segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Para onde vão Brasil e Estados Unidos da América


Francisco Vianna
Para mim, o Brasil é um lugar de oportunidades, onde tudo costuma ir às mil maravilhas... Só tem um problema: a maioria do povo é escrava do Estado. Essas pessoas pensam como escravos e, portanto, acabam sendo. A maioria das pessoas no Brasil acredita que tem direito a alguma coisa do governo e continua elegendo políticos populistas, demagogos, que prometem facilmente qualquer besteira, como ônibus baratos, mesadas, bolsas e outras benesses sem qualquer contrapartida que possibilite a real ascensão social dos beneficiários, resultando tão somente num ato simples e decadente de compra de seus votos.

Ora, isso leva a um círculo vicioso de aumento enorme de impostos a cuja sombra o estado se vê inibido de cobrar e arrecadar as contribuições específicas que necessita para custear os serviços públicos que a Constituição do país determina serem uma obrigação e atribuição do Estado.
Com tal círculo vicioso, movido pela tendência socialista de levar o Estado a se ocupar do que não está escrito que deva, a carga tributária aumenta sem freios, o tamanho do estado continua a se hipertrofiar, e os serviços públicos essenciais permanecem da pior espécie, enquanto o “custo Brasil” cresce à ordem de 350%, ao passo que os salários caem em cerca de 25%.

O número de brasileiros capazes de pensar de forma crítica também é bastante reduzido. Um trabalhador (de fato, não os vagabundos que se escondem por trás do Partido dos Trabalhadores – que deveria se chamar 'Partido dos Aproveitadores') que poderia economizar 400 reais por mês em transporte, não o faz por falta de transporte público decente para quem realmente trabalha, e, mesmo ganhando proporcionalmente cada vez menos, é obrigado a gastar cada vez mais para se locomover em cidades caóticas repletas de automóveis. No Brasil, cada vez mais estatizado, o custo de vida já é quatorze vezes maior do que a média dos países privatistas e livres.

O mais frustrante é justamente tentar explicar isso a um povo cujas pessoas não têm escolaridade mínima – educação e ensino – capaz de entender essa e outras aberrações socialistas.
Mas, isso não tem sido um apanágio apenas do Brasil. Modus in rebus, e apesar de não tão ostensivamente, é o que os socialistas, acoitados no Partido Democrata, estão tentando fazer também nos Estados Unidos da América. Eles estão criando uma cultura – até ontem inexistente no país – de dependência do Estado e que é o governo que tem a obrigação de prover tudo para o cidadão. É o que estão tentando fazer, ou melhor, já têm feito de certa forma.

A reeleição de Obama é evidência de que mais de 50% dos estadunidenses não estão mais em condições de pensar de forma crítica.  É a evidência de que a educação pública está direcionada nesse sentido. 
Brasil e Estados Unidos da América são países com a mesma idade aproximadamente, mas que se desenvolveram de modo díspare em função das decisões políticas e econômicas – e, portanto, sociais – que têm adotado desde que se livraram do jugo colonialista.
No norte, surgiu a maior potência mundial atual, ao passo que no sul, surgiu um país que vive a escorregar no retrocesso e a tentar restaurar regimes e práticas sociais que não deram certo em lugar nenhum do planeta.

Tanto no norte como no sul, parece existir um contingente de pessoas que, desinteressadas do trabalho e do empreendedorismo, insistem em pensar como escravos de uma reduzidíssima burguesia estatal – a que sonha pertencer – decidida a levar adiante um espúrio tipo de ‘capitalismo de estado’ que, afinal poderá igualar os dois países por baixo, caso a prática se generalize.

Esse filme eu já vi no século passado, e o final não tem sido nada feliz para os seus protagonistas: a China, a União Europeia, e inúmeras repúblicas latino-americanas. Entre essas últimas, o Brasil é uma das poucas que ainda pode dar a volta por cima sem ter que virar o mundo de cabeça para baixo... Como estão fazendo o Chile, a Colômbia e em menor escala o Peru e o México.
Título e Texto: Francisco Vianna, 19-8-2013

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