Terminando o recesso no Senado
Federal e na Câmara dos Deputados. Retornam senadores e deputados às suas
atividades normais para cumprirem o ano legislativo de 2013.
Receamos, pelo andar da
carruagem, que poderá ser um ano igualzinho aos anteriores quando pouco se
interessaram pelo bem-estar da população, visando mais seus interesses
pessoais. Aposentados então, coitados, nem de longe têm vez. Mas, sempre fica
uma tênue esperança do povo iludido, dos aposentados amargurados, acreditando,
na sua ingenuidade, que no corrente exercício tudo poderá ser diferente. Quem
sabe, realmente não será? A fé é a última que morre e jamais podemos perder as
esperanças. Não há bem que dure, como não há mal que não se acabe, nos ensina a
sábia filosofia...
Os parlamentares voltarão mais
cônscios de suas responsabilidades? Mais sensíveis aos direitos do cidadão?
Virão preocupados em apagar a péssima repercussão causada por atos políticos
abominados pela sociedade? E os projetos de aposentados? Continuarão escondidos
no fundo das gavetas? Darão finalmente chance aos PLs 01/07, 3299/08 e 4434/08
de grande interesse de segmentos prejudicados, obstruídos há vários anos por
não haver um mínimo de boa vontade política dos líderes partidários, para que
tais projetos possam ter seu futuro decidido num debate honesto, limpo,
transparente, com votações reais em sessões plenárias?
Aliás, quanto aos aposentados
do setor privado, o Congresso por questão de justiça e boa administração tinha
a obrigação moral de consertar a insensatez que fizeram em 1998 (o Senado já
consertou), quando por falta de visão estadista e total falta de inteligência
administrativa, tiveram o desplante de desvincular o reajuste das
aposentadorias do salário mínimo, sem se aperceberem que tal disparate, num
futuro próximo, iria causar sérios conflitos na justiça social brasileira. Não
tiveram a sensibilidade de perceber que estavam prejudicando um terço de velhos
aposentados, numa fase da vida que mais precisam de proteção e respeito. Não se
aperceberam que estavam acendendo o pavio de uma grande bomba que no futuro,
certamente, iria explodir com o achatamento das aposentadorias?
Que cérebro prodigioso foi
capaz de planejar o nivelamento de todos os aposentados em apenas um salário
mínimo de benefício? Sim, é esta a intenção dos gênios da obtusidade.
Observemos que havia um pequeno número de aposentados recebendo o teto máximo
de vinte salários mínimos; conseguiram reduzi-lo para dez salários mínimos e
agora para, mais ou menos, seis salários mínimos, que não será mantido, devido
aos percentuais menores de aumentos que recebem anualmente.
Dá para tirar daí uma triste
conclusão: “O preconceito e a discriminação contra o aposentado fincaram raízes
profundas, tornando-se difícil que alguém consiga removê-las. Está faltando um
grande número de políticos de fibra e coragem suficiente para comprarem esta briga
a favor de aposentados indefesos e eternas vítimas da má administração da nossa
Previdência.
Que Deus abençoe neste novo ano
de 2013 governantes e governados. Que os aposentados, pensionistas e futuros
aposentados, façam uma corrente positiva, uníssona, acreditando que, num único
pensamento de justiça apenas, este ano poderá ser melhor para a nossa
categoria. Vamos em frente, sem ódios e desejos de vingança no coração.
Título e Texto: Almir Papalardo, 14-01-2013
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