Paizote Marques
Buscando a mim mesmo, ou o que de mim restou!
Sou hoje apenas um “quê” inacabado.
Um personagem que inventei!
Uso das lembranças para viver,
enquanto construo um novo... Velho eu!
Reinvento-me todo dia, com "bengalas" na
emoção
Tento apoiar o peso do tempo...
A cada dia mais difícil... Mais lento!
Estaciono aqui. Noutra dimensão!
Sempre amei pouco. Queria ter mais amado!
Perdi uma fé pequena, que um dia tive!
Pensei reencontrá-la numa idade mais amena.
Fé numa divindade, que viria no outono.
Calma, reconfortante... serena!
Desisti de buscá-la...
Ao quase inverno do meu tempo.
E de amá-la!
Fiquei preso ao passado!
Me vou morrendo vazio.
Sem pressa no embarque
Não sou mais eu... hoje!
O que pretendi ser e não pude.
Desperdicei pedaços de mim,
no caminho até aqui.
E como é impossível voltar
Vou me morrendo...
Um tantinho a cada verso!
Título e Texto: Paizote Marques, 28-6-2018
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Caro Paizote, muito bom! São versos, mas são expressões de sentimentos, “destaco” a humildade e o reconhecimento dos tropeços na vida que todos nós tivemos, mas poucos os reconhecem. Abs
ResponderExcluirTudo que também queria era ter vivido mais intensamente o "amor".Pena que temos que endurecer nosso coração para conseguirmos "sobreviver", pena não encontrarmos muita "motivação" no final de tudo.
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