"Economia não pode parar", diz
presidente
Pedro Rafael Vilela
O presidente Jair Bolsonaro
realizou uma videoconferência com empresários nesta sexta-feira (20) e pediu
apoio do setor no combate ao novo coronavírus (Covid-19), especialmente na
manutenção da logística de abastecimento de bens essenciais, como alimentos e
medicamentos.
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Foto: Isac Nóbrega/PR |
"A economia não pode
parar. Afinal de contas, não basta termos meios se não tivermos como levá-los
ao local onde será usada, bem como os profissionais têm também que se fazer
presentes nesses locais. Os empresários não podem parar, porque precisamos
produzir muita coisa, e não é apenas um centro de produção. Um simples remédio
envolve vários outros setores para que ele seja feito, embalado, acondicionado
e transportado. A nossa economia também não pode parar no tocante à produção de
alimentos. E esta área é muito grande" afirmou.
O presidente também comentou
sobre a possibilidade de estabelecer restrições para circulação de pessoas e
mercadorias em rodovias e aeroportos. Segundo ele, essas medidas precisam ser
tomadas em articulação dos estados com a o governo federal.
"Estamos em contato com
os secretários de estado também para definirmos a questão do direito de ir e
vir, do fechamento ou não de rodovias, bem como aeroportos. Em grande parte, a
Constituição garante a nós essa responsabilidade. Então, estamos acertando para
que um estado não aja diferente dos outros e não bote em colapso o setor
produtivo. Não adianta produzir em um lugar e não ter como entregar no
outro."
Na mesma linha, o presidente
da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, também pediu
um planejamento que permita enfrentar a crise sanitária, mas sem gerar uma
catástrofe econômica.
"Temos a consciência que
primeiro tem que ser controlada a questão da saúde, se não diminuir a
movimentação de pessoas, não vamos estar controlando a questão da saúde e nós
temos consciência que a diminuição afeta a economia, e tem que ser afetada de
forma planejada", disse o empresário.
Na mesma reunião, o ministro
da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, projetou um crescimento dos casos do Covid-19
nos próximos 10 dias, com uma subida mais aguda em abril, permanecendo alta em
maio e junho. A partir de julho, há a expectativa de início da desaceleração.
O número de mortes em
decorrência da Covid-19 subiu para 11 e o total de infectados pelo vírus soma
904 no país, segundo a última atualização divulgada pelo Ministério da Saúde.
Título e Texto: Pedro
Rafael Vilela; Edição: Juliana Andrade – Agência Brasil, 20-3-2020, 19h55
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