coisa com as crianças que estudam na sua escola, pois os pais dessas crianças
também têm o direito de dar aos seus filhos a educação moral que esteja de
acordo com as suas próprias convicções.
Ocorre que Dona Norma está
muito segura do que diz, e não parece nada disposta a mudar de orientação. Nem
ela, nem possivelmente a maioria dos seus colegas de profissão, nem o MEC, que,
como se sabe, não só não impede como incentiva esse tipo de abordagem em sala
de aula, não importando a idade dos alunos.
Portanto, se os pais quiserem
exercer o direito que lhes é conferido pelo art. 12 da Convenção Americana de
Direitos Humanos, eles precisam acordar. Precisam pedir ao Ministério Público e
ao Poder Judiciário que proíbam as escolas de usurpar esse direito. E só há um
jeito de impedir tal usurpação: obrigar o MEC e as Secretarias de Educação (1)
a varrer todo o conteúdo moral das disciplinas obrigatórias, e (2) a reconhecer
expressamente em seus documentos oficiais o direito dos pais de dar aos filhos
a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.
Se quiser utilizar o sistema
de ensino para promover uma agenda moral, o governo deve criar uma disciplina
facultativa, a exemplo do que acontece com o ensino religioso. Conhecendo
previamente o conteúdo dessa disciplina, os pais decidirão se querem ou não que
seus filhos a frequentem.
Enquanto isso não acontecer, o
art. 12 da Convenção Americana de Direitos Humanos será letra morta em nosso
país.
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