sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Argentina aplica as lições do manual da KGB

Nestor Kirchner, presidente fascito-peronista da Argentina dando posse à sua esposa Cristina de Kirchner como meio de se manter no poder. Com a sua morte, a presidente viúva radicalizou o neofascismo peronista no país levando a economia para o buraco e causando um crescente empobrecimento da população.
Francisco Vianna
Ser economista hoje na Argentina é ter uma profissão de alto risco e perigosa; se for muito honesto e íntegro, pior ainda, pois tais virtudes podem acarretar um telefonema à meia-noite feito pelo governo ameaçando-o de prisão.

Orlando Ferreres, um respeitado economista de Buenos Aires, foi o mais recente economista a ousar dizer aos seus leitores que a inflação oficial do país não passa de um pacote de mentiras.

Naturalmente, matérias como as do jornal Financial Times (FT), contam que ele recebeu uma chamada de Guillermo Moreno, o Secretário de Comércio de Cristina de Kirchner, ameaçando-o de prisão pelo seu artigo publicado nesse jornal em que descreveu a inflação real do país situando-se em mais de 23,8 por cento nos últimos 12 meses, contra o índice governamental do desacreditado INDEC de 10,6 por cento no mesmo período.

Ferreres poderá agora ser preso por até dois anos sob a acusação de – segundo Moreno – “publicar ‘números falsos’ sobre a economia argentina que poderão desencadear um aumento ou queda da dívida pública argentina”, capacitando seus clientes a ultimar seus negócios e obterem bons lucros sem que o estado portenho possa fazer qualquer coisa para impedi-los.

Isso já é um negócio comum e usual para o governo de Cristina de Kirchner, que prefere antes eliminar acionistas, ao manter os números da inflação artificialmente baixos, do que ter o nariz esfregado na bagunça profana que ela está fazendo da economia argentina. Melhor manietar e controlar pela coação os economistas independentes, mesmo a custa da fuga de capitais e de mão-de-obra qualificada do país, do que sofrer ao ter que assumir a responsabilidade pelos seus erros.

Na visão populista e fascista do moderno socialismo peronista, pelo menos algo de bom deve emergir da investigação de economistas e de jogá-los na cadeia: no futuro, isso vai ajudar os investidores a identificar na Argentina quem está realmente dizendo a verdade.
Título e Texto: Francisco Vianna, (com base em matéria do jornal Financial Times), 13-9-2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-