Luciano Ayan
O que a cantora Joy Villa fez
na premiação do Grammy é o tipo de coisa que sustenta exatamente aquilo que foi
dito por Paul Joseph Watson, que em um de seus últimos vídeos afirmou que o
conservadorismo – ou o libertarianismo – é a nova contracultura.
Ao contrário do que
praticamente todos os queridinhos de Hollywood e famosos em geral têm feito,
atacando Donald Trump com ou sem motivos apenas para bancarem os “legais”, os cools,
Joy teve a ousadia de ir ao Grammy com um vestido que, além de ter as cores da
bandeira americana, tinha também o slogan de campanha do republicano, o “Make America
Great Again”.
Para somar a tudo isso, tem
também o fato de que Joy é negra, o que para os fascistas culturais a deixa, de
certa forma, blindada de críticas mais agressivas. Naturalmente, se fosse uma
cantora branca ela já teria sido linchada publicamente, mas como não é este o
caso as críticas a ela até agora foram relativamente “suaves”.
É difícil dizer se Joy Villa é
mesmo uma legítima apoiadora das propostas de Trump, mas o fato de ela ter
feito o que fez prova que ser “de direita” é a verdadeira contra-cultura.
Título e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 13-12-2017
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