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Ilustração: Tiaggo Gomes
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O núcleo de poucas centenas de
pessoas com acesso a meios de comunicação de massas contribuiu para criar um
clima de elevado pessimismo no País. Estes políticos, jornalistas, académicos e
intelectuais criaram uma verdade escrita em mármore que faz uma péssima
descrição da realidade. Basta abrir jornais ou ler os blogues. Não existe
resgate nem troika, nem sequer um contexto europeu adverso. Não temos credores.
Não ocorreu uma pré-bancarrota nem houve anos de loucura despesista. Não foi
acumulada dívida, forçando a consolidação das contas do Estado. E não
tivemos uma década de estagnação económica. Esse passado simplesmente não
existe. Antes da troika, tudo corria bem. Nos comentários, nunca são explicadas
as razões profundas das medidas de austeridade, antes atribuídas à pura loucura
dos seus autores.
O pior é que não muda o
discurso desta elite. Pelo contrário. Apesar dos sinais de que Portugal
tem boas hipóteses de vencer a crise, o delírio intensifica-se. As previsões de
violência nunca se concretizaram, nem houve espiral recessiva, não existe
nenhum colapso social. Os que antes fizeram conjecturas do género, agora
desvalorizam os mínimos indícios de recuperação económica. O pessimismo
transformou-se em teimosia e nada disto parece lúcido.
Título e Texto: Luís
Naves, Fragmentário,
15-12-2013
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