quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Ui, a 10ª avaliação!

José António Rodrigues Carmo

Ontem estiveram cá os cobradores, num dos últimos actos da sinistra dominação troikista, que nos foi imposta pelo janota Armani que todos conhecemos, para mal dos nossos pecados e desgraça das nossas carteiras.
Antes de decidirem alargar os cordões à bolsa, vieram ver se andamos a gastar o carcanhol em trufas, charutos cubanos e tinto Barca Velha, em vez de nos limitarmos a carapaus com arroz de feijão, tabaco de enrolar e tinto da casa.
Pelos vistos, deram-se por satisfeitos e por isso largaram mais uns milhões.
O que foi… péssimo.

O camarada Jerónimo, garantiu que não sei quê, o Pacto de Agressão, as políticas de direita, o Grande Capital e tal, contra os trabalhadores, e que o bom é uma “politica patriótica de esquerda”, contra o neoliberalismo e os patrões, e patati patatá. Enfim, o palavrório habitual, debitado, desta vez, com uma notória cara de enterro.

O Secretário Brilhante, do PS, também com uma cara bastante descaída, disse umas coisas que lhe passaram pela cabeça quando lhe meteram o microfone à frente. Visivelmente pedrado entaramelou umas coisas sobre “diferentes vozes” e “incerteza no futuro”, dando a impressão de ter saído de uma sessão de espiritismo.

Incrivelmente, também achou “incrível” que Paulo Portas não tenha tido uma única palavra para com os desempregados que, na sua opinião, “devem estar sempre no centro das nossas preocupações”. O que significa que o incrível Eurico Brilhante, acha que o desemprego se resolve com palavras de membros do Governo e com “centros de preocupação”. Como programa isto parece-me um bocado zen demais para a minha limitada compreensão. É talvez por isso que eu não sou tão brilhante como o Brihante. Mas com brilhos destes, o António José não está seguro.

A pândega Catarina, do BE, com olhos arregalados de excitada indignação, (sou só eu que acho que a senhora parece estar sempre num estado pré-orgásmico?), garantiu que a avaliação foi positiva e por isso “eles” ficaram contentes porque o país “ está mais pobre e mais desigual”.
De alguma forma, este peculiar silogismo deve fazer sentido na cabeça da senhora.
Tampouco liga muito a estatísticas e números. “As pessoas não são números”, garante esta alegre malta quando os números não lhe agradam, para logo a seguir debitarem com entusiasmo os números que lhes interessam.


Afirma a jovial Catarina que “as pessoas olham à volta e perguntam-se se perderam o emprego, o salário, a pensão, para que tivéssemos mais milionários e fossem maiores as suas fortunas”.
Como peça de demagogia não está mal, mas a bela Catarina já está muitas milhas na estratosfera, muito acima do cerne da questão que é, ó Catarina, o facto de estes senhores só emprestarem o seu dinheiro se quiserem. E se não quiserem, ela, a Catarina, nem o seu salário de deputada vai receber.

E claro, de caminho a diatribe habitual sobre o mau que é privatizar uma série de coisas que o Estado anda a há anos a fazer mal e com prejuízo.
Com os excelentes resultados que se conhecem, desde o enriquecimento súbito do janota Armani, até às sinecuras de uma longa plêiade de gordas marmotas agarradas à nutrida manjedoura das empresas públicas e das teias de interesses que a omnipresença do Estado na economia foi gerando.
A Catarina quer o “Estado Social”, isto é, aquele que permitiu, por exemplo à inefável Ana Drago, gastar milhares de euros numa deslocação a Trás-os-Montes, com bólide do “estado social” , “chauffer” e tudo. Não lhe servia o comboio e o bilhete de segunda? Não pode usar o carro próprio, como “as pessoas” de que fala a sua bicéfala camarada?
Ah, pois, social e tal, mas para mim, o chauffer!

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