Maurício Barra
2013 é o tempo. É o tempo tanto para o Governo como para a oposição.
2013 é o tempo. É o tempo tanto para o Governo como para a oposição.
É o tempo para o Governo
porque é precisamente este ano que começarão a surgir os primeiros efeitos
positivos do acordo de ajustamento que os nossos credores nos impuseram para
não cairmos na bancarrota. O equilíbrio na balança externa, a descida dos juros,
o regresso aos mercados. E o início da reestruturação do sector público, a
qual, para surpresa de um país afastado da realidade pela imprensa que temos,
manterá o que é essencial do “estado social”.
Mas 2013 também é o tempo da
oposição. Ou melhor, das oposições.
É o tempo de angústia para a
oposição não democrática que vê esboroar-se entre os dedos o apocalipse que
preconizam todos os dias. A sua política “ Rapa Nui ” de destruir todos os
recursos em nome de princípios ideológicos é rejeitada, em todas as sondagens,
pelos portugueses, mesmo quando bate no fundo a esperança de dias melhores. A
sua política niilista, de oferecer anarquia em nome do caos, nem na Grécia
subsiste, onde os gregos já deixaram de ser “ os gregos irmãos do Louçã “.
O tempo da oposição
democrática é, em 2013, o tempo dos velhacos. Escondendo a mão que nos levou à
bancarrota, embarcam em todas as campanhas para “rever a democracia “. Primeiro
era o governo que se iria desfazer, depois era o governo de iniciativa
presidencial, agora é a (i) legitimidade de um governo eleito governar. Depois
vai ser a inconstitucionalidade de alguma medida do orçamento, mesmo que a
montanha vá parir um rato, seguir-se-á o pavor da restruturação do “ estado
social” (que lhes garantiu a ocupação do Estado por parte de uma nomenklatura
durante uma geração), por fim vão ser os resultados das autárquicas. Fugindo da
realidade, numa luta contra o tempo, o mesmo tempo que pode trazer ao Governo
os primeiros bons resultados resultado da austeridade que vivemos.
O modo é totalmente da
responsabilidade do Governo.
Os problemas de comunicação,
que se começa a descobrir que em parte são problemas de formação, têm irritado
a sua base eleitoral e, sobretudo, os portugueses que pensam pela sua própria
cabeça e que sabem, com diversas matizes de pragmatismo, que o caminho para
sair desta situação é em coordenação com as instituições europeias e com os
nossos credores internacionais que nos têm estado a financiar desde o acordo
negociado por Sócrates e agora rejeitado pelos socialistas. Estes portugueses,
um bloco de aproximadamente 20% de indecisos, que foram a base eleitoral
alargada à vitória de Passos Coelho, não concordam com este PS irresponsável.
Mas estão fartos da inabilidade política, da arrogância imatura de quem tem a
obrigação de gerir com rigor político as matérias essenciais deste tempo
perigoso que vivemos.
O tempo? É favorável aos
objectivos do Governo.
O modo? Pode destruir o favor
do tempo.
Título e Texto: Maurício Barra, Forte Apache,
14-01-2013
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