
Antes de decidirem alargar os
cordões à bolsa, vieram ver se andamos a gastar o carcanhol em trufas, charutos
cubanos e tinto Barca Velha, em vez de nos limitarmos a carapaus com arroz de
feijão, tabaco de enrolar e tinto da casa.
Pelos vistos, deram-se por
satisfeitos e por isso largaram mais uns milhões.
O que foi… péssimo.
O camarada Jerónimo, garantiu
que não sei quê, o Pacto de Agressão, as políticas de direita, o Grande Capital
e tal, contra os trabalhadores, e que o bom é uma “politica patriótica de
esquerda”, contra o neoliberalismo e os patrões, e patati patatá. Enfim, o
palavrório habitual, debitado, desta vez, com uma notória cara de enterro.

Incrivelmente, também achou
“incrível” que Paulo Portas não tenha tido uma única palavra para com os
desempregados que, na sua opinião, “devem estar sempre no centro das nossas
preocupações”. O que significa que o incrível Eurico Brilhante, acha que o desemprego
se resolve com palavras de membros do Governo e com “centros de preocupação”.
Como programa isto parece-me um bocado zen demais para a minha limitada
compreensão. É talvez por isso que eu não sou tão brilhante como o Brihante.
Mas com brilhos destes, o António José não está seguro.
A pândega Catarina, do BE, com
olhos arregalados de excitada indignação, (sou só eu que acho que a senhora
parece estar sempre num estado pré-orgásmico?), garantiu que a avaliação foi
positiva e por isso “eles” ficaram contentes porque o país “ está mais pobre e
mais desigual”.
De alguma forma, este peculiar
silogismo deve fazer sentido na cabeça da senhora.
Tampouco liga muito a
estatísticas e números. “As pessoas não são números”, garante esta alegre malta
quando os números não lhe agradam, para logo a seguir debitarem com entusiasmo
os números que lhes interessam.
Afirma a jovial Catarina que “as pessoas olham à volta e perguntam-se se perderam o emprego, o salário, a pensão, para que tivéssemos mais milionários e fossem maiores as suas fortunas”.
Como peça de demagogia não
está mal, mas a bela Catarina já está muitas milhas na estratosfera, muito
acima do cerne da questão que é, ó Catarina, o facto de estes senhores só
emprestarem o seu dinheiro se quiserem. E se não quiserem, ela, a Catarina, nem
o seu salário de deputada vai receber.
E claro, de caminho a diatribe
habitual sobre o mau que é privatizar uma série de coisas que o Estado anda a
há anos a fazer mal e com prejuízo.
Com os excelentes resultados
que se conhecem, desde o enriquecimento súbito do janota Armani, até às
sinecuras de uma longa plêiade de gordas marmotas agarradas à nutrida
manjedoura das empresas públicas e das teias de interesses que a omnipresença
do Estado na economia foi gerando.
A Catarina quer o “Estado
Social”, isto é, aquele que permitiu, por exemplo à inefável Ana Drago, gastar
milhares de euros numa deslocação a Trás-os-Montes, com bólide do “estado
social” , “chauffer” e tudo. Não lhe servia o comboio e o bilhete de segunda?
Não pode usar o carro próprio, como “as pessoas” de que fala a sua bicéfala
camarada?
Ah, pois, social e tal, mas
para mim, o chauffer!
José António Rodrigues Carmo, 18-12-2013
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