quinta-feira, 24 de abril de 2014

FEEF aprova desembolso da última tranche do empréstimo a Portugal


A direção do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) aprovou esta quinta-feira o desembolso da última tranche do empréstimo a Portugal, de 1,2 mil milhões de euros, saudando o caminho percorrido, mas advertindo que o processo de reformas não terminou.

A decisão do Conselho de Directores do FEEF, adoptada numa reunião no Luxemburgo, e ainda na sequência da 11ª revisão do programa de ajustamento macroeconómico, representa o final da assistência financeira deste mecanismo a Portugal, iniciada em Junho de 2011, e que ascendeu no total a 26 mil milhões de euros, tal como ficara estabelecido na reunião de ministros das Finanças da UE de maio de 2011, quando foi acordado o "resgate" a Portugal.

Por ocasião da aprovação do "último desembolso do FEEF a Portugal", o director executivo do Fundo, Klaus Regling, afirmou esta quinta-feira, 24 de Abril, "muito satisfeito por ver os progressos do país sob o programa de assistência financeira", sustentando que os empréstimos concedidos pelos parceiros europeus e FMI "permitiram a Portugal suavizar o ajustamento, a financiar o seu orçamento e recapitalizar o seu sector bancário, permanecendo na zona euro".

"Há três anos, Portugal perdera o acesso aos mercados. Após um ajustamento económico doloroso mas necessário, o país está agora a começar a ver benefícios, à medida que os desequilíbrios estão a ser corrigidos e a credibilidade reconquistada", disse.

Regling advertiu, no entanto, que "o final do programa - a 17 de Maio próximo - não é o fim do processo de reformas". "Muitos desafios subsistem. Mas os passos bem-sucedidos rumo ao acesso total aos mercados e a determinação das autoridades colocaram Portugal numa boa posição para os enfrentar", acrescentou o responsável alemão, que é também o director executivo do novo fundo permanente, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

Do pacote total de ajuda externa a Portugal, no montante global de 78 mil milhões de euros, um terço é concedido pela UE ao abrigo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, o MEEF, outro tanto através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o FEEF (26 mil milhões cada), e a terceira fatia, de idêntico valor, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).   Por ocasião da criação do MEE, ficou estabelecido que o FEEF continuaria operacional para terminar o financiamento dos programas de assistência a Grécia, Portugal e Irlanda.

Depois de a Irlanda ter concluído o seu programa em Dezembro último, e com o final da assistência a Portugal, no próximo mês, o Fundo continuará assim apenas operacional até terminar a assistência à Grécia.
Título, Imagem e Texto: Lusa/Jornal de Negócios, 24-04-2014

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