Kerry reconhece publicamente
seu erro de avaliação ao dizer que Israel é um “Estado de apartheid”
O principal diplomata
Americano, o Secretário de Estado dos EUA, reconhece a ofensa que cometeu contra
o Estado de Israel chamando-o de um “Estado de Apartheid” e disse que, “se
pudesse rebobinar a fita da vida, teria escolhido outra forma de expressar sua
opinião”.
Francisco Vianna
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Foto: Gary Cameron/AP/Pool
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O diplomata de primeiro
escalão estadunidense disse ontem que “não acreditava, nem mesmo teria dito, em
reunião pública ou privada, que Israel é um ‘estado de apartheid’ ou que tem a
intenção se ser”, entre pedidos para que renuncie seu cargo ou, pelo menos,
peça publicamente desculpas pelos seus comentários contra o estado judeu. “Quem
quer que saiba algo sobre mim, sem a menor sombra de dúvida, sabe que eu não
poderia ter dito isso”.
Mas Kerry – que acabou vendo
seus esforços obstinados para mediar a paz entre Israel e os palestinos
fracassarem – não sugere que tenha feito uma má escolha de palavras durante seu
discurso de sexta-feira última endereçado aos peritos internacionais da
Comissão Trilateral. "Tenho desempenhado minhas funções o tempo suficiente
para também conhecer o poder das palavras em criar uma falsa impressão, mesmo
quando não intencionalmente ditas, e, se eu pudesse rebobinar a fita da vida,
teria escolhido outra expressão para descrever a minha firme convicção de que a
única forma de, no longo prazo, haver um estado judeu e duas nações com dois
povos vivendo lado a lado em paz e em segurança é através de uma solução de
dois Estados", disse o Secretário de Estado americano.
Algumas mídias disseram que
Kerry afirmara que “um estado único abrangendo os dois povos acabaria se
tornando um ‘estado de apartheid’ com cidadãos de segunda classe — ou
terminaria se tornando um estado que destruiria a capacidade de Israel de ser
um estado judeu”. Disseram que têm a gravação do discurso de Kerry, que tanto
furor causou em Israel e que fez com que, pelo menos um senador republicano dos
EUA pedisse a sua renúncia.
“Kerry tem reiteradamente
demonstrado uma tolerância a um mundo em que Israel é tido como uma nação
pária", disse o senador Ted Cruz, Republicano da Flórida. "O
Secretário Kerry deveria oferecer imediatamente a sua renúncia, antes que haja
mais dano aos nossos interesses de segurança nacional e à nossa aliança crítica
com o Estado de Israel", acrescentou o Senador.
Por outro lado, o Senador John
McCain, Republicano do Arizona, disse que Kerry deveria imediatamente
esclarecer seus comentários e pedir desculpas aos israelenses e à comunidade
judaica internacional, mas riu e foi irônico quanto à sugestão de seu colega de
que oferecesse sua renúncia ao cargo.
Na verdade, o que é preciso
ser dito – e as partes envolvidas sabem disso, mas não querem ou não têm a
liberdade de dizer – é que o fracasso dessas negociações não se deu por causa
da incompetência de quem quer que esteve nelas envolvido. O fracasso repousa em
dois mancais que sustentam o “eixo do mal” no Oriente médio. O primeiro mancal
é o incentivo ao ódio antissemita por nações interessadas em manter o conflito
na região, como é o caso da Rússia e do Irã e com a aquiescência velada de
outros países de cultura muçulmana, usando os palestinos como bucha de canhão
contra Israel. Os palestinos são intensamente estimulados a não aceitarem a
realidade do Estado de Israel em área que biblicamente pertence aos judeus.
O segundo mancal é a
incapacidade de os palestinos organizarem e manterem um estado regular de
direito. Tal como fora a antiga OLP, a atual ANP é um arremedo de estado
mantido com dinheiro de fora, principalmente americano e – pasme! – israelense,
via ONU. O povo palestino, ainda em grande parte nômade e em outra parte fixado
na Faixa de Gaza e em algumas aldeias na Cisjordânia, representa uma escória do
Reino da Jordânia que não aceita reincorporá-los. Não têm qualquer atividade
agropecuária (setor primário), alem de apascentar algumas cabras, ou industrial
(setor secundário), além da “indústria” de montar foguetes de fabricação
caseira cujas peças são contrabandeadas a partir do Irã (entre outros) para
serem lançados contra Israel, e muito menos um setor de serviços (terciário),
capazes de gerar arrecadação fiscal suficiente para manter e custear um estado
regular.
A existência de um estado
palestino, para Israel, acabaria com a guerra assimétrica de Tel Aviv contra
“grupos”, como o Hamas, o Hezbollah do sul do Líbano, por exemplo. Com dois
estados, qualquer agressão seria decidida por uma guerra regular, caso a
diplomacia não fosse capaz de resolver o conflito.
Acontece que os melhores
palestinos são hoje israelenses, ou seja, vivem, trabalham, prosperam em
Israel, como toda a liberdade de, inclusive, professarem sua fé maometana e até
de se converterem à fé israelita, cristã e até a de não professarem religião
alguma.
Na verdade, o estado palestino
é a Jordânia, um reino que não quis saber dos nômades que vagavam pelo deserto
da Palestina, por nada produzirem e representarem apenas uma fonte de encargos
para o país.
Se os países que sustentam a
ANP (Autoridade Nacional Palestina) suspenderem seu “mensalão” à entidade, ela
simplesmente desaparecerá sem que isso afete em nada, para melhor ou para pior,
a pobre população que supostamente, sob os auspícios da corrupta ONU, é por ela
representada.
A acitação do Estado de Israel
pelos palestinos, seria o primeiro passo não para a criação de um "estado
palestino", mas para a paulatina reintegração dessa população, via
educação e ensino profissionalizante, ao Estado de Israel, com o correr do
tempo. Mas isso está fora do alcande dos judeus.
Título e Texto: Francisco Vianna (da mídia
internacional), 29-04-2014
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