Valmir Fonseca Azevedo
Uma das mais impressionantes tolerâncias é a nacional. Explica-se ou
tenta-se.
Como o povinho nativo é movido ao jeitinho, aparentemente, tudo se
pode, e cada vivente assume uma tolerância inimaginável em relação às
patifarias, pequenas ou imensuráveis dos outros na esperança de que receba o seu
beneplácito, quando ele cometer os seus deslizes.
A sem-neurônio vai mal, em todas as instâncias, e,
incompreensivelmente, sobe nas pesquisas; o metamorfose é denunciado,
diariamente, e a cada engodo patrocinado pelo indigitado patife, é mais
aplaudido e agraciado com títulos de Doutor Honoris Causa.
São tantos reconhecimentos pela sua imbatível capacidade de manipular,
que os TÍTULOS o reconhecem como um mestre.
Em qualquer ramo que sejamos pesquisados, lá estamos no topo da esbórnia.
Dá tesão ser brasileiro.
Em especial, quando ponteamos como a terra do tudo pelo social, também
nos candidatamos ao de Nação de maior licenciosidade do planeta.
Se, no passado, alguns países europeus declaravam-se como liberais ao
extremo, acreditando no elevado nível educacional de suas populações; no
Brasil, com reconhecido nível moral no grau de zero à esquerda, a liberalização
caminha mais para o lado da putaria liberada do que para a liberdade
social ou de minorias.
Aqueles que se preocupam com o futuro, estão temerosos de que preparamos
para o futuro, uma Nação sem um mínimo de padrões que possa salvaguardá-la como
uma pátria que cause orgulho aos seus cidadãos.
Muito falamos de que as nações necessitam de seus heróis, de seu passado,
edificado com a dedicação e o esforço de seus antepassados.
E assim, vivemos num contexto no qual as denúncias que nos sufocam são
tantas e sempre renovadas, e envolvendo quantias estratosféricas, que já nem
nos importamos.
Podemos afirmar que somos um navio à matroca. Mas não adianta, são
alertas aos ventos.
E ao que tudo indica, a galera prossegue disposta aceitar o nosso
triste destino. Parece que no coração de cada individuo, repousa uma
desclassificável tolerância zero, desde que ele possa alcançar algum benefício
na inconcebível permissividade.
Muitos nacionais sentem inveja dos golpistas, que sem fazer
força abocanham milhares de reais.
Contudo, aproxima-se o Natal e um Novo Ano e, como cristãos, desejamos ao
povaréu muitas felicidades, saúde e paz, e aspiramos que seja ungido pela
intolerância, que seja severo com os corruptos, implacável com os cretinos e
com os políticos que se locupletam nas suas funções de representantes.
Como estamos bestificados pela esperança, aspiramos, ainda, que a ignara
plebe valorize o mérito, cultue o dever da cidadania e não tenha piedade com os
irresponsáveis, e que seja menos jeitosa e respeite o direito dos outros.
Amém!
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília,
DF, 17 de dezembro de 2013
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