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Pedro Silva Barros, o chefe do
Ipea na Venezuela: ele gosta do bolivarianismo e acha que a democracia não está
com nada. Grande pensador! E ganha mais de US$ 12 mil por mês para isso!
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O
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que já chegou a ser um centro
de excelência no Brasil, não demonstra hoje a sua vagabundice teórica e prática
apenas produzindo pesquisas imprestáveis e erradas. Vai muito além disso.
Dedica-se também ao proselitismo esquerdopata mais asqueroso, à defesa da
ditadura, ao achincalhamento da democracia e, acreditem!, a ataques às
oposições da Venezuela e do Brasil. Sim, eu estou me referindo àquele instituto
que acusou, na prática, os brasileiros — inclusive as mulheres — de
simpatizantes do estupro ou, quem sabe?, de potenciais estupradores. Depois
veio a público para dizer que seus números estavam errados, mas que suas
conclusões estavam certas. De chorar!
Poderia
ter havido um lado positivo até: teve início um movimento das peladas, que
resolveram escrever no corpo “Eu não mereço ser estuprada”. Muita pelada por
nada! Os números reais evidenciavam, ao contrário do que se disse, que a
esmagadora maioria dos brasileiros rejeitava frases machistas e sexistas sobre
agressões às mulheres. Felizmente! Quanto ao peladismo, dizer o quê? Nesse
caso, não foi diferente — sempre é assim quando se fica nu por razões
políticas: quem vale a pena não tira a roupa, quem tira não vale a pena… Ainda
está para surgir o casamento perfeito entre a causa de quem se despe e a causa
de quem só olha. Em suma: o Ipea nos acusou de um bando de potenciais
estupradores, e a gente, felizmente, não era. Que bom! Mas por que isso agora?
Na
Folha de hoje, há uma reportagem de
Fabiano Maisonnave com informações verdadeiramente estarrecedoras. O Ipea tem
uma filial na Venezuela desde 2010 — vocês sabem: um acordo entre Luiz Inácio
Apedeuta da Silva e Hugo Chávez. É a única representação internacional do
instituto. Como se sabe, o país está mergulhado numa crise econômica e política
sem precedentes; a economia está quebrada; a violência literalmente corrói o
tecido social. Falta de tudo: de comida a papel higiênico. O chavismo inferniza
a vida dos venezuelanos em toda a sua, digamos, cadeia existencial… O Ipea,
cuja vocação é fazer estudos macroeconômicos, deve estar cuidando disso, certo?
Errado. Leiam o que informa a Folha:
“Nestes quatro anos, a Venezuela tem sofrido uma deterioração contínua de sua economia. A inflação fechou o ano passado em 56%, há desabastecimento de produtos básicos e um mercado de câmbio descontrolado. Apesar da conjuntura, nos estudos produzidos sobre a Venezuela no período e enviados pelo Ipea à Folha via Lei de Acesso à Informação, os assuntos predominantes são cooperação da Venezuela com o norte do Brasil e o modelo político venezuelano. Os tom varia entre neutro e elogioso ao chavismo. Nos estudos sobre cooperação, problemas como insegurança jurídica ficam praticamente de fora, apesar do recente histórico de nacionalizações e do relativamente baixo investimento estrangeiro.”
Informa
ainda a reportagem: “A missão é chefiada pelo
economista brasileiro Pedro Silva Barros, autor de textos no qual defende os
governos de Chávez e o de seu sucessor, Nicolás Maduro, e critica a oposição
venezuelana.” O tal Barros é um
colaborador do site esquerdista “Carta Maior”. Vale dizer: não é um economista,
mas um militante do PT. Vive bem por lá: tem um salário de US$ 12.291, superior
ao de qualquer professor universitário no Brasil.
O
Ipea da Venezuela é capaz de escrever coisas como esta:
“O modelo bolivariano afasta-se, sem dúvidas, da democracia representativa despolitizadora que predomina ainda hoje no mundo. Supera o modelo idealizado pelos pais fundadores da república norte-americana”.
“O modelo bolivariano afasta-se, sem dúvidas, da democracia representativa despolitizadora que predomina ainda hoje no mundo. Supera o modelo idealizado pelos pais fundadores da república norte-americana”.
Entenderam?
Temos no Ipea da Venezuela gente que odeia a “democracia despolitizadora”. O
instituto gosta mesmo é do bolivarianismo politizador, que persegue a imprensa,
que confere ao governo o monopólio do acesso à radiodifusão, que põe milícias
armadas nas ruas para enfrentar os opositores a bala, que frauda eleições.
Em
suma, o que se tem lá é um pouco do lixo mental brasileiro. Na sexta,
conversava com amigos aqui em casa. Um deles me disse que discordava de certa
abordagem que eu fazia porque, às vezes, ficava parecendo que os petistas eram
Pol Pot. Ponderei que não são, claro! Mas não porque não queiram ou não
quisessem, mas porque não podem. E quem não permite que sejam somos nós.
O
Ipea da Venezuela é a prova disso. Onde eles podem defender um governo de
força, que elimina os adversários na base da bala e da porrada, eles o fazem sem
pestanejar.
Sobre
a recente visita da deputada oposicionista María Corina Machado ao Brasil,
escreveu o tal Barros: “[O senador tucano]
Aécio Neves a saudou como representante da voz das barricadas, legitimando a
violência que levou a morte de quase 40 venezuelanos.” Trata-se de mais uma delinquência política. A
esmagadora maioria dos mortos é constituída de opositores, assassinados pelas
milícias chavistas armadas, defendidas pelo Ipea.
Quem
botou o rapaz lá foi Márcio Pochmann, o petista que transformou o instituto no
braço mais burro do partido — sim, há profissionais competentes que ainda estão
no instituto. O atual presidente é Marcelo Neri. Ainda não acabou com aquela
sem-vergonhice por quê? Das duas uma: ou concorda ou, não concordando, não tem poder
para fechar aquela porcaria ou substituir os quadros. Nesse caso, se não pede a
conta, então é conivente.
Título,
Imagem e Texto: Reinaldo Azevedo,
10-04-2014
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