MILITARES DA RESERVA FAZEM
PROCLAMAÇÃO DIZENDO QUE UMA SUBLEVAÇÃO NÃO PODERÁ SER CONSIDERADA GOLPE DE
ESTADO, E QUE ELA ESTÁ PLENAMENTE JUSTIFICADA.
Numa proclamação, os oficiais
acusaram o chavezismo de ter entregado a Venezuela a Cuba e de permitir que
Havana dê ordens dentro dos quartéis, doutrine crianças com a ideologia
castrista nas escolas e desmantele as instituições democráticas do país para
instaurar um regime comunista nos seus moldes ditatoriais.
“Consideramos oportuno expor à
opinião pública nacional e internacional que uma ação militar dirigida para
recuperar o fio constitucional, voltar ao sistema democrático como forma de
governo, e defender a soberania do país, não constitui um Golpe de Estado,
desde que tudo seja feito de conformidade com o que estabelece a nossa Carta
Magna vigente, em seus artigos 333 e 350, e na assunção de suas funções
determinadas no artigo 328 do mesmo texto constitucional”.
“O artigo 350º, da
Constituição da República Bolivariana da Venezuela, estipula que “o povo da
Venezuela, fiel à sua tradição republicana, à sua luta pela independência, à
paz e à liberdade, desconhecerá qualquer regime, legislação ou autoridade que
contrarie os valores, princípios e garantias democráticas ou menospreze os
direitos humanos”.
A proclamação é assinada pelo
ex-Ministro da Defesa, Vicente Luis Narváez Churión (General de Divisão), o
ex-Secretário da Defesa, Efraím Díaz Tarazón (Vice Almirante), o ex-Comandante
do Exército, Carlos Julio Peñaloza (General de Divisão) e o ex-Comandante da
Marinha, Jesús Rafael Bertorelli Moreno (Vice Almirante).
Mesmo assim, o documento é
subscrito pelo Inspetor-Geral da Guarda Nacional, Rafael Damiani Bustillos
(General de Divisão), pelo Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Nacional,
Héctor Ramírez Pérez (Vice Almirante) e pelo Presidente do Instituto
Nacional de Portos, Freddy Mota Carpio (Vice Almirante).
Assinaram adicionalmente o
vice Ministro de Segurança da Cidadania, Luis A. Camacho Kairuz (General de
Divisão da Guarda Nacional), e os generais de brigada da Força Aérea, Mariano
Márquez Oropeza, Eduardo Báez e Pedro Pereira. A lista também inclui mais de
duzentos coronéis, comandantes, capitães e tenentes das diferentes armas das
Forças Armadas venezuelanas.
Os que assinaram a proclamação
disseram que se pronunciaram a respeito por ocasião de “um grande debate
nacional” sobre a legitimidade de uma possível (e provável) intervenção militar
para solucionar a crise política e econômica (e, pois social) que o país
atravessa.
De acordo com os militares, o
chavezismo exerce o poder de “forma arbitrária e autoritária” e viola os
princípios básicos de qualquer governo democrático.
Os signatários do documento
também denunciaram que o chavezismo, sob a influência da ditadura comunista
cubana, pretende impor aos venezuelanos “condições de obediência cega e de
submissão”, humilhantes e inaceitáveis para que a população se veja obrigada a
aceitar tal subserviência que impedirá “que possam aspirar um mínimo
de sustento e sobrevivência”.
Por outro lado, os militares
sublevantes acusaram o atual líder do chavezismo, Nicolás Maduro, de exercer o
poder de forma ilegítima, através de inúmeras fraudes e irregularidades
eleitorais perpetradas com o uso da força e da pressão do estado sobre os eleitores.
“Na Venezuela de hoje, e já a
vários meses, o atual regime parece obstinado a nos conduzir a um despenhadeiro
colocando no poder um indivíduo que o exerce de modo ilegítimo, tanto por
origem como por desempenho, e sobre quem recai justificadas suspeitas de ter
dupla nacionalidade e de não ser venezuelano nato” como exige a Constituição,
declara a proclamação, em menção às acusações da oposição de que Maduro nasceu
na Colômbia.
Segundo os militares, Maduro
tem sido um presidente que “permite que continue a invasão do país por parte de
grande contingente de agentes do regime castrense-comunista cubano; que tem
entregado as riquezas nacionais a potências estrangeiras em troca de sua
permanência no poder; que tem metido a Venezuela na pior crise social
(econômica e política) de sua história republicana; que tem permitido que o
país seja convertido numa ponte e depósito do narcotráfico e num dos países
mais corruptos do planeta”, bem mais até que o Brasil da "era
petista".
Os oficiais militares também alertaram
sobre os esforços do chavezismo para destruir a institucionalidade dentro das
Forças Armadas do país, através de uma política irracional de promoções em
massa, política que descrevem como absurda e que tem levado à nomeação de
centenas de generais e de almirantes sem que, de fato, disponham de postos de
comando.
Tal prática, junto com a
presença de grande contingente de pessoal militar e civil cubano nos quartéis,
está destruindo a instituição militar no país, disseram eles.
O fato é que a economia da
Venezuela está destroçada pelo chamado “socialismo do século XXI” ou
“bolivarianismo”, com o êxodo de capitais privados e de mão de obra qualificada
para outros países da região, principalmente Colômbia, Peru, e Chile. A inflação
já é a maior do mundo, o grau de liberdade individual no país é cada vez menor,
e a corrupção nos meios governamentais é irrefreável. O socialismo venezuelano
começa a naufragar porque está se acabando dinheiro... Dos outros!
O mesmo está programado também
para o Brasil. Resta saber se os brasileiros permitirão que isso aconteça.
Título e Texto: Francisco
Vianna, (da mídia internacional), 15-10-2013
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