A jornalista de “O GLOBO”,
Miriam Leitão, escreveu hoje um artigo em que diz que a Presidente da República participou do 5º
Congresso do PT, na qualidade de militante, e que sua atitude fere o decoro do
cargo que ocupa, dando apoio à acusação dos próceres petistas de que o Judiciário
Brasileiro ‘manipulou’ o julgamento do “mensalão” tornando-o um “julgamento de
exceção” e “político”.
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Foto: Agência EFE |
Apesar da forma escamoteada
com que apoiou essas acusações, na maioria das vezes calando-se ou fazendo
declarações vagas, a ex-guerrilheira burguesa e “sucialista”* Dilma, segundo a
articulista, foi grave e indigno do cargo que ocupa.
A Presidente da República
tinha ciência de que, na abertura do congresso petralha, a principal alegoria
seria a defesa dos mensaloneiros condenados pela última instância do Poder
Judiciário e, por força do cargo que ocupa, ela não poderia de forma decente
participar desse ato ou deveria se ausentar assim que a Justiça brasileira
fosse atacada.
É público e notório para aqueles
que acompanharam os sete anos de tramitação do processo do “mensalão”, que o
STF cumpriu com todo o ritual processual legal e aos acusados foram dados todos
os mais amplos direitos de defesa e que sua condenação se deu em função direta
da indefensibilidade dos atos corruptos e criminosos que praticaram.
Dilma agiu como militante de
um partido político, coisa que não é admissível para quem ocupa um cargo
executivo de ser a presidente de todos os brasileiros, petistas ou não.
Além de agir como militante do
PT, ela se dispôs a deslavadamente fazer campanha política para a sua
reeleição. O esperado, como manda o decoro do cargo, era que ela se retirasse
logo após a abertura do Congresso. Não o fez e a situação ficou mais do que
delicada, senão vergonhosa, para ela e para a já arranhadíssima reputação da
política nacional.
Que Lula tenha dito o que
disse, chamando o julgamento de uma “grande campanha de difamação",
vá lá. O sujeito já é conhecido por dizer sempre um monte de sandices e
patacoadas que lhe ditam os próceres do Foro de São Paulo, que querem algo bem
diferente do que uma democracia para o Brasil. Mas a Presidente da República,
no exercício de seu cargo, compactuar com tal circo de horrores
político-institucional foi de fato um vexame espetacular e uma vergonha
profunda para quem enxerga um palmo adiante do nariz.
Caberia à chefa do Poder
Executivo de um governo democrático defender o Poder Judiciário do estado a que
pertence e não posar de crítica silenciosa e de tiradas sarcásticas contra a
Suprema Corte do país formando coro com os que acusavam o julgamento como “de
exceção” ou “político”. Fosse o ocorrido em Honduras ou no Paraguai e ela
estaria sujeita a ser afastada do cargo legalmente por falta de vergonha na
cara.
Os condenados em última
instância pelo STF -- José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo
Cunha et caterva – depois de sete anos de tramitações legais que encheram os
bolsos dos advogados de dinheiro (do contribuinte) – seus amigos e
correligionários foram amplamente investigados pelo Ministério Público, que
finalmente os denunciou. Em outros países todos eles já sairiam algemados para
uma penitenciária, mas nem isso aconteceu a eles. Afinal, não são ladrões de
galinhas...
A petralhada gritou todos os
impropérios que os teóricos do PT e do Foro de São Paulo compilaram para eles.
Como disse a articulista, “os militantes
podem gritar qualquer coisa, mas o grave é a presidente estar ali, consentir
pelo silêncio ou por menções indiretas para serem interpretadas pelos
militantes como concordância”.
A democracia brasileira hoje é
ainda um regime político frágil, manipulável, porque o eleitor e os candidatos
a cargos públicos eletivos e de confiança não têm que ter um nível mínimo de
escolaridade, politização, considerado pelo menos adequado para o exercício dos
mesmos e da cidadania.
Como então esperar que
tenhamos um dia uma democracia meritocrática, onde os cidadãos tenham pelo
menos o nível médio de ensino e educação e os postulantes a cargos públicos
eletivos e de confiança estejam minimamente preparados para exercê-los com
dignidade, probidade e eficiência?
Mas, apesar disso, essa frágil
e incipiente democracia, não deve ser solapada por atitudes como a da
Presidente Dilma, que abala as instituições e dão margem para que muitos
conterrâneos pensem em substituir o regime por outra coisa qualquer.
A petralhada pode atacar o
Supremo, o Legislativo e até o Executivo, como sempre fez. Mas, qualquer deles,
uma vez investido na autoridade de um Presidente da República, não. É imoral e
ilegal. A presença de Dilma Rousseff num “ato público de desagravo”, como se
tornou a abertura do congresso petista é uma lástima e mais uma vergonha
nacional.
Tudo isso faz muito mal a
nossa débil democracia e nos leva a pensar que esta é exatamente a intenção da
esquerda socialista no poder.
Onde iremos parar?
Título e Texto: Francisco
Vianna, 14-12-2013
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(*) SUCIALISMO, regime socialista de súcia, de quadrilheiros e ladrões
do erário que há duas décadas infesta o Brasil de forma paroxística e
extremamente maléfica (como em qualquer tipo conhecido de socialismo).
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