Eberardo Benz
Eu sou do tempo em que, no
colégio, se cantava o hino nacional antes de entrar na sala de aula.
Ainda no primário, hoje chamado de ensino fundamental, tínhamos duas matérias de história. Uma era História Geral, ou História do Mundo, e uma outra especial, de que eu gostava mais, a História Pátria. Me lembro bem do livro de História Pátria, que tratava unicamente da história do Brasil, com ilustrações coloridas, uma raridade naquela época. Acho que o autor era Rocha Pombo(?).
Uma frase em especial nos era incutida e repetida muitas vezes: "Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste". Esta frase, nos dias de hoje, se torna cada vez mais dificil de comprender e seguir, principalmente ao ver e sentir os desmandos e as roubalheiras de que tomamos conhecimento quase diariamente, praticados exatamente pelas pessoas que deveriam seguir e nos dar o exemplo da expressão "ama com fé e orgulho o terra em que nasceste".
Publicado na página 10 do CORREIO DO POVO, em 06/12/2012:
Ainda no primário, hoje chamado de ensino fundamental, tínhamos duas matérias de história. Uma era História Geral, ou História do Mundo, e uma outra especial, de que eu gostava mais, a História Pátria. Me lembro bem do livro de História Pátria, que tratava unicamente da história do Brasil, com ilustrações coloridas, uma raridade naquela época. Acho que o autor era Rocha Pombo(?).
Uma frase em especial nos era incutida e repetida muitas vezes: "Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste". Esta frase, nos dias de hoje, se torna cada vez mais dificil de comprender e seguir, principalmente ao ver e sentir os desmandos e as roubalheiras de que tomamos conhecimento quase diariamente, praticados exatamente pelas pessoas que deveriam seguir e nos dar o exemplo da expressão "ama com fé e orgulho o terra em que nasceste".
Publicado na página 10 do CORREIO DO POVO, em 06/12/2012:
Só o valor do reajustamento
mensal dos ministros do STF é superior ao valor que muitos aposentados e/ou
pensionistas ganham para viver o mês inteiro. Sem falar nos já altos salários
mensais, que são bem superiores ao que a maioria dos aposentados e/ou pensionistas
ganham em um ano inteiro. Sem falar nos demais benefícios, cito apenas a assistência
médica. Será que algum destes ministros alguma vez já enfrentou algum
tratamento pelo SUS? Ter que entrar na fila, de noite, permanecer toda a madrugada
na fila para receber um sonoro "não tem mais ficha para hoje" quando,
finalmente, se é atendido? Claro que não, pois dispoõem de planos de saúde que
nenhum aposentado pode mais pagar.
E os aposentados e
pensionistas do AERUS, o Instituto de Seguridade Social - entidade de
previdência privada dos aeronautas e aeroviários, que pagaram durante muitos
anos valores próximos ou iguais ao que era descontado para o INSS e hoje
recebem apenas em torno de 8% do valor ao qual têm direito. Os descontos para o
AERUS eram feitos com o intuito de quando os aeronautas e aeroviáros se
aposentassem pudessem ter os últimos anos de suas vidas com um pouco mais de tranquilidade
e qualidade de vida, já que os valores recebidos do INSS são muito defasados em
relação aos salários na hora de se aposentar.
Após a justiça ter dado ganho de causa e reconhecido o direito ao pagamento das aposentadorias,
com o imediato pagamento, um desembargador embargou o pagamento alegando grave
dano à União. Será que o dano causado pelo não pagamento das aposentadorias a
que cada um dos aposentados e pensionistas tem direito, pelo que tem pago, não
é bem maior que o alegado dano causado à união?
Os valores a serem recebidos
pelos aposentados não seriam gastos em depósitos em paraísos fiscais, em
viagens ao exterior ou em jogos em cassinos. Com toda certeza seriam gastos
para pagar medicamentos, comida, sanar dívidas, novas vestimentas. Com isto,
inclusive, contribuiriam para pagar impostos e manter empregos, portanto
realimentando a voracidade da união…

Tambem a fé vai se esvaindo a
cada dia que passa. É como a chama de uma vela que vai se extinguindo aos
poucos, até apagar.
Título e Texto: Eberardo Benz,
aposentado AERUS, RS, 06-12-2012
Edição: JP
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